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Dragon – The Bruce Lee Story (SNES)

Lançado para o Super Nintendo em 1995, Dragon: The Bruce Lee Story é um jogo de luta baseado no filme homônimo que retrata a vida do lendário artista marcial Bruce Lee. Desenvolvido pela Virgin Interactive, o título buscava capturar a essência do ícone das artes marciais em um formato acessível para os consoles da época. Apesar da proposta interessante, o resultado final acabou dividindo opiniões.

Gráficos

Os gráficos de Dragon: The Bruce Lee Story são competentes, mas não chegam a se destacar entre outros jogos de luta do SNES. Os personagens são bem animados e os golpes de Bruce Lee possuem certa fluidez, com movimentos que remetem ao estilo ágil e preciso do lutador. Os cenários, embora variados, são relativamente simples e carecem de detalhes mais elaborados. Ainda assim, a paleta de cores é bem utilizada e mantém uma boa legibilidade durante as lutas.

Som

A trilha sonora busca transmitir uma atmosfera oriental, misturando batidas marcantes e melodias inspiradas, mas o resultado é apenas mediano. As músicas acabam se tornando repetitivas após algum tempo. Já os efeitos sonoros, como gritos, socos e chutes, cumprem seu papel e ajudam a reforçar o clima de ação, mesmo que não sejam dos mais impactantes.

Jogabilidade

A jogabilidade é onde Dragon: The Bruce Lee Story mais sofre. Embora o jogo apresente um sistema de luta em 2D semelhante a outros títulos do gênero, os controles podem parecer lentos e pouco responsivos. Bruce Lee possui um conjunto limitado de golpes, e a detecção de colisão (hitbox) às vezes é inconsistente, o que pode frustrar o jogador.

O modo principal segue a trajetória de Bruce Lee, enfrentando oponentes inspirados em momentos de sua carreira e filosofia. Também há um modo multiplayer, que adiciona algum valor de replay, mas o ritmo travado e as limitações mecânicas impedem o jogo de alcançar o mesmo nível de títulos como Street Fighter II ou Mortal Kombat.

Dificuldade

A dificuldade é outro ponto notável: o jogo exige precisão e paciência. Inimigos mais avançados punem qualquer erro, e a falta de variedade nos golpes torna as batalhas longas e desafiadoras. Muitos jogadores consideram o jogo difícil mais por limitações de controle do que por desafio justo, o que pode desmotivar após algumas tentativas.

Veredito 

Dragon: The Bruce Lee Story é uma tentativa honesta de homenagear o lendário artista marcial, mas acaba ficando no meio do caminho. Apesar de bons visuais e uma premissa interessante, sua jogabilidade truncada e dificuldade mal balanceada impedem o jogo de brilhar. Ainda assim, para fãs de Bruce Lee e curiosos por adaptações de filmes nos 16 bits, vale uma conferida pela curiosidade histórica.

The Adventures of Batman & Robin (SNES) - Um Clássico Inesquecível do Cavaleiro das Trevas

É difícil falar de jogos clássicos de super-heróis sem mencionar The Adventures of Batman & Robin para Super Nintendo. Lançado em 1994 e desenvolvido pela aclamada Konami, este título não é apenas uma adaptação fiel da aclamada série animada Batman: The Animated Series, mas é considerado por muitos como um dos melhores jogos do Batman já lançados, antes mesmo da era Arkham. Vamos mergulhar no que torna este jogo uma joia rara.

Lançamento e Contexto

The Adventures of Batman & Robin chegou ao Super Nintendo no final de 1994 (Dezembro na América do Norte, Novembro na Europa). Sua chegada foi marcada por uma grande expectativa, impulsionada pela popularidade estrondosa do desenho animado, que é até hoje reverenciado como uma das melhores representações do herói. A Konami, já conhecida por jogos de alta qualidade na plataforma, tinha a responsabilidade de honrar esse legado, e conseguiu com maestria na versão do SNES, diferenciando-se significativamente das versões lançadas para outros consoles como Mega Drive/Genesis.

O jogo apresenta o Batman em uma série de oito "episódios", cada um culminando em um confronto com um vilão icônico como Coringa, Pinguim, Mulher-Gato e Charada.

Gráficos: A Arte Gótica em Pixel

No quesito gráfico, The Adventures of Batman & Robin é simplesmente excelente e um testemunho do poder artístico do Super Nintendo.

