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Samurai Shodown (PS4) – O Renascimento de uma Lenda da SNK

Lançado em 2019 para PlayStation 4, Samurai Shodown marcou o retorno triunfal de uma das franquias de luta mais icônicas da SNK. Depois de mais de uma década sem um novo título principal, a série voltou com uma proposta ousada: manter a essência clássica que conquistou jogadores nos anos 90, mas atualizada para a nova geração de consoles. O resultado foi um jogo que conseguiu agradar tanto os veteranos quanto novos fãs do gênero.

Produção e Lançamento

Desenvolvido pela própria SNK, o título nasceu com a clara missão de recolocar a empresa no mapa das grandes produtoras de jogos de luta. Em uma época dominada por séries como Street Fighter e Mortal Kombat, trazer de volta Samurai Shodown era um risco, mas também uma aposta no peso do nome da franquia. A produção investiu em um estilo artístico único e em uma jogabilidade mais estratégica, buscando se diferenciar da concorrência.

Gráficos

Visualmente, Samurai Shodown adota um estilo que mistura o 3D moderno com um acabamento que remete às pinturas japonesas tradicionais. Esse aspecto dá ao jogo uma identidade própria, com cenários belíssimos e personagens que parecem ter saído diretamente de um quadro de arte oriental. Embora não seja o título mais impressionante da geração em termos de realismo, a direção artística faz com que o jogo se destaque e se mantenha fiel ao espírito da série.

Som

A trilha sonora segue o mesmo caminho: minimalista, mas eficiente. Cada música reforça o clima oriental e dá o tom certo às batalhas, sem ser exagerada. Os efeitos sonoros também são destaque, especialmente o som metálico das espadas e o impacto seco dos golpes. Tudo foi cuidadosamente trabalhado para intensificar a sensação de duelo mortal.

Jogabilidade

A jogabilidade é onde Samurai Shodown realmente brilha. Ao contrário da maioria dos jogos de luta modernos, que apostam em combos longos e agressividade constante, aqui o ritmo é mais cadenciado e estratégico. Cada golpe conta, e um erro pode custar a luta. Isso traz uma tensão única, fazendo cada batalha parecer um verdadeiro duelo de samurais.

Os personagens clássicos retornam, como Haohmaru, Nakoruru e Genjuro, junto de novos guerreiros que se encaixam bem no elenco. O sistema de rage e os ataques especiais, heranças dos jogos anteriores, foram mantidos e modernizados, equilibrando tradição e inovação.

O Retorno da Série

Talvez o maior mérito de Samurai Shodown no PS4 seja justamente ter conseguido reviver uma franquia que estava esquecida há anos. O jogo não apenas trouxe de volta o espírito dos clássicos da SNK, como também provou que ainda havia espaço no mercado para um estilo de luta mais técnico e cerebral. Sua recepção foi positiva tanto pela crítica quanto pelos jogadores, garantindo que a marca Samurai Shodown voltasse a ter relevância no cenário competitivo e entre fãs de jogos de luta.

Veredito 

Samurai Shodown para PS4 não é apenas um jogo de luta; é uma celebração da história da SNK e da própria franquia. Com gráficos estilizados, som impactante e uma jogabilidade que valoriza a estratégia acima da pressa, o título conseguiu honrar suas raízes e, ao mesmo tempo, se reinventar para a nova geração.

Um verdadeiro retorno de honra para uma das séries mais marcantes da história dos games.

Street Fighter V (PS4 e PC)

Quando Street Fighter V chegou ao mercado em 2016, a expectativa era enorme. Afinal, tratava-se da nova entrada principal em uma das franquias de luta mais icônicas da história dos videogames. Exclusivo para o PlayStation 4PC, o jogo vinha para suceder o aclamado Street Fighter IV, que havia renovado o gênero anos antes. No entanto, o lançamento de SFV não aconteceu sem turbulências.

