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Samurai Shodown IV – O ápice da lâmina no Neo Geo

Lançado em 1996 para o lendário Neo Geo, Samurai Shodown IV: Amakusa’s Revenge é considerado por muitos fãs o ponto mais alto da série na era 2D. A SNK conseguiu unir o melhor dos jogos anteriores e refinar todos os elementos que tornaram Samurai Shodown uma franquia única: combates intensos, atmosfera samurai autêntica e uma dose de brutalidade elegante.

Gráficos

Visualmente, o jogo é um verdadeiro espetáculo do hardware Neo Geo. Os cenários são ricamente detalhados, com cores vibrantes, elementos animados e um estilo artístico que mistura a beleza tradicional japonesa com o clima sombrio das batalhas. Os sprites dos personagens são grandes e bem animados, com golpes rápidos e fluídos, e expressões que transmitem a intensidade de cada duelo. O uso de efeitos de luz e sombra é notável, dando um ar cinematográfico às lutas.

Som

A trilha sonora de Samurai Shodown IV é um dos seus pontos mais marcantes. Misturando instrumentos tradicionais japoneses com melodias épicas, o jogo cria uma imersão sonora digna de um filme de samurais. Os efeitos de espada, gritos de dor e o impacto dos golpes são reproduzidos com uma fidelidade impressionante, fazendo cada confronto parecer mais real. As vozes dos personagens e as falas em japonês ajudam a reforçar a autenticidade e a ambientação feudal.

Jogabilidade

A jogabilidade é onde Samurai Shodown IV realmente brilha. A SNK ajustou o ritmo das lutas, tornando-as mais rápidas e agressivas do que nos títulos anteriores, sem perder o peso estratégico característico da série. O sistema de rage gauge (barra de raiva) foi aprimorado, permitindo ataques devastadores e finalizações cinematográficas. Além disso, há a possibilidade de executar oponentes no final da luta, um toque estiloso que intensifica a sensação de poder.

Cada personagem possui golpes únicos e estilos distintos, exigindo do jogador tanto técnica quanto precisão. O balanceamento entre os lutadores é exemplar, tornando o jogo competitivo e justo, qualidades que o mantêm relevante até hoje entre fãs e colecionadores.

Veredito 

Samurai Shodown IV representa o ápice da série no Neo Geo, unindo refinamento técnico, beleza artística e uma jogabilidade precisa e empolgante. É um título que encapsula a essência da SNK dos anos 90, ousadia, estilo e excelência técnica. Um verdadeiro tributo à arte do combate e um dos melhores jogos de luta já feitos para o console.

Sengoku 2 (Neo Geo)


Lançado em 1993 pela SNK, Sengoku 2 é a sequência direta do beat ’em up Sengoku, trazendo de volta o clima místico e as batalhas entre samurais e espíritos malignos. A continuação veio com a clara intenção de refinar tudo o que o primeiro jogo havia apresentado, corrigindo falhas e ampliando o escopo da aventura.

Evolução em relação ao antecessor

Enquanto o primeiro Sengoku já chamava atenção pelo conceito de misturar o Japão feudal com elementos sobrenaturais e viagens no tempo, Sengoku 2 levou essa ideia muito além. Os cenários agora são mais variados, transportando o jogador entre diferentes épocas e dimensões, o que ajuda a dar ritmo e variedade à experiência. A história, embora simples, ganha uma ambientação mais rica e envolvente.


A jogabilidade também evoluiu. O combate ficou mais fluido e responsivo, permitindo diferentes tipos de ataque, defesa e até golpes carregados. As transformações, que é uma  marca registrada da série, voltam de forma mais refinada, com personagens alternativos que oferecem vantagens estratégicas e estilos distintos de luta. Essa diversidade torna o jogo mais dinâmico e menos repetitivo do que o original.

Gráficos

Graficamente, Sengoku 2 é um salto notável em relação ao primeiro jogo. Os cenários são cheios de detalhes, com belas animações de fundo e uma paleta de cores vibrante que dá vida a cada ambiente. O estilo artístico mistura perfeitamente o feudal e o moderno, reforçando o tom de fantasia e viagem temporal.