  • Fidelidade Estética: Os visuais capturam perfeitamente o estilo Art Déco sombrio e a estética de desenho animado da série, que usava fundos pretos para dar a ilusão de que as células eram pintadas em papel escuro (o famoso Dark Deco). Os cenários de Gotham são ricamente detalhados, atmosféricos e muito fiéis à fonte.

  • Animação Fluida: O sprite do Batman se movimenta com uma fluidez impressionante, quase como se estivesse animado quadro a quadro como na TV. A animação dos chefes e inimigos também é de altíssimo nível, contribuindo para a sensação de estar jogando um episódio interativo. As cutscenes entre as fases, embora simples, reforçam a narrativa e a sensação de "episódio".

Som: A Atmosfera de Gotham

A trilha sonora e os efeitos sonoros são igualmente impressionantes e cruciais para a imersão.

  • Trilha Sonora Épica: O tema principal da série animada é habilmente remixado e incorporado nas músicas das fases. A Konami demonstrou seu domínio no chip de som do SNES, entregando composições que variam de tensas e misteriosas a momentos de ação frenética, tudo isso mantendo a aura orquestral e noir da animação.

  • Efeitos Sonoros: Os sons de ataques, uso de Bat-Aparelhos (Bat-Gadgets) e os grunhidos dos inimigos são satisfatórios e funcionam bem, solidificando a atmosfera de combate e aventura.

Jogabilidade: Desafio e Variedade de Ação

O jogo é primariamente um jogo de plataforma e ação 2D, mas se destaca pela sua versatilidade e, honestamente, pela sua dificuldade lendária.

  • Controles e Combate: Os controles são responsivos e Batman pode atacar (soco e chute), se defender e usar seus Bat-Aparelhos. Os movimentos são precisos, essenciais devido à natureza punitiva do design das fases.

  • Bat-Gadgets: Uma característica marcante é a possibilidade de escolher até três aparelhos por fase no Bat-Computador, como Batarangues (seu principal projétil), gancho, bombas de fumaça, e até itens específicos para a fase como lanterna ou óculos de Raio-X. A escolha estratégica dos itens é crucial, especialmente para os chefes.

  • Design de Fases Variado: A Konami evitou a repetição, oferecendo fases muito diversas. Enquanto algumas são plataformas tradicionais de combate, outras exigem mais exploração, puzzles ou até mesmo pilotagem (como a controversa fase de Batmóvel contra o Duas-Caras ou a fase do Espantalho com visão distorcida). Essa variedade de mecânicas mantém o jogo sempre fresco.

  • A Dificuldade: Este é o ponto que frequentemente divide opiniões. O jogo é muito difícil. Os inimigos são resistentes, os bosses têm padrões de ataque complexos, e as seções de plataforma exigem precisão quase perfeita. Muitos veem isso como um desafio gratificante, digno de um herói de elite como Batman; outros podem se frustrar facilmente.

Veredito 

The Adventures of Batman & Robin (SNES) é uma obra-prima da Konami. Sua capacidade de replicar a beleza visual e a atmosfera sonora da série animada em um console de 16-bits é um feito técnico e artístico notável.

Embora sua alta dificuldade possa afastar jogadores casuais, para os fãs da série animada e para aqueles que buscam um jogo de plataforma 2D desafiador e com qualidade ímpar, ele é indispensável. Antes do Arkham Asylum, este jogo era o mais próximo que se chegava de encarnar o Cavaleiro das Trevas em um videogame de forma tão autêntica e estilosa. 

The Lion King (SNES) – Um Clássico Desafiador da Era 16 Bits

Lançado em 1994 pela Virgin Interactive e baseado no aclamado filme da Disney, The Lion King para Super Nintendo é um dos jogos mais memoráveis,  e frustrantes da geração 16 bits. Com belos gráficos, trilha sonora marcante e uma jogabilidade que mistura plataformas com ação, o título marcou época, mas também ficou famoso por sua dificuldade acima da média.