Um início conturbado

Na época de seu lançamento, a Capcom apostou em uma estratégia ousada: lançar o jogo ainda “incompleto” e ir expandindo-o ao longo do tempo. Essa decisão trouxe muita polêmica, já que a versão inicial contava com poucos modos de jogo e um elenco relativamente limitado. Muitos fãs sentiram falta de um modo arcade tradicional, e a ausência de conteúdo fez com que a recepção fosse morna, apesar do grande potencial do título.

O que salvava era a jogabilidade refinada: rápida, precisa e acessível, mas ainda profunda para o competitivo. Esse equilíbrio foi o suficiente para que Street Fighter V fosse abraçado pela cena de eSports e se tornasse presença garantida no EVO, o maior torneio de jogos de luta do mundo.

Evolução ao longo dos anos

Com o tempo, Street Fighter V foi crescendo e se transformando. A Capcom lançou diversas atualizações, expansões e temporadas de personagens, adicionando lutadores clássicos e novos ao elenco. Modos extras também foram inseridos, como o Arcade Mode, o Story Mode cinematográfico e eventos especiais.

A cada temporada, o jogo não apenas ganhava novos rostos, mas também ajustes de balanceamento, recursos online aprimorados e até mecânicas de luta adicionais. A versão Champion Edition, lançada em 2020, consolidou o pacote completo, sendo considerada por muitos a versão definitiva do jogo.

Gráficos

No campo visual, Street Fighter V utilizou a Unreal Engine 4, garantindo cenários vibrantes, cores fortes e animações fluidas. O estilo artístico mescla realismo com exagero cartunesco, marca registrada da série. Alguns fãs estranharam certas escolhas de design de personagens, mas, no geral, os gráficos cumpriram bem o papel de dar identidade e dinamismo às lutas.

Som

O áudio é outro ponto de destaque. A trilha sonora traz reinterpretações de temas clássicos e músicas inéditas que se encaixam bem nos novos cenários. Os efeitos sonoros, golpes, impactos e vozes – transmitem o peso das batalhas, aumentando a imersão durante as partidas.

Jogabilidade

O coração do jogo sempre foi sua jogabilidade, e aqui Street Fighter V não decepciona. Os controles são responsivos, com mecânicas que equilibram acessibilidade para novatos e profundidade para veteranos. O sistema V-Skill e V-Trigger trouxe variedade ao estilo de cada personagem, permitindo estratégias diferentes dentro de uma mesma luta. Essa característica foi fundamental para o sucesso do título em torneios e para sua longevidade.

Veredito

Street Fighter V começou de forma turbulenta, com críticas fortes pela falta de conteúdo inicial, mas a Capcom conseguiu redimir o jogo ao longo dos anos, transformando-o em uma das experiências mais completas da série. Hoje, é lembrado como um título que soube se reinventar, conquistando tanto os fãs casuais quanto os jogadores competitivos.

Apesar do tropeço no lançamento, sua evolução constante garantiu que Street Fighter V deixasse uma marca importante na franquia e no cenário de jogos de luta.


Cuphead para PS4: Uma Viagem ao Passado com Desafio e Estilo

Lançado em 2020 para PlayStation 4, Cuphead é um jogo que combina estética retrô, jogabilidade desafiadora e uma trilha sonora marcante. Desenvolvido pelo estúdio independente Studio MDHR, o título rapidamente conquistou o coração dos jogadores e críticos, tornando-se um clássico moderno.

Gráficos: Uma Obra de Arte Animada

Cuphead se destaca por sua estética inspirada nos desenhos animados da década de 1930, utilizando o estilo de animação "rubber hose" característico da época. Cada frame é desenhado à mão, resultando em uma fluidez e charme visual únicos. Os cenários e personagens são ricos em detalhes, com cores vibrantes e animações que remetem aos clássicos da Warner Bros. e Fleischer Studios. Essa abordagem não apenas homenageia a história da animação, mas também proporciona uma experiência visual imersiva e encantadora.

