Vectorman 2 (Mega Drive)

Quando falamos dos últimos grandes títulos lançados para o Mega Drive, Vectorman 2 sempre aparece entre os destaques. Lançado em 1996, ele chegou como sequência direta do aclamado Vectorman, trazendo melhorias gráficas, novas ideias de jogabilidade e mantendo o estilo de ação e plataforma que marcou o primeiro jogo.

Melhorias em relação ao antecessor

A sequência aproveitou a base sólida do primeiro título e trouxe novidades importantes. Uma das principais está nas transformações de Vectorman, que desta vez são mais variadas e criativas, permitindo ao jogador assumir formas inspiradas em inimigos ou em armas especiais. Isso amplia as possibilidades de combate e exploração, dando frescor à jogabilidade.

Outra melhoria notável está nos efeitos visuais. O jogo continua impressionando com sprites pré-renderizados e animações muito fluidas, mas agora adiciona mais recursos de iluminação e partículas, especialmente em fases mais escuras, onde os disparos e explosões iluminam o cenário de forma dinâmica. Essa característica ajudou a criar uma atmosfera própria, destacando o jogo no fim da vida útil do Mega Drive.

Gráficos

Visualmente, Vectorman 2 mantém a qualidade do primeiro, mas dá um passo além em termos de riqueza de detalhes. As fases são variadas, com cenários que vão de áreas sombrias a ambientes mais abertos, sempre explorando bem os recursos do console. O protagonista continua sendo um dos personagens mais bem animados do 16 bits da Sega, com transformações que chamam a atenção pelo cuidado visual.

Se há um ponto negativo, ele está em algumas fases excessivamente escuras, que podem dificultar a visibilidade dos inimigos e do próprio cenário. Ainda assim, é difícil não se impressionar com o resultado final, considerando as limitações do hardware.

Som

A trilha sonora de Vectorman 2 segue um caminho mais atmosférico e eletrônico, menos melódico que o do primeiro jogo. Isso ajuda a criar uma ambientação única, mas pode não agradar tanto quem procura músicas mais marcantes. Em compensação, os efeitos sonoros são variados e de ótima qualidade, com direito a vozes digitalizadas e impacto convincente dos disparos e explosões.

Jogabilidade

A base da jogabilidade permanece a mesma: ação rápida em plataformas com muita liberdade de movimento. Vectorman continua ágil, podendo atirar em várias direções, pular com precisão e se adaptar ao ritmo acelerado das fases. As novas transformações adicionam variedade, e as fases bônus ajudam a quebrar a rotina entre os níveis tradicionais.

Porém, a dificuldade é um ponto que pode dividir opiniões. Alguns estágios apresentam inimigos em excesso ou desafios que beiram a frustração, exigindo reflexos rápidos e domínio completo dos controles. Além disso, certas fases acabam sendo muito curtas ou lineares, contrastando com outras mais elaboradas.

Veredito 

Vectorman 2 é um dos últimos grandes respiros do Mega Drive e mostra como o console ainda tinha fôlego mesmo em 1996. Embora não cause o mesmo impacto do primeiro jogo, ele mantém a qualidade da série e traz boas melhorias, especialmente nas transformações e nos efeitos visuais. Para fãs de ação e plataforma, é uma sequência que vale a pena conhecer, tanto pela qualidade técnica quanto pelo seu lugar especial na história do 16 bits da Sega.


Castlevania: Aria of Sorrow (Game Boy Advance)

Lançado em 2003 para o Game Boy Advance, Castlevania: Aria of Sorrow é um dos maiores destaques da franquia nos portáteis da Nintendo. Em meio à onda de títulos que consolidaram o estilo “Metroidvania”, esse jogo conseguiu marcar presença ao trazer não apenas um enredo cativante, mas também uma jogabilidade refinada que até hoje é lembrada como referência no gênero.