Gráficos

Os gráficos de The Lion King são um dos seus maiores destaques. A equipe de desenvolvimento contou com a colaboração direta da Disney, o que resultou em sprites extremamente bem animados e cenários ricos em detalhes. Cada fase traz ambientes inspirados diretamente no filme, desde a savana africana até o sombrio cemitério de elefantes,  com uma paleta de cores vibrante e cheia de vida. As animações de Simba, tanto filhote quanto adulto, são suaves e cheias de personalidade, reforçando o alto padrão visual que o jogo alcançou.

Som

A trilha sonora segue a mesma qualidade do visual. As músicas do filme foram adaptadas de forma brilhante para o chip de som do Super Nintendo, mantendo a essência das composições originais de Elton John e Hans Zimmer. Clássicos como “I Just Can’t Wait to Be King” e “Circle of Life” aparecem em versões cheias de energia e nostalgia. Os efeitos sonoros, como rugidos e saltos, são nítidos e ajudam a dar mais imersão à aventura.

Jogabilidade

A jogabilidade é típica dos jogos de plataforma da época, com fases que exigem precisão nos pulos e bom tempo de reação. Simba pode saltar, rolar e atacar inimigos de diferentes maneiras conforme cresce durante a jornada. No entanto, o controle, por vezes, parece rígido em momentos cruciais, o que aumenta ainda mais o nível de desafio.

Dificuldade

Falando em desafio, The Lion King é lembrado até hoje por ser extremamente difícil, especialmente nas fases iniciais. “Can’t Wait to Be King”, por exemplo, tornou-se lendária por sua complexidade, exigindo movimentos exatos e uma boa dose de paciência. A curva de aprendizado é íngreme, e muitos jogadores jamais chegaram a ver Simba adulto sem recorrer a continues ou códigos.

Veredito 

The Lion King para SNES é um exemplo clássico de como um jogo licenciado pode ir além de sua origem cinematográfica, oferecendo uma experiência visual e sonora de alta qualidade. Contudo, sua dificuldade elevada pode afastar os jogadores menos persistentes. Ainda assim, é uma joia nostálgica da era 16 bits,  desafiadora, bonita e inesquecível.

Tiny Toons Adventures: Buster Busts Loose! (SNES)

Lançado em 1992 pela Konami, Tiny Toons Adventures: Buster Busts Loose! trouxe para o Super Nintendo o carismático universo dos desenhos animados da Warner Bros., estrelado por Buster Bunny e seus amigos de Acme Looniversity. O jogo é um exemplo clássico da qualidade e do capricho que a Konami colocava em suas produções da era 16-bit, misturando humor, variedade e desafio em doses equilibradas.

Gráficos

Os gráficos de Tiny Toons Adventures são vibrantes e cheios de personalidade. Cada fase apresenta cenários distintos que remetem a diferentes episódios do desenho, como o estádio esportivo, o trem em movimento e o estúdio de cinema. As animações dos personagens são muito bem feitas, capturando perfeitamente o estilo cartunesco da série, com expressões exageradas e movimentos fluidos. O uso das cores é outro ponto forte, aproveitando o potencial do SNES para criar ambientes vivos e detalhados, sempre com aquele toque de humor característico dos Looney Tunes.

Som

A trilha sonora é alegre e variada, composta por músicas que combinam perfeitamente com o clima leve e brincalhão do jogo. As faixas são curtas, mas marcantes, e trazem aquele tom de desenho animado dos anos 90. Os efeitos sonoros também merecem destaque: saltos, colisões e outras ações produzem sons caricatos, reforçando a atmosfera divertida. É o tipo de som que te faz sentir realmente dentro de um episódio de Tiny Toons.

Jogabilidade

A jogabilidade é simples e intuitiva, mas com nuances que exigem prática. Buster pode correr, saltar e usar um “dash” horizontal, recurso essencial para alcançar plataformas e derrotar inimigos. A mecânica do dash adiciona ritmo e estratégia ao jogo, já que o jogador precisa dominar seu tempo e direção.

Cada fase traz desafios únicos e até pequenas variações de jogabilidade, como minigames e seções de bônus. Essa variedade mantém o jogo interessante, evitando a repetição comum em muitos títulos de plataforma da época.

Dificuldade

Apesar do visual infantil e da temática leve, Tiny Toons Adventures: Buster Busts Loose! não é tão fácil quanto parece. O jogo oferece três níveis de dificuldade, e mesmo no modo normal, algumas fases exigem precisão nos saltos e domínio do dash. Inimigos e obstáculos surgem em momentos inesperados, e alguns chefes podem dar trabalho até para jogadores experientes. Ainda assim, o desafio é justo, recompensando quem insiste em aprender os padrões e dominar o controle do coelho azul.