Os personagens foram melhor desenhados e animados, apresentando movimentos mais suaves e expressivos. As transformações são visualmente marcantes, e os chefes de fase impressionam pelo tamanho e design. Mesmo com pequenas limitações técnicas em certos efeitos, o jogo consegue manter uma ótima apresentação visual, típica da potência do Neo Geo.

Som

A trilha sonora é um dos grandes destaques. As músicas acompanham o clima de cada fase, alternando entre batidas tradicionais japonesas e temas mais modernos. Essa variação cria uma ambientação imersiva e ajuda a manter o ritmo de ação.

Os efeitos sonoros também são muito bem feitos, os golpes têm impacto, as vozes são marcantes e as transformações possuem sons característicos que reforçam a atmosfera sobrenatural. O conjunto sonoro contribui bastante para a identidade do jogo.

Jogabilidade

A jogabilidade de Sengoku 2 é sólida e divertida. Os controles respondem melhor do que no primeiro jogo, e as novas mecânicas de ataque e defesa tornam o combate mais técnico. O sistema de transformação adiciona profundidade, permitindo ao jogador adaptar-se a diferentes situações com habilidades únicas.

Há também uma boa variação de fases: algumas incluem combates a cavalo ou mudanças bruscas de cenário, o que quebra a monotonia. Ainda assim, o jogo peca um pouco na repetição de inimigos e na curta duração, problemas comuns ao gênero na época.

Mesmo assim, a experiência geral é muito positiva. É o tipo de jogo que funciona perfeitamente em partidas rápidas, especialmente no modo cooperativo, onde a ação se torna ainda mais empolgante.

Veredito

Sengoku 2 é uma das melhores evoluções dentro dos beat ’em ups do Neo Geo. A SNK conseguiu aperfeiçoar quase todos os aspectos do primeiro jogo, entregando uma sequência mais polida, mais bonita e muito mais divertida de jogar.

Com gráficos detalhados, trilha sonora envolvente e uma jogabilidade aprimorada, o título se destaca como um clássico do gênero. Apesar de sua duração curta, ele oferece ação intensa e visual marcante, qualidades que o tornam uma experiência memorável para qualquer fã de jogos de luta lateral.

Em resumo, Sengoku 2 é a prova de que a SNK sabia como unir estilo, desafio e diversão em um único pacote. Um verdadeiro destaque do catálogo do Neo Geo.

Aero Fighters 2 (Neo Geo)

Lançado em 1994 para o lendário Neo Geo, Aero Fighters 2 (também conhecido como Sonic Wings 2) é um dos shooters verticais mais carismáticos e divertidos do gênero. Desenvolvido pela Video System, o jogo é uma continuação direta do primeiro título lançado nos arcades e consolida-se como uma das experiências mais marcantes do estilo shoot’em up dos anos 90.

Gráficos

Os gráficos de Aero Fighters 2 mostram toda a capacidade do hardware do Neo Geo. Os cenários são variados e detalhados, levando o jogador por diferentes partes do mundo, de cidades modernas a áreas militares e bases secretas. As explosões são vibrantes, as naves possuem sprites bem desenhados e cada chefe de fase impressiona pelo tamanho e pelo design criativo. Apesar de não abusar de efeitos visuais exagerados, o jogo mantém um ritmo fluido e um estilo visual limpo que facilita a leitura da ação, algo essencial em um shooter vertical.

Som

A trilha sonora de Aero Fighters 2 acompanha perfeitamente o ritmo frenético do jogo. As músicas são energéticas e variam conforme o país e a fase, reforçando a ambientação de cada cenário. Os efeitos sonoros também se destacam tiros, explosões e vozes digitalizadas ajudam a manter a imersão e dão uma sensação de impacto constante. É um ótimo exemplo de como o áudio do Neo Geo era capaz de oferecer qualidade de arcade dentro de casa.

Jogabilidade

Aero Fighters 2 mantém a fórmula clássica de shoot’em up, mas com uma dose de personalidade. Cada personagem representa um país e pilota uma aeronave com armas e ataques especiais únicos, o que incentiva o jogador a experimentar diferentes combinações. A resposta dos controles é precisa, e o desafio é equilibrado, acessível para iniciantes, mas intenso o suficiente para os veteranos do gênero. O modo cooperativo para dois jogadores é um dos grandes atrativos, tornando as partidas ainda mais dinâmicas e caóticas.