Trilha Sonora: Jazz ao Estilo Vintage

A trilha sonora de Cuphead, composta por Kristofer Maddigan, é uma verdadeira joia do jazz. Gravada com uma orquestra de 13 músicos, a música captura a essência do swing e ragtime dos anos 30. Faixas como "Floral Fury" e "Die House" não só complementam a ação frenética do jogo, mas também se destacam como peças musicais excepcionais. Em 2019, o álbum da trilha sonora alcançou o topo das paradas de jazz da Billboard, um feito notável para uma produção de videogame 

Jogabilidade: Desafio e Precisão

Cuphead é um jogo de ação "run and gun" que coloca os jogadores contra uma série de chefes desafiadores. A mecânica de jogo é simples, mas exige precisão e estratégia. Cada chefe possui padrões de ataque únicos, e a chave para a vitória está na observação e na adaptação. Embora o jogo ofereça um modo "simples" para iniciantes, ele ainda mantém um nível de desafio significativo, especialmente nas fases mais avançadas .

A dificuldade é uma característica central de Cuphead. Os jogadores precisarão de paciência e perseverança para superar os obstáculos. No entanto, muitos consideram essa dificuldade como parte do apelo do jogo, proporcionando uma sensação de conquista a cada vitória.

Estilo de Jogo: Uma Homenagem aos Clássicos

Inspirado em jogos de plataforma dos anos 90, Cuphead apresenta fases variadas que incluem desde confrontos diretos com chefes até seções aéreas no estilo "shoot 'em up". A navegação entre as fases é feita por meio de um mapa, lembrando títulos como Super Mario World. Essa diversidade de gameplay mantém o jogo fresco e empolgante, oferecendo desafios que testam diferentes habilidades dos jogadores .Dificuldade Elevada: Um Desafio para os Corajosos

A dificuldade de Cuphead é notoriamente alta. Cada chefe apresenta múltiplas fases e ataques imprevisíveis, exigindo que os jogadores aprendam com cada tentativa e erro. Embora o jogo ofereça modos de dificuldade ajustáveis, a experiência completa é melhor apreciada nos níveis mais desafiadores. Para aqueles que buscam um teste de habilidade e paciência, Cuphead oferece uma recompensa gratificante a cada conquista.

Veredito: Uma Experiência Imperdível

Cuphead para PS4 é uma obra-prima que combina arte, música e jogabilidade de forma magistral. Sua estética única e trilha sonora envolvente criam uma atmosfera nostálgica e encantadora. Apesar da dificuldade elevada, o jogo oferece uma experiência recompensadora para aqueles dispostos a enfrentar seus desafios. Se você é fã de jogos que testam suas habilidades e aprecia uma boa dose de nostalgia, Cuphead é uma escolha obrigatória.

Shenmue III – O Retorno Esperado de uma Lenda

Após quase duas décadas de espera, Shenmue III finalmente chegou ao PlayStation 4 em novembro de 2019, trazendo de volta a emblemática saga de Ryo Hazuki. Com uma base de fãs fervorosa e um legado cult, o jogo surgiu como um verdadeiro milagre da indústria, graças a um financiamento coletivo que demonstrou o poder da nostalgia e do comprometimento dos jogadores. Neste review, vamos explorar como o jogo foi produzido, seus gráficos, som, jogabilidade e como foi recebido pelo público e crítica.

Produção e Financiamento: Um Renascimento pelo Kickstarter

Anunciado na E3 de 2015, Shenmue III foi revelado com grande surpresa e entusiasmo, junto com o lançamento de uma campanha no Kickstarter. A meta de US$ 2 milhões foi alcançada em tempo recorde, em menos de 8 horas, e a campanha terminou com mais de US$ 6 milhões arrecadados, tornando-se uma das mais bem-sucedidas da plataforma até então.

A produção ficou a cargo da Ys Net, estúdio fundado por Yu Suzuki, o criador da série. O projeto foi desenvolvido com recursos limitados em comparação aos jogos AAA modernos, o que impactou várias decisões criativas e técnicas. Ainda assim, o envolvimento direto de Suzuki garantiu fidelidade ao estilo clássico da série.

Gráficos: Um Pé no Passado, Outro no Presente

Visualmente, Shenmue III entrega uma experiência mista. A direção de arte é belíssima, com cenários inspirados na China rural muito bem recriados, trazendo vida e cor aos vilarejos de Bailu e Niaowu. A ambientação é um ponto forte, com iluminação naturalista e ambientes detalhados.