Veredito 

Tiny Toons Adventures: Buster Busts Loose! é um ótimo exemplo de como adaptar um desenho animado para os videogames de forma fiel e divertida. Com gráficos coloridos, música envolvente, jogabilidade sólida e um nível de desafio surpreendente, o jogo continua sendo uma das pérolas do catálogo do Super Nintendo. Um título que agrada tanto os fãs de Tiny Toons quanto os amantes de bons jogos de plataforma.

ROC F1 (SNES)

Quando falamos de jogos de corrida clássicos, ROC F1 (Exaust Heat no Japão e Europa), se destaca por trazer a emoção da Fórmula 1 de forma simples, porém divertida. O título combina velocidade, estratégia nas curvas e aquele desafio que só os jogos retrô conseguem proporcionar.

Gráficos

Um dos pontos mais interessantes de ROC F1 é o uso do Mode7, tecnologia que cria a sensação de 3D a partir de planos bidimensionais. As pistas parecem se mover sob o carro, proporcionando uma perspectiva dinâmica que aumenta a imersão e torna cada curva mais desafiadora. Embora os carros e cenários não sejam extremamente detalhados, o efeito visual é eficiente e muito característico da época.

Som

O áudio do jogo ajuda a manter a adrenalina nas corridas. O ronco dos motores varia conforme a velocidade, e as colisões produzem efeitos satisfatórios que reforçam a sensação de velocidade e tensão. A trilha sonora é discreta, mas cumpre bem o papel de acompanhar o ritmo das corridas sem atrapalhar a concentração.

Jogabilidade

A jogabilidade de ROC F1 é simples, mas precisa. Mesmo sofrendo com um slowdwon momentâneo, o controle responde bem aos movimentos, e dominar as curvas é essencial para manter vantagem sobre os oponentes. A combinação de aceleração, frenagem e posicionamento nas curvas garante corridas empolgantes e cheias de desafio.

Fator Replay

O jogo mantém o interesse do jogador com corridas desafiadoras que exigem aperfeiçoamento constante. Cada pista apresenta obstáculos e curvas que testam suas habilidades, tornando o fator replay natural: o objetivo é sempre melhorar tempos e dominar cada circuito, além de desenvolver o carro, com a compra de novos componentes.

Veredito 

ROC F1 é um título que captura a essência das corridas clássicas de Fórmula 1 de forma direta e divertida. Com o destaque para o Mode7, som imersivo e jogabilidade precisa, o jogo proporciona corridas empolgantes e desafiadoras, mantendo sua relevância até hoje para quem aprecia títulos retrô de velocidade.

Doom Troopers (SNES)

Lançado em 1995 para Super Nintendo e Mega Drive, Doom Troopers: Mutant Chronicles é um jogo de ação e tiro em plataforma baseado no universo do RPG de mesa Mutant Chronicles. Desenvolvido pela Adrenalin Entertainment e publicado pela Playmates Interactive, o título tenta capturar a essência sombria e violenta do material original, mas com as limitações técnicas do 16 bits da Nintendo.

Jogabilidade

Doom Troopers segue a fórmula clássica dos run and gun dos anos 90, lembrando títulos como Contra e Turrican. O jogador pode escolher entre dois personagens, Mitch Hunter e Max Steiner, cada um com armas automáticas e granadas, avançando por fases repletas de inimigos mutantes e armadilhas.

A jogabilidade é rápida e direta, com foco total na ação. No entanto, os controles podem parecer um pouco travados, principalmente nos pulos e na troca de direção, o que torna o jogo mais difícil do que deveria. Ainda assim, o desafio agrada aos fãs de jogos intensos e punitivos.

Um destaque vai para o modo cooperativo, que adiciona muita diversão, tornando o massacre de mutantes uma experiência mais empolgante ao lado de um amigo.

Gráficos

Para o padrão do Super Nintendo, Doom Troopers apresenta visuais sombrios e detalhados. Os cenários são repletos de ruínas, sangue e mutantes grotescos, refletindo bem o clima pós-apocalíptico do universo do jogo.