Veredito 

Com gráficos carismáticos, trilha sonora marcante e jogabilidade sólida, Aero Fighters 2 é um dos grandes representantes do gênero no Neo Geo. Ele equilibra ação, desafio e humor na medida certa, entregando uma experiência arcade autêntica e divertida até hoje. Um clássico indispensável para fãs de jogos de nave e um exemplo de como o Neo Geo sabia brilhar em qualquer gênero.

Fatal Fury 3: Road to the final victory - Neo Geo (AES/MVS/CD)

Lançado para o lendário Neo Geo, Fatal Fury 3: Road to the Final Victory marcou um novo salto na franquia da SNK. Após duas entradas de sucesso, este terceiro capítulo trouxe um ar de renovação, elevando o padrão técnico e aprimorando a fórmula que havia conquistado os fãs de jogos de luta.

Gráficos

Um dos pontos que mais chamam atenção em Fatal Fury 3 é o salto visual. Todos os personagens receberam novos sprites, redesenhados do zero, exibindo animações mais fluidas e expressivas. Os cenários também ganharam um tratamento artístico refinado, com maior profundidade, efeitos de luz e um cuidado especial nos detalhes, tornando o jogo um dos mais belos da plataforma. O resultado é um visual completamente renovado, que demonstra bem o poder gráfico do Neo Geo.


Som

O trabalho sonoro segue o mesmo nível de excelência. As trilhas originais já são marcantes, mas o grande destaque vai para a versão do Neo Geo CD, que apresenta músicas arranjadas, com instrumentos reais e uma qualidade sonora impressionante para a época. Os temas de batalha ganham um peso e uma energia únicos, tornando cada luta ainda mais empolgante. Os efeitos de voz e impacto dos golpes também foram aprimorados, transmitindo toda a intensidade dos combates.

Jogabilidade

A jogabilidade foi outro ponto de grande evolução. Fatal Fury 3 trouxe um sistema de luta mais complexo e técnico, oferecendo aos jogadores três planos de batalha (em vez dos dois anteriores), permitindo estratégias mais variadas e combates mais dinâmicos. Além disso, novos movimentos e mecânicas foram introduzidos, exigindo maior domínio dos controles, mas recompensando os jogadores com partidas mais ricas e desafiadoras.

Veredito

Fatal Fury 3 representa um renascimento da série, refinando seus principais elementos e elevando o padrão técnico do gênero no Neo Geo. Com gráficos totalmente renovados, trilha sonora poderosa (especialmente na versão CD) e uma jogabilidade mais profunda, o jogo consolidou a franquia como um dos pilares dos fighting games dos anos 90.

Uma verdadeira demonstração de como evoluir sem perder a essência.

The King of Fighters ‘96 (Neo Geo)

Quando falamos de jogos de luta dos anos 90, é impossível não mencionar The King of Fighters ‘96, um dos capítulos mais marcantes da clássica franquia da SNK. Lançado para o Neo Geo, esse título não apenas manteve o espírito da série, mas também trouxe uma verdadeira repaginada visual e mecânica que consolidou de vez a popularidade do torneio dos sonhos.


Gráficos

O salto gráfico de KOF ‘96 em relação aos anteriores é inegável. A pixel art recebeu um tratamento especial: todos os personagens foram redesenhados, ganhando poses novas, animações mais fluidas e detalhes que transparecem a identidade de cada lutador. Cenários também ganharam vida, exibindo camadas, cores vibrantes e um estilo artístico que se tornou assinatura da série. Não é exagero dizer que a SNK, nessa época, mostrava ao mundo a força do Neo Geo como uma das plataformas mais poderosas para 2D.


Som

As músicas de KOF ‘96 marcaram época e ainda ecoam na memória dos fãs. Cada equipe trouxe trilhas sonoras únicas que, além de reforçarem a identidade dos personagens, contribuíam para a imersão do jogo. Os efeitos sonoros também impressionavam: golpes, especiais e vozes digitalizadas tinham impacto e peso, deixando cada luta ainda mais empolgante. Não à toa, algumas composições desse jogo continuam sendo lembradas como clássicos absolutos da série.