Gráficos

Para os padrões do GBA, Aria of Sorrow impressiona pela riqueza de detalhes. Os cenários apresentam uma grande variedade de ambientes, todos com atmosfera sombria e ao mesmo tempo carregados de personalidade. Desde corredores góticos até áreas externas iluminadas por tons sombrios, o jogo transmite a sensação clássica de mistério e tensão. A pixel art é muito bem trabalhada, com animações fluidas para inimigos, chefes e para o protagonista Soma Cruz, destacando o cuidado da equipe de desenvolvimento em extrair o máximo do hardware portátil.

Som

A trilha sonora é outro ponto de destaque. As músicas carregam o clima melancólico e épico da franquia, misturando melodias intensas com temas atmosféricos que se encaixam perfeitamente em cada área explorada. Os efeitos sonoros, como golpes de espada, feitiços e o som característico dos inimigos sendo derrotados, completam a imersão e fazem o jogador sentir-se realmente dentro de um castelo sombrio.

Jogabilidade

Aria of Sorrow trouxe uma inovação marcante com o sistema Tactical Soul, que permite a Soma absorver as almas de inimigos derrotados e utilizar suas habilidades. Isso acrescenta uma enorme variedade de estratégias e dá ao jogador liberdade para personalizar seu estilo de combate. Além disso, a progressão no estilo “Metroidvania” se mantém viciante: explorar, desbloquear novas áreas e enfrentar chefes se torna uma experiência recompensadora. Os controles respondem muito bem, o ritmo do jogo é equilibrado e a dificuldade é justa, desafiando sem frustrar.

Veredito 

Castlevania: Aria of Sorrow é, sem dúvida, um marco da franquia nos portáteis da Nintendo. Com gráficos caprichados, trilha sonora envolvente e uma jogabilidade inovadora e viciante, o título se mantém como um dos melhores da série e um dos grandes jogos do Game Boy Advance. Para fãs de ação, exploração e da atmosfera única que a saga Castlevania oferece, este é um jogo obrigatório.

California Games – Master System

Quando falamos em títulos divertidos e memoráveis do Master System, California Games sempre aparece entre os primeiros. Lançado em uma época em que o console da Sega disputava espaço com concorrentes mais fortes, o jogo conseguiu conquistar seu lugar com muito estilo, variedade e, principalmente, diversão.

Diversão sem limites

O ponto mais marcante de California Games é justamente a sua proposta: oferecer diferentes esportes ao estilo “praia californiana”. Em um único cartucho, o jogador podia experimentar modalidades variadas, como skate, surf, BMX e até o icônico footbag (mais conhecido como “altinha”). Essa diversidade garantia que a jogatina nunca fosse repetitiva, tornando o jogo ideal para partidas rápidas ou até mesmo competições entre amigos.

Gráficos

No Master System, os gráficos de California Games surpreendem pela boa definição dos cenários e sprites. Cada modalidade apresenta ambientes distintos e bem coloridos, transmitindo bem a atmosfera ensolarada da Califórnia. Embora simples se comparado a versões de outros consoles, o visual da versão 8 bits da Sega é carismático e cumpre seu papel com eficiência.

Som

As trilhas e efeitos sonoros são simples, mas funcionais. O Master System tinha limitações em relação à qualidade sonora, mas o jogo aproveita bem o hardware, criando músicas animadas que acompanham a ação e sons que ajudam na imersão, como os efeitos do skate deslizando ou da bicicleta saltando obstáculos. Não são marcantes a ponto de ficarem na memória por anos, mas complementam bem a experiência.

Jogabilidade

A jogabilidade é um dos pontos altos do título. Cada esporte tem sua própria mecânica e controles, exigindo prática para dominar. Enquanto no surf a precisão dos movimentos é crucial, no footbag a paciência e coordenação são recompensadas. Apesar de algumas modalidades parecerem difíceis no início, a curva de aprendizado é satisfatória e contribui para o fator “viciante” do jogo.