Os sprites dos personagens são grandes e bem animados, e os efeitos de tiro e explosões são convincentes. No entanto, o jogo sofre com queda de desempenho em momentos de muita ação, o que é perceptível especialmente no modo cooperativo.

Mesmo assim, o estilo visual violento e cru se destaca entre os jogos do console, especialmente por seu uso ousado de sangue e mutilações, algo incomum para títulos do SNES.

Som e Trilha Sonora

A trilha sonora é composta por músicas pesadas e tensas, que combinam com o clima de guerra e destruição. Embora as faixas não sejam muito variadas, cumprem bem o papel de manter o jogador em estado de alerta.

Os efeitos sonoros, como tiros, explosões e gritos dos inimigos, são fortes e satisfatórios, ajudando a reforçar a sensação de caos no campo de batalha.

Veredito

Doom Troopers (SNES) é um jogo de ação intenso e desafiador, que tenta oferecer uma experiência brutal e sombria dentro das limitações do console. Embora não seja perfeito, com controles um pouco duros e desempenho irregular, entrega uma boa dose de adrenalina e violência, especialmente para os fãs de run and gun clássicos.


Pilotwings (SNES) – Voando Alto com o Mode 7

Quando o Super Nintendo foi lançado, um dos grandes chamarizes para mostrar o poder de seu novo hardware foi Pilotwings. Lançado junto ao console, o jogo rapidamente se destacou não apenas por ser divertido, mas por exibir de maneira impressionante o potencial do Mode 7, a tecnologia que permitia rotação e escala de sprites para criar a sensação de 3D no mundo 2D do SNES.

Gráficos – O Poder do Mode 7

Pilotwings não apenas aproveita o Mode 7, mas o coloca como protagonista. Planos de voo, pistas de pouso e obstáculos ganham uma sensação de profundidade impressionante para a época. A transição suave entre o solo e o céu, aliada a efeitos de zoom e rotação, dá ao jogador a ilusão de estar realmente pilotando diferentes veículos aéreos. Cada cenário, embora simples, se torna dinâmico graças a esse recurso, que fazia o jogador sentir cada curva e cada descida com realismo surpreendente para 1990.

Som – Trilha Aérea que Empolga

O áudio acompanha o clima leve e descontraído do jogo. A trilha sonora, composta por temas alegres e envolventes, transforma cada desafio em uma experiência relaxante e divertida. Os efeitos sonoros são satisfatórios, com o zumbido dos motores, o barulho do paraquedas se abrindo e pequenos alertas que reforçam a sensação de estar no comando de uma aeronave. Nada revolucionário, mas extremamente competente e coerente com o espírito do jogo.

Jogabilidade – Simples, Desafiadora e Viciante

Pilotwings se divide em várias modalidades de voo: avião, asa-delta, jetpack e paraquedas. Cada desafio exige timing preciso e controle exato, tornando cada tentativa uma mistura de aprendizado e diversão. A física do jogo, embora simplificada, é convincente o suficiente para gerar tensão e satisfação a cada pouso perfeito ou acrobacia bem-sucedida. O design de níveis incentiva a repetição, aumentando o interesse do jogador em dominar cada modalidade.

Destaque – Um Jogo de Lançamento que Impressiona

Como um dos títulos de lançamento do Super Nintendo, Pilotwings tinha a responsabilidade de mostrar o que o console era capaz de fazer. E cumpriu com louvor. A junção do Mode 7 com uma jogabilidade acessível e viciante transformou o jogo em um marco técnico e divertido, consolidando-se como referência em simuladores de voo no universo dos consoles.

Veredito 

Pilotwings não é apenas um jogo de lançamento; é uma demonstração de criatividade técnica e diversão. Seus gráficos inovadores, som agradável e jogabilidade viciante garantem que até hoje ele seja lembrado com carinho por fãs do SNES. Se você quer entender por que o Super Nintendo conquistou tantos corações, voar com Pilotwings é o primeiro passo.

Fatal Fury Special (SNES)


Fatal Fury Special, lançado para o Super Nintendo em meados da década de 90, foi a tentativa da SNK de levar um dos seus jogos de luta mais populares do arcade e Neo Geo para o console da Nintendo. A adaptação trouxe boa parte do conteúdo original, mas inevitavelmente sofreu cortes e ajustes para se adequar ao hardware do SNES.