Jogabilidade

É na jogabilidade que The King of Fighters ‘96 mostra sua verdadeira evolução. O sistema de esquiva, agora se baseando em rolamentos, tornando os combates mais dinâmicos e estratégicos. Além disso, o balanceamento de lutadores foi ajustado, tornando as partidas menos dependentes de personagens apelões e mais equilibradas. Isso fez com que o jogo fosse mais competitivo.

Outro ponto importante é a introdução de novas mecânicas de pressão e contra-ataque, que exigiam mais técnica e leitura de jogo dos jogadores. Com isso, KOF ‘96 elevou o nível da franquia, tornando-a uma das referências em jogabilidade no gênero de luta.

Veredito

The King of Fighters ‘96 não foi apenas uma sequência: foi um marco. Com gráficos renovados, trilhas sonoras inesquecíveis e uma jogabilidade ajustada que trouxe mais estratégia e equilíbrio, ele definiu o rumo da franquia e pavimentou o caminho para os capítulos seguintes. Até hoje, é lembrado como um dos títulos mais importantes da série, e um dos responsáveis por transformar o Neo Geo em sinônimo de excelência nos jogos de luta.

Samurai Shodown II (Neo Geo)

Lançado em 1994 para o poderoso hardware do Neo Geo, Samurai Shodown II (ou Samurai Spirits II, no Japão) é considerado por muitos o ponto alto da franquia da SNK. Após o sucesso do primeiro título, a sequência veio não apenas para refinar a fórmula, mas também para estabelecer novos padrões dentro do gênero de luta em 2D.

Inovações em relação ao antecessor

Enquanto o primeiro Samurai Shodown já se destacava pelo foco em combates com armas e pela atmosfera única, Samurai Shodown II expandiu esses conceitos de forma brilhante. Entre as novidades, destacam-se:

  • Movimentação mais fluida: foram adicionadas novas técnicas de esquiva, como a rolagem para frente e para trás, além da possibilidade de aparar ataques do inimigo.

  • Novos personagens: a SNK ampliou o elenco, trazendo lutadores memoráveis como Genjuro Kibagami, que rapidamente se tornou um dos favoritos dos fãs.

  • Golpes especiais mais variados: os personagens receberam novos movimentos, tornando os estilos de luta ainda mais distintos.


Essas adições deram ao jogo uma profundidade que poucos títulos de luta da época conseguiam alcançar, elevando o fator competitivo.

Gráficos

Visualmente, Samurai Shodown II é um espetáculo. Os cenários são ainda mais detalhados, trazendo paisagens que misturam tradição japonesa com toques de fantasia, tudo animado com cores vibrantes e efeitos que destacam a atmosfera feudal do jogo. As sprites dos personagens são grandes, ricas em detalhes e com animações muito bem trabalhadas, transmitindo peso e impacto a cada golpe.


Som

A trilha sonora é um dos pontos altos da experiência. A SNK caprichou em faixas inspiradas na música tradicional japonesa, que se misturam perfeitamente com a ação intensa das lutas. Cada cenário tem sua própria identidade sonora, ajudando a reforçar a ambientação. Os efeitos sonoros também merecem destaque: o som das espadas se chocando é seco e impactante, dando a real sensação de duelo.


Jogabilidade

A jogabilidade é onde Samurai Shodown II brilha mais. O ritmo é cadenciado, com foco na estratégia e na precisão dos golpes, em contraste com outros jogos de luta mais rápidos da época. Isso faz com que cada ataque tenha peso e importância. O equilíbrio entre ofensiva e defesa é fundamental, e o jogo recompensa jogadores que sabem ler o adversário e escolher o momento certo para agir.

Além disso, a possibilidade de lutar desarmado, as mecânicas de esquiva e a variedade de estilos de cada personagem tornam cada partida única e desafiadora.

Veredito

Samurai Shodown II é mais do que apenas uma sequência, é a consolidação de uma ideia. A SNK conseguiu expandir e refinar todos os aspectos do original, entregando um jogo que se tornou referência em combates com armas no universo dos jogos de luta. Com gráficos belíssimos, trilha sonora marcante e jogabilidade profunda, o título permanece até hoje como um dos clássicos indiscutíveis do Neo Geo e uma obra-prima do gênero.