No entanto, os modelos de personagens e suas animações ficaram aquém do esperado para os padrões de 2019. As expressões faciais são rígidas e a movimentação um tanto artificial, o que gerou críticas até mesmo entre fãs mais tolerantes. O jogo opta por uma estética que beira o cartunesco em certos momentos, o que divide opiniões.

Som: Trilha e Dublagem Nostálgica

A trilha sonora mantém o espírito da série com composições tradicionais, muitas vezes calmas e melancólicas, que casam bem com o ritmo contemplativo do jogo. Sons ambientes também são bem trabalhados, contribuindo para a imersão.

A dublagem, disponível em inglês e japonês, é fiel ao tom original da série — o que é um elogio e uma crítica ao mesmo tempo. Muitos diálogos são entregues de forma robótica ou exagerada, algo que já era marca registrada dos dois primeiros jogos. Para os fãs, isso é charme; para novos jogadores, pode parecer falta de polimento.

Jogabilidade

Shenmue III segue praticamente o mesmo estilo dos jogos anteriores, com exploração em tempo real, interação com NPCs, minigames, e combates inspirados em artes marciais. Há um sistema de tempo e tarefas diárias que convida o jogador a absorver o mundo com calma.

O sistema de luta, embora refinado com relação aos títulos anteriores, ainda é básico comparado a jogos de ação modernos. Já o ritmo lento e repetitivo da progressão, que exige treinar, trabalhar e interagir com diversos personagens para desbloquear novas áreas, pode ser um teste de paciência para muitos.

Para os veteranos, isso tudo é parte do charme Shenmue. Para quem não viveu os anos 2000 jogando no Dreamcast, o jogo pode parecer travado no tempo.

Recepção: Amor dos Fãs, Ceticismo da Crítica

A recepção de Shenmue III foi polarizada. Os fãs da série celebraram o retorno da franquia com um jogo que, apesar de suas limitações, respeita profundamente a essência original. Para esses jogadores, Shenmue III é um presente, um capítulo fiel, nostálgico e sincero.

Por outro lado, a crítica especializada apontou os gráficos datados, os sistemas ultrapassados e o ritmo excessivamente lento como pontos negativos. Sites como IGN e GameSpot deram notas medianas, reconhecendo o valor histórico do projeto, mas criticando sua execução em um contexto moderno.

Veredito: Um Presente para os Fãs, um Desafio para os Novatos

Shenmue III não é um jogo para todos. Ele é uma carta de amor aos fãs de longa data, que queriam desesperadamente ver a continuação da história de Ryo Hazuki. É também uma prova de que a paixão de uma comunidade pode tornar o impossível em realidade.

Se você jogou e amou os dois primeiros títulos, Shenmue III é um capítulo imperdível. Para novos jogadores, no entanto, o jogo pode parecer antiquado, uma relíquia de outra era, que não tentou se modernizar, mas sim se manter fiel à sua identidade.

Hades (PlayStation 4) – A Jornada Estilosa e Viciante pelo Submundo

Lançado inicialmente em acesso antecipado no PC, Hades finalmente chegou ao PlayStation 4 em 2020, trazendo consigo uma experiência única que rapidamente conquistou fãs ao redor do mundo. Desenvolvido pela Supergiant Games, o título mistura ação rápida, narrativa envolvente e visuais estilizados, tudo isso dentro do universo mitológico grego.

Jogabilidade: Desafio e Recompensa na Medida Certa

A jogabilidade de Hades é um dos seus grandes trunfos. O game é um rogue-like de ação em que você controla Zagreus, filho de Hades, tentando fugir do submundo. Cada tentativa é única, com inimigos, itens e poderes diferentes, garantindo um gameplay variado e desafiador.

Os controles são precisos e fluidos, permitindo ataques rápidos, esquivas e uso estratégico dos poderes concedidos pelos deuses do Olimpo. A curva de aprendizado é bem equilibrada: o jogo é desafiador