Gráficos

Visualmente, o jogo cumpre bem o papel de recriar os cenários e personagens marcantes da versão arcade. Os sprites são grandes e detalhados para o padrão do SNES, e cada lutador mantém sua identidade visual. Porém, as cores são menos vibrantes e os cenários perderam parte da animação e profundidade que tinham no Neo Geo, o que deixa a apresentação um pouco mais simples. Ainda assim, para os fãs, ver tantos personagens na tela do Super Nintendo foi uma conquista, já que a versão trouxe praticamente todo o elenco do original.

Som

Aqui está um dos pontos mais criticados da conversão. As músicas, embora reconhecíveis e fiéis em termos de composição, soam abafadas no console. O impacto sonoro dos golpes também é menos marcante, dando a sensação de que falta “peso” nas lutas. O SNES já mostrou em outros títulos que podia oferecer trilhas mais limpas e empolgantes, mas em Fatal Fury Special o resultado ficou aquém do esperado, enfraquecendo a atmosfera do jogo.


Jogabilidade

A jogabilidade é onde o jogo se mantém mais sólido. O sistema de planos de luta (duas camadas de profundidade no cenário) foi preservado, permitindo que os combates tenham mais estratégia do que em outros jogos de luta da época. Os comandos respondem bem, mas a velocidade é um pouco mais lenta do que no Neo Geo, o que pode causar estranheza para quem conheceu a versão arcade. Ainda assim, para os padrões do SNES, o controle é satisfatório e permite bons duelos entre amigos.

Conclusão

Fatal Fury Special no Super Nintendo foi uma conversão ambiciosa e, apesar de suas limitações gráficas e principalmente sonoras, conseguiu entregar uma experiência de luta divertida e relativamente fiel. Para quem só tinha acesso ao SNES, era uma ótima oportunidade de jogar com um elenco variado da SNK sem precisar de um Neo Geo. Contudo, olhando em retrospecto, é uma versão que deixa claro como o hardware limitava a grandiosidade do título original.

Maui Mallard in the Cold Shadow (SNES)

Lançado em 1995 para o Super Nintendo, Maui Mallard in the Cold Shadow é um jogo de plataforma desenvolvido pela Disney Interactive Studios que trouxe uma proposta curiosa: transformar o icônico Pato Donald em um detetive caricato, conhecido como Maui Mallard, e em sua versão ninja, Cold Shadow. O título acabou chamando atenção não só por ser um produto da Disney, mas também por oferecer um estilo de jogo distinto e até mais sombrio do que o habitual da marca.

Gráficos

Os visuais de Maui Mallard in the Cold Shadow impressionavam pela qualidade da animação. O sprite do protagonista era detalhado e cheio de personalidade, com transições fluidas entre suas duas formas, o detetive com revólver de inseticida e o ninja com bastão bo. Os cenários eram variados e criativos, indo de templos com atmosfera mística até florestas tropicais cheias de cor. O estilo artístico misturava elementos cartunescos com tons mais sombrios, algo incomum nos jogos da Disney da época, o que ajudava a dar identidade ao título.

Som

A trilha sonora foi um dos pontos altos, com composições vibrantes e marcantes, que combinavam perfeitamente com a ambientação exótica e misteriosa do jogo. Cada fase tinha músicas que reforçavam o clima do cenário, e os efeitos sonoros, como o impacto do bastão ou o disparo do inseticida, eram bem trabalhados, transmitindo peso às ações. Esse cuidado ajudava a imersão e destacava o jogo dentro da biblioteca do SNES.

Jogabilidade

Na jogabilidade, o título seguia a fórmula clássica de plataforma, mas com algumas mecânicas diferenciadas. Jogar como Maui, com a arma de inseticida, oferecia um estilo mais direto, enquanto a forma Cold Shadow proporcionava combates corpo a corpo mais rápidos e precisos, além de movimentos acrobáticos que ampliavam as possibilidades de exploração. Essa dualidade era o maior atrativo do game.

No entanto, o jogo também tinha seus pontos fracos: a dificuldade era elevada, com pulos imprecisos em algumas fases e inimigos que exigiam memorização. O sistema de energia limitada para manter a forma ninja também obrigava o jogador a planejar o uso dessa habilidade, o que poderia frustrar iniciantes. Ainda assim, para quem buscava desafio, isso era um diferencial positivo.