Review: Alpha Mission II – O clássico shooter espacial do Neo Geo

Lançado em 1991 pela SNK, Alpha Mission II chegou ao Neo Geo como uma continuação direta do título de arcade lançado ainda nos anos 80. Conhecido no Japão como ASO II: Last Guardian, o jogo veio em uma época em que os shooters espaciais (ou shmups) estavam em alta, competindo com nomes de peso como R-Type e Gradius. Mesmo assim, conseguiu se destacar pelo seu estilo próprio e por trazer uma das mecânicas de evolução mais criativas do gênero.

Gráficos

Para os padrões de 1991, Alpha Mission II impressionava com cenários detalhados, que alternavam entre áreas futuristas, planetas alienígenas e vastos campos de batalha no espaço. Os inimigos tinham designs variados, indo de pequenas naves a enormes naves-mãe que ocupavam boa parte da tela. As explosões eram chamativas e o uso de cores fortes ajudava a manter a identidade visual típica do Neo Geo. Embora não tivesse a mesma imponência gráfica de outros títulos posteriores da plataforma, ainda era um jogo que transmitia bem a sensação de estar em uma guerra intergaláctica.

Som

O áudio de Alpha Mission II acompanhava bem a ação. As músicas traziam um estilo futurista e energético, mantendo o ritmo frenético das fases. Embora não fossem melodias tão memoráveis quanto as de alguns concorrentes, cumpriam bem o papel de criar uma atmosfera de urgência. Já os efeitos sonoros, especialmente os disparos e explosões, eram impactantes e davam ao jogador a sensação de poder a cada upgrade coletado.

Jogabilidade

É aqui que Alpha Mission II realmente se destacava. O jogo oferecia a fórmula clássica dos shmups: inimigos em enxames, desviar de tiros por todos os lados e enfrentar chefes gigantescos. Porém, sua grande inovação estava no sistema de upgrades.

Além das melhorias tradicionais de velocidade e poder de fogo, o jogo introduziu a possibilidade de coletar partes de armaduras especiais, chamadas Power Armors. Cada uma delas tinha habilidades únicas, como ataques em área, lasers concentrados ou até escudos defensivos. O jogador precisava administrar bem o uso dessas armaduras, já que elas tinham duração limitada e podiam ser gastas rapidamente se ativadas sem estratégia. Esse sistema adicionava profundidade à jogabilidade, dando liberdade para adaptar o estilo de jogo a cada situação.

Apesar de inovador, o jogo era bastante desafiador, como a maioria dos shooters da época. A tela rapidamente se enchia de projéteis, exigindo reflexos rápidos e domínio das armas disponíveis.

Veredito 

Alpha Mission II pode não ter alcançado o mesmo nível de fama que outros shooters clássicos, mas continua sendo um dos títulos mais interessantes do gênero no Neo Geo. Seu visual vibrante, som competente e, principalmente, o criativo sistema de upgrades fazem dele uma experiência única para fãs de shmups. É um jogo que exige paciência e dedicação, mas recompensa com uma jogabilidade variada e cheia de possibilidades.

Para quem aprecia os shooters clássicos e quer conhecer melhor a biblioteca do Neo Geo, Alpha Mission II é uma parada obrigatória.

Fatal Fury 2 – A Evolução do Clássico nos Arcades Neo Geo

Lançado em 1992 pela SNK, Fatal Fury 2 chegou para mostrar que a série Garou Densetsu não estava para brincadeira. Após o primeiro jogo apresentar um sistema de luta diferenciado, mas ainda engessado, a sequência veio como uma verdadeira evolução, polindo mecânicas, expandindo o elenco e consolidando o nome da franquia no cenário competitivo dos arcades.

Evolução em Relação ao Antecessor

O primeiro Fatal Fury tinha um charme próprio, mas sua jogabilidade era limitada, com poucos personagens jogáveis e uma mecânica que favorecia mais o "espetáculo" do que a competitividade. Já em Fatal Fury 2, a SNK trouxe um salto enorme: oito lutadores selecionáveis, cada um com estilo próprio, novas arenas espalhadas pelo mundo e um ritmo de combate muito mais ágil. A mecânica de "duas linhas" (pular para frente ou para trás na arena) foi aprimorada, permitindo estratégias mais dinâmicas durante os combates.