Veredito

California Games é, sem dúvida, um dos jogos mais divertidos do Master System. Sua variedade de modalidades, a simplicidade envolvente e a possibilidade de competir com amigos garantem horas de jogatina. Mesmo com gráficos e sons limitados pela plataforma, o conjunto é tão bem construído que o jogo se tornou um clássico querido até hoje.

Se você procura um título para reviver a nostalgia do Master System e se divertir sem complicações, California Games é escolha certeira.

Mega Man (NES)

Quando falamos em clássicos que marcaram a história dos videogames, Mega Man para o NES é um dos primeiros nomes a surgir. Lançado em uma época em que o console da Nintendo estava em seu auge, o jogo apresentou ao público uma fórmula que misturava desafio intenso, carisma e inovação, dando origem a uma das franquias mais icônicas da Capcom.

A capa americana definiticvamennte não faz jus ao jogo

Gráficos

Para os padrões do NES, Mega Man trouxe cenários coloridos e bem variados, com fases temáticas que representavam perfeitamente cada Robot Master. Mesmo com as limitações da plataforma, o design dos inimigos e do protagonista se destacava pela identidade visual, tornando cada fase memorável. Era um jogo que mostrava como a criatividade conseguia compensar a simplicidade técnica da época.

Som

As trilhas sonoras de Mega Man se tornaram lendárias. Cada fase possuía sua própria música, com composições marcantes que se encaixavam perfeitamente no ritmo frenético da jogabilidade. Apesar do hardware limitado, o chip de som do NES foi explorado de forma brilhante, criando melodias que ainda hoje são lembradas e reimaginadas em concertos e remixes.

Jogabilidade

A jogabilidade é o coração de Mega Man. O sistema de derrotar chefes e absorver suas habilidades trouxe uma inovação que diferenciava o jogo de outros títulos de ação da época. Cada arma conquistada abria novas possibilidades estratégicas, tornando as fases mais dinâmicas e incentivando a experimentação. O controle do personagem era preciso, ainda que exigisse reflexos rápidos e domínio da mecânica de saltos e disparos.



Dificuldade

Mega Man também ficou conhecido por sua dificuldade acentuada, um verdadeiro teste de paciência e habilidade. As fases eram repletas de armadilhas, inimigos posicionados de forma cruel e saltos milimétricos. Essa dureza, típica dos jogos do NES, ajudou a criar sua reputação e fez dele um título desafiador, mas recompensador para aqueles que persistiam.

Legado

Mais do que um simples jogo, Mega Man se tornou o ponto de partida de uma das franquias mais duradouras e queridas da Capcom. Sua fórmula se refinou ao longo das continuações, mas foi no primeiro título que se estabeleceu a base de tudo. Até hoje, o robozinho azul é símbolo de persistência, habilidade e diversão clássica.

Veredito

Mega Man no NES é mais do que apenas nostalgia. Ele representa um marco na evolução dos jogos de ação e plataformas, equilibrando gráficos criativos, trilha sonora inesquecível e uma jogabilidade que testava os limites do jogador. Mesmo com sua dificuldade implacável, foi justamente esse aspecto que ajudou a eternizá-lo como um dos maiores ícones da história dos videogames.

Doom Troopers (SNES)

Lançado em 1995 para Super Nintendo e Mega Drive, Doom Troopers: Mutant Chronicles é um jogo de ação e tiro em plataforma baseado no universo do RPG de mesa Mutant Chronicles. Desenvolvido pela Adrenalin Entertainment e publicado pela Playmates Interactive, o título tenta capturar a essência sombria e violenta do material original, mas com as limitações técnicas do 16 bits da Nintendo.

Jogabilidade

Doom Troopers segue a fórmula clássica dos run and gun dos anos 90, lembrando títulos como Contra e Turrican. O jogador pode escolher entre dois personagens, Mitch Hunter e Max Steiner, cada um com armas automáticas e granadas, avançando por fases repletas de inimigos mutantes e armadilhas.