Recepção na época

Na época de seu lançamento, Maui Mallard in the Cold Shadow foi bem recebido pela crítica, especialmente pelos gráficos e pelo estilo artístico ousado para um título da Disney. Muitos elogiaram a animação do protagonista, a trilha sonora e a jogabilidade variada. No entanto, o jogo não alcançou o mesmo nível de popularidade de outros títulos da Disney, como Aladdin ou The Lion King. Parte disso se deveu à sua distribuição limitada em algumas regiões e ao fato de o SNES já estar no fim de seu ciclo de vida.

Veredito 

Maui Mallard in the Cold Shadow é um daqueles jogos que se destacaram por trazer algo diferente dentro do universo Disney. Visual marcante, trilha sonora memorável e jogabilidade desafiadora fazem dele uma experiência única no SNES. Embora não tenha se tornado um clássico absoluto, conquistou uma base fiel de fãs e até hoje é lembrado como um dos jogos mais ousados já estrelados pelo Pato Donald.

Jurassic Park (SNES)

Quando a febre de Jurassic Park tomou conta do mundo em 1993, era inevitável que os consoles da época recebessem adaptações do filme que revolucionou os efeitos especiais no cinema. No Super Nintendo, a Ocean trouxe sua versão do jogo, um título que mistura ação em terceira pessoa com exploração em primeira, resultando em uma experiência única, em muitos aspectos, controversa.

Gráficos

Para a época, Jurassic Park no SNES impressionava. A visão aérea usada nas fases externas lembrava bastante jogos como Zelda: A Link to the Past, com cenários coloridos, florestas densas, lagos, áreas industriais e muitos detalhes espalhados pelo mapa da ilha. Os dinossauros, como os velociraptores e triceratops, tinham sprites bem animados, transmitindo uma boa sensação de ameaça.

O grande destaque, porém, vinha quando o jogo mudava para a perspectiva em primeira pessoa ao entrar em prédios. Era uma ousadia no SNES, já que lembrava os primeiros jogos de PC com estilo “Doom-like”, embora de forma mais limitada. Esses trechos eram atmosféricos, mas ao mesmo tempo escuros e repetitivos, o que dificultava a navegação.

Som

A trilha sonora é marcante, com músicas tensas e atmosféricas que ajudam a passar a sensação de estar isolado em uma ilha cheia de criaturas perigosas. O destaque fica para o tema principal, que cria uma ambientação de suspense constante.

Os efeitos sonoros também cumprem bem o papel: o rugido dos dinossauros é intimidador, os tiros têm impacto satisfatório, e até pequenos detalhes, como passos e alarmes, contribuem para a imersão. Embora não tenha a grandiosidade da trilha orquestrada do filme, o áudio do jogo se destaca por sua capacidade de gerar tensão.

Jogabilidade

A jogabilidade é um dos pontos mais divisivos do título. No mundo aberto visto de cima, o jogador controla o Dr. Alan Grant em tempo real, explorando a ilha, enfrentando dinossauros, coletando cartões de acesso e tentando completar os objetivos. Há uma boa variedade de armas, como dardos tranquilizantes, granadas de gás e até lança-mísseis, que tornam a experiência divertida.

Por outro lado, o jogo não conta com sistema de saves ou passwords, o que significa que o jogador precisa zerar tudo de uma vez, um verdadeiro desafio, considerando a extensão da aventura. Além disso, as fases em primeira pessoa, apesar de inovadoras, tinham movimentação lenta e labiríntica, o que acabava cansando rapidamente.

Ainda assim, para quem tinha paciência, o jogo oferecia um misto interessante de ação e exploração, diferente de outros títulos licenciados da época.

Veredito

Jurassic Park de SNES é um jogo ambicioso e peculiar. Seus gráficos ousados, especialmente nos trechos em primeira pessoa, e sua atmosfera sonora tensa criavam uma experiência imersiva. No entanto, a dificuldade elevada, a falta de sistema de salvamento e a repetitividade em algumas áreas afastaram parte dos jogadores.

Mesmo com seus defeitos, continua sendo um título memorável do 16-bits, especialmente para os fãs que viveram a febre dos dinossauros nos anos 90. Um jogo que tentou ser tão grandioso quanto o filme, e que, de certa forma, conseguiu marcar época.