Gráficos

A parte visual é um verdadeiro deleite para a época. Os sprites são maiores, mais detalhados e cheios de personalidade, com animações mais suaves e fluidas que no primeiro jogo. Os cenários ganharam mais camadas, efeitos e interatividade, com mudanças sutis entre os rounds (como variações de clima ou público). A paleta de cores mais vibrante e o cuidado com cada detalhe tornaram Fatal Fury 2 um dos jogos mais bonitos do Neo Geo no início dos anos 90.

Som

A trilha sonora é marcante e reforça a identidade de cada personagem, com temas que vão do rock a músicas com influências regionais, dependendo do país do lutador. Os efeitos sonoros, como golpes, impactos e vozes digitalizadas, ganharam muito mais clareza, ajudando a criar uma atmosfera intensa durante as lutas. A qualidade sonora do Neo Geo foi muito bem aproveitada aqui.


Jogabilidade

Se no primeiro jogo o controle era mais travado, Fatal Fury 2 trouxe comandos mais responsivos e combos mais fluidos. A variedade de personagens com golpes especiais distintos incentivava os jogadores a testar diferentes estilos. O sistema de "duas linhas" ficou mais estratégico e intuitivo, permitindo fugir de ataques ou criar aberturas para contra-ataques. Além disso, o jogo exigia mais habilidade, recompensando a precisão e o domínio das mecânicas.

Veredito 

Fatal Fury 2 não foi apenas uma continuação, foi a afirmação de que a SNK sabia evoluir suas franquias. Com gráficos impressionantes, som de alta qualidade e jogabilidade muito mais refinada, ele marcou presença nos arcades e ajudou a abrir caminho para as sequências ainda mais memoráveis que viriam depois.

Aero Fighters 3 (Neo Geo) - Um clássico raro com jogabilidade explosiva, caminhos alternativos e muito carisma


Lançado em 1995 pela Video System, Aero Fighters 3 (também conhecido como Sonic Wings 3 no Japão) é o terceiro título da aclamada série de shoot ‘em ups verticais que marcou presença nos fliperamas dos anos 90. Desenvolvido para a poderosa placa Neo Geo MVS, o jogo também foi adaptado para os sistemas Neo Geo AES (console doméstico) e Neo Geo CD.

Mesmo em meio à grande oferta de jogos de nave nos arcades da época, Aero Fighters 3 conseguiu se destacar com sua ação frenética, personagens excêntricos e múltiplas rotas de fases, que adicionavam um toque de imprevisibilidade ao gameplay.

A mítica versão americana do Neo Geo AES

Um dos aspectos mais curiosos e valiosos  do legado de Aero Fighters 3 é a raridade extrema da versão americana para Neo Geo AES. Diferente da edição japonesa e europeia, o jogo não teve um lançamento comercial regular nos Estados Unidos. Acredita-se que apenas algumas poucas unidades foram produzidas, talvez para testes ou demonstrações internas, tornando-se uma peça lendária entre colecionadores.
Uma cópia autenticada foi vendida por mais de US$ 30.000, o que a torna uma das mídias de videogame mais raras e caras do mundo.

Gráficos: carisma visual, mas falta coesão

Visualmente, Aero Fighters 3 apresenta sprites bem definidos, aviões detalhados e efeitos de explosão que mantêm o padrão de qualidade da SNK e do Neo Geo. No entanto, o design dos cenários deixa a desejar em consistência: algumas fases parecem inacabadas ou desconexas em relação ao resto da ambientação.

O estilo cartunesco e o humor bizarro, marca registrada da série, continuam presentes, o que garante charme e personalidade, mesmo que o jogo não impressione tanto quanto seus contemporâneos mais caprichados visualmente.

Som: trilha energética e vozes excêntricas

A trilha sonora segue o estilo agitado e intenso do gênero, com músicas rápidas que acompanham bem o ritmo do jogo. Embora alguns temas sejam repetitivos, há bons momentos, principalmente nas batalhas contra chefes.

O destaque vai para os efeitos sonoros e vozes digitalizadas, que acrescentam um ar exagerado e divertido, especialmente com personagens que falam frases absurdas em meio à ação. Essa irreverência é parte da identidade da franquia.