A jogabilidade é rápida e direta, com foco total na ação. No entanto, os controles podem parecer um pouco travados, principalmente nos pulos e na troca de direção, o que torna o jogo mais difícil do que deveria. Ainda assim, o desafio agrada aos fãs de jogos intensos e punitivos.

Um destaque vai para o modo cooperativo, que adiciona muita diversão, tornando o massacre de mutantes uma experiência mais empolgante ao lado de um amigo.

Gráficos

Para o padrão do Super Nintendo, Doom Troopers apresenta visuais sombrios e detalhados. Os cenários são repletos de ruínas, sangue e mutantes grotescos, refletindo bem o clima pós-apocalíptico do universo do jogo.

Os sprites dos personagens são grandes e bem animados, e os efeitos de tiro e explosões são convincentes. No entanto, o jogo sofre com queda de desempenho em momentos de muita ação, o que é perceptível especialmente no modo cooperativo.

Mesmo assim, o estilo visual violento e cru se destaca entre os jogos do console, especialmente por seu uso ousado de sangue e mutilações, algo incomum para títulos do SNES.

Som e Trilha Sonora

A trilha sonora é composta por músicas pesadas e tensas, que combinam com o clima de guerra e destruição. Embora as faixas não sejam muito variadas, cumprem bem o papel de manter o jogador em estado de alerta.

Os efeitos sonoros, como tiros, explosões e gritos dos inimigos, são fortes e satisfatórios, ajudando a reforçar a sensação de caos no campo de batalha.

Veredito

Doom Troopers (SNES) é um jogo de ação intenso e desafiador, que tenta oferecer uma experiência brutal e sombria dentro das limitações do console. Embora não seja perfeito, com controles um pouco duros e desempenho irregular, entrega uma boa dose de adrenalina e violência, especialmente para os fãs de run and gun clássicos.


Salamander Deluxe Pack Plus (PS1)

Quando pensamos em clássicos dos arcades, Salamander e Life Force sempre aparecem como nomes de peso no gênero shoot ’em up. A Konami decidiu trazer essa experiência para o PlayStation em um pacote especial: o Salamander Deluxe Pack Plus, que reúne Salamander, Life Force e Salamander 2, adicionando melhorias gráficas, sonoras e extras que dão um charme a mais à coletânea.

Gráficos

Visualmente, a coletânea impressiona pelo cuidado com os cenários. Os fundos são ricos em detalhes, com ambientes que mesclam o biológico e o tecnológico, transmitindo bem a atmosfera peculiar da série. As animações dos inimigos, tiros e explosões rodam de maneira suave, mantendo a intensidade característica do gênero.


Um dos grandes atrativos são as cenas de abertura em CG, algo exclusivo dessa versão para PS1, que reforçam a sensação de estar diante de uma edição especial e dão um ar moderno em relação às versões originais de arcade.

Som

A trilha sonora foi retrabalhada com clareza e fidelidade, aproveitando o hardware do PlayStation. As músicas, já marcantes nos arcades, aqui ganham mais definição e arranjos limpos que acompanham bem a ação acelerada.

Os efeitos sonoros também chamam atenção: explosões, tiros e vozes digitalizadas trazem energia e intensidade às partidas. Para os fãs da música da série, há ainda um modo “sound test” que permite ouvir todas as faixas, inclusive demos e composições não utilizadas, um verdadeiro presente para os apreciadores de trilhas de jogos retrô.

Jogabilidade

A essência clássica da série foi preservada. O jogador enfrenta ondas de inimigos, coleta power-ups que imediatamente fortalecem a nave e encara chefes gigantescos em fases de rolagem horizontal e vertical. A jogabilidade continua sendo rápida, precisa e exigente, exigindo reflexos apurados e uma boa dose de memorização de padrões.

A dificuldade é alta, característica dos shoot ’em ups da época, mas isso faz parte do desafio e da diversão. A coletânea também garante boa rejogabilidade, já que traz três jogos completos, além de opções extras que incentivam voltar ao disco diversas vezes.

Conteúdo Extra

O Deluxe Pack Plus não é apenas uma simples reunião de jogos antigos. Ele agrega valor com:

  • Cenas em CG exclusivas para as aberturas.

  • Sound test completo, incluindo músicas bônus e faixas não utilizadas.

  • Variações das versões de Salamander e Life Force, além de Salamander 2, garantindo diversidade de estilos e fases.

Esses extras tornam a coletânea mais do que uma simples emulação: é uma verdadeira celebração da franquia.

Veredito

Salamander Deluxe Pack Plus para PlayStation é um pacote indispensável para fãs de shoot ’em ups e colecionadores de clássicos da Konami. Ele entrega uma experiência fiel aos originais, mas com melhorias gráficas, sonoras e conteúdos adicionais que valorizam ainda mais a coletânea.

Para quem viveu a era dos arcades, é uma chance de reviver a nostalgia com recursos modernos. Para novos jogadores, é uma porta de entrada para três dos maiores clássicos do gênero, todos em um só disco.

The King of Fighters ‘96 (Neo Geo)

Quando falamos de jogos de luta dos anos 90, é impossível não mencionar The King of Fighters ‘96, um dos capítulos mais marcantes da clássica franquia da SNK. Lançado para o Neo Geo, esse título não apenas manteve o espírito da série, mas também trouxe uma verdadeira repaginada visual e mecânica que consolidou de vez a popularidade do torneio dos sonhos.


Gráficos

O salto gráfico de KOF ‘96 em relação aos anteriores é inegável. A pixel art recebeu um tratamento especial: todos os personagens foram redesenhados, ganhando poses novas, animações mais fluidas e detalhes que transparecem a identidade de cada lutador. Cenários também ganharam vida, exibindo camadas, cores vibrantes e um estilo artístico que se tornou assinatura da série. Não é exagero dizer que a SNK, nessa época, mostrava ao mundo a força do Neo Geo como uma das plataformas mais poderosas para 2D.


Som

As músicas de KOF ‘96 marcaram época e ainda ecoam na memória dos fãs. Cada equipe trouxe trilhas sonoras únicas que, além de reforçarem a identidade dos personagens, contribuíam para a imersão do jogo. Os efeitos sonoros também impressionavam: golpes, especiais e vozes digitalizadas tinham impacto e peso, deixando cada luta ainda mais empolgante. Não à toa, algumas composições desse jogo continuam sendo lembradas como clássicos absolutos da série.


Jogabilidade

É na jogabilidade que The King of Fighters ‘96 mostra sua verdadeira evolução. O sistema de esquiva, agora se baseando em rolamentos, tornando os combates mais dinâmicos e estratégicos. Além disso, o balanceamento de lutadores foi ajustado, tornando as partidas menos dependentes de personagens apelões e mais equilibradas. Isso fez com que o jogo fosse mais competitivo.

Outro ponto importante é a introdução de novas mecânicas de pressão e contra-ataque, que exigiam mais técnica e leitura de jogo dos jogadores. Com isso, KOF ‘96 elevou o nível da franquia, tornando-a uma das referências em jogabilidade no gênero de luta.

Veredito

The King of Fighters ‘96 não foi apenas uma sequência: foi um marco. Com gráficos renovados, trilhas sonoras inesquecíveis e uma jogabilidade ajustada que trouxe mais estratégia e equilíbrio, ele definiu o rumo da franquia e pavimentou o caminho para os capítulos seguintes. Até hoje, é lembrado como um dos títulos mais importantes da série, e um dos responsáveis por transformar o Neo Geo em sinônimo de excelência nos jogos de luta.

The House of the Dead – Sega Saturn: Um Clássico do Terror em Luzes e Som

Quando se fala em jogos de tiro sobre trilhos, poucos títulos conseguiram marcar tanto quanto The House of the Dead no Sega Saturn. Lançado em meados dos anos 90, este jogo trouxe para os fãs de terror e ação uma experiência intensa, com gráficos surpreendentes, trilha sonora envolvente e uma jogabilidade que mantém o jogador à beira da cadeira.

Gráficos: Terror em 3D 

Para a época, os gráficos de The House of the Dead eram de tirar o fôlego. Utilizando polígonos 3D simples mas extremamente eficazes, o jogo consegue criar cenários sombrios e criaturas grotescas que, apesar da limitação técnica do Saturn, passam uma sensação de tensão constante. Os efeitos de luz e sombra ajudam a imersão, e cada sala e corredor do jogo é cuidadosamente desenhado para manter o jogador em alerta. É interessante notar como os personagens e inimigos, embora blocados, conseguem transmitir ação e horror de forma bastante convincente.

Som: Trilha e Efeitos que Amarram o Clima

O áudio do jogo também merece destaque. A trilha sonora combina composições tensas com momentos de silêncio estratégico, aumentando o clima de suspense. Os efeitos sonoros das armas, grunhidos dos zumbis e portas rangendo complementam a experiência de terror, tornando cada tiro e cada avanço pelos cenários uma verdadeira imersão sonora. Para um console de 32 bits, o Saturn se saiu muito bem ao reproduzir sons detalhados e atmosferas carregadas de tensão.

Jogabilidade: Ação Sem Complicações

O coração de The House of the Dead está na jogabilidade. O jogo segue o clássico estilo “rail shooter”, ou seja, você não controla o movimento do personagem, apenas mira e dispara nos inimigos que surgem. Essa simplicidade é enganosamente viciante: reflexos rápidos e precisão são fundamentais para sobreviver às ondas de mortos-vivos. 

LightGun Sega Saturn

O jogo ainda oferece múltiplos caminhos e finais, incentivando a rejogabilidade. A resposta dos controles é rápida e fluida, mesmo considerando o hardware do Saturn, e o ritmo frenético mantém o jogador sempre atento.

Conclusão

The House of the Dead no Sega Saturn é uma obra que soube aproveitar ao máximo as limitações do console, entregando gráficos 3D imersivos, som de qualidade e uma jogabilidade viciante. Para quem gosta de terror e ação, é uma experiência obrigatória que combina adrenalina, estratégia e atmosfera de arrepiar. Um clássico que marcou os anos 90 e continua a ser lembrado por fãs do gênero até hoje.

Pilotwings (SNES) – Voando Alto com o Mode 7

Quando o Super Nintendo foi lançado, um dos grandes chamarizes para mostrar o poder de seu novo hardware foi Pilotwings. Lançado junto ao console, o jogo rapidamente se destacou não apenas por ser divertido, mas por exibir de maneira impressionante o potencial do Mode 7, a tecnologia que permitia rotação e escala de sprites para criar a sensação de 3D no mundo 2D do SNES.

Gráficos – O Poder do Mode 7

Pilotwings não apenas aproveita o Mode 7, mas o coloca como protagonista. Planos de voo, pistas de pouso e obstáculos ganham uma sensação de profundidade impressionante para a época. A transição suave entre o solo e o céu, aliada a efeitos de zoom e rotação, dá ao jogador a ilusão de estar realmente pilotando diferentes veículos aéreos. Cada cenário, embora simples, se torna dinâmico graças a esse recurso, que fazia o jogador sentir cada curva e cada descida com realismo surpreendente para 1990.

Som – Trilha Aérea que Empolga

O áudio acompanha o clima leve e descontraído do jogo. A trilha sonora, composta por temas alegres e envolventes, transforma cada desafio em uma experiência relaxante e divertida. Os efeitos sonoros são satisfatórios, com o zumbido dos motores, o barulho do paraquedas se abrindo e pequenos alertas que reforçam a sensação de estar no comando de uma aeronave. Nada revolucionário, mas extremamente competente e coerente com o espírito do jogo.

Jogabilidade – Simples, Desafiadora e Viciante

Pilotwings se divide em várias modalidades de voo: avião, asa-delta, jetpack e paraquedas. Cada desafio exige timing preciso e controle exato, tornando cada tentativa uma mistura de aprendizado e diversão. A física do jogo, embora simplificada, é convincente o suficiente para gerar tensão e satisfação a cada pouso perfeito ou acrobacia bem-sucedida. O design de níveis incentiva a repetição, aumentando o interesse do jogador em dominar cada modalidade.

Destaque – Um Jogo de Lançamento que Impressiona

Como um dos títulos de lançamento do Super Nintendo, Pilotwings tinha a responsabilidade de mostrar o que o console era capaz de fazer. E cumpriu com louvor. A junção do Mode 7 com uma jogabilidade acessível e viciante transformou o jogo em um marco técnico e divertido, consolidando-se como referência em simuladores de voo no universo dos consoles.

Veredito 

Pilotwings não é apenas um jogo de lançamento; é uma demonstração de criatividade técnica e diversão. Seus gráficos inovadores, som agradável e jogabilidade viciante garantem que até hoje ele seja lembrado com carinho por fãs do SNES. Se você quer entender por que o Super Nintendo conquistou tantos corações, voar com Pilotwings é o primeiro passo.

Yu Yu Hakusho – Sunset Fighters (Mega Drive)

Quando se fala de clássicos de anime adaptados para games, Yu Yu Hakusho: Sunset Fighters para Mega Drive se destaca como um título de luta exclusivo para o Japão e o Brasil, trazendo a ação do anime diretamente para os fãs da série. Com combates ágeis e uma boa variedade de personagens, o jogo é um verdadeiro prato cheio para os colecionadores e fãs do universo de Yusuke e seus amigos.

Gráficos

O jogo apresenta sprites detalhados e coloridos, fiéis aos personagens do anime. Cada lutador, incluindo Yusuke, Kuwabara, Hiei e Kurama, possui animações próprias e golpes especiais visualmente impactantes. Os cenários de luta são variados, com arenas e locais icônicos da série,  fundos detalhados e cores vibrantes. Apesar de algumas limitações técnicas do Mega Drive, o jogo mantém a essência do anime, transmitindo emoção e ação em cada combate.

Som

A trilha sonora é energética e acompanha bem o ritmo das lutas. Os efeitos sonoros dos golpes e ataques especiais destacam-se, proporcionando sensação de impacto satisfatória. Embora a diversidade musical seja limitada em comparação com outros jogos de luta do console, a ambientação sonora consegue capturar a atmosfera do anime.

Jogabilidade

Sunset Fighters é um jogo de luta 1 contra 1 que permite controlar os principais personagens do anime. Cada lutador possui habilidades únicas, exigindo do jogador estratégias diferentes para vencer cada combate. Os controles são responsivos, e o sistema de combos e ataques especiais é relativamente simples, tornando o jogo acessível tanto para novatos quanto para fãs mais experientes. O modo versus adiciona replay value, permitindo partidas contra amigos.

Exclusividade e curiosidades

O título foi lançado exclusivamente no Japão, mas também ganhou notoriedade no Brasil, sendo distribuído pela Tec-Toy (sendo feito um trabalho de tradução dos menus e texto do jogo), especialmente entre os fãs que buscavam jogos importados do Mega Drive. Essa exclusividade o torna um item raro e cobiçado por colecionadores, além de ser um dos poucos jogos de luta do anime disponíveis para o console.

Veredito 

Yu Yu Hakusho: Sunset Fighters é uma excelente representação do anime no Mega Drive, oferecendo gráficos coloridos, trilha sonora animada e jogabilidade divertida. Apesar de não ser amplamente conhecido, seu charme e exclusividade fazem dele um jogo obrigatório para fãs da série e colecionadores de jogos retrô.