Jogabilidade: acessível, divertida e com ótima rejogabilidade

O grande trunfo de Aero Fighters 3 está na sua jogabilidade refinada e acessível, com controles responsivos e ação constante. Os jogadores podem escolher entre 10 personagens únicos (mais 2 secretos), cada um com armas, naves e estilos próprios de disparo, o que contribui para uma experiência diversa a cada jogada.

Outro diferencial são os caminhos ramificados: o jogo possui 18 fases, mas cada sessão exibe apenas 8 delas, variando conforme decisões de rota e personagens selecionados. Isso aumenta consideravelmente a rejogabilidade.

O modo cooperativo para dois jogadores também tem uma mecânica interessante: ao unir os aviões sem acionar bombas, os jogadores liberam um ataque combinado especial, criando uma camada estratégica adicional.

Recepção e legado

Na época do lançamento, Aero Fighters 3 recebeu críticas mistas. Foi elogiado pela variedade de personagens, trilha sonora animada e diversão arcade, mas criticado por cenários pouco inspirados, repetição visual e a ausência de grandes inovações em relação ao seu antecessor.

Nos anos seguintes, porém, o jogo foi redescoberto com mais carinho, principalmente graças às reedições digitais para consoles modernos (via ACA Neo Geo), onde passou a ser reconhecido como um clássico cult entre fãs de shoot ‘em ups.

Veredito 

Aero Fighters 3 pode não ser o jogo tecnicamente mais impressionante da série Neo Geo, mas compensa com muito estilo, humor e jogabilidade sólida. Seu sistema de rotas alternativas, elenco maluco e ação intensa garantem uma experiência arcade envolvente e nostálgica.

E para os colecionadores hardcore? A versão americana do AES é quase como o Santo Graal, uma verdadeira relíquia de valor incalculável.

Super Sidekicks 2 – Neo Geo: O Futebol Arcade em Ano de Copa

Lançado em 1994, ano marcado pela Copa do Mundo dos Estados Unidos, Super Sidekicks 2 chegou aos fliperamas com a difícil missão de superar o sucesso do primeiro jogo. Desenvolvido pela SNK, o game trouxe melhorias visuais e refinamentos na jogabilidade, mantendo o estilo arcade frenético que o tornou tão querido.

Gráficos: Grandes Sprites e "Kick Time Events"

Visualmente, Super Sidekicks 2 é um dos jogos de futebol mais impressionantes da era 16-bit. Aproveitando o poder do Neo Geo, o jogo apresenta sprites enormes, detalhados e coloridos, com animações fluidas que intensificam a ação em campo. Um dos grandes destaques são os "Kick Time Events", momentos cinematográficos que ocorrem durante chutes especiais, com a câmera aproximando a jogada e criando uma tensão digna de final de campeonato.

O visual cartunesco e exagerado era perfeito para o clima arcade, e cada partida parecia uma verdadeira batalha entre seleções estilizadas.

Som: Gritos, Narração e Empolgação

A trilha sonora é vibrante e acompanha bem o ritmo acelerado das partidas. Os efeitos sonoros são impactantes: desde o barulho da torcida ao fundo até os gritos dos jogadores e a empolgante narração durante os lances decisivos. O áudio contribui para criar um clima de campeonato, como se cada jogo fosse uma final.

Jogabilidade: Simples, Direta e Viciante

A jogabilidade é um dos pontos mais marcantes de Super Sidekicks 2. Com comandos simplificados, o jogo permite que qualquer jogador entre na partida e se divirta sem dificuldades. O foco está na ação direta: passes rápidos, chutes potentes e disputas físicas intensas. Nada de regras complicadas ou simulações realistas e aqui, o objetivo é marcar gols e vencer com estilo.

Apesar da simplicidade, o jogo oferece certo nível de estratégia, como escolher o país com base nos atributos e ajustar a formação. Cada seleção tem características únicas, o que dá um toque a mais de profundidade sem comprometer o espírito arcade.

Veredito

Super Sidekicks 2 é mais do que uma sequência: é uma evolução sólida que capturou a essência do futebol nos fliperamas. Lançado no embalo da Copa do Mundo de 1994, o jogo conseguiu aproveitar o clima esportivo da época e conquistar uma legião de fãs. Com seus gráficos vibrantes, sons empolgantes e jogabilidade acessível, tornou-se um clássico atemporal do Neo Geo e um dos melhores jogos de futebol arcade da década de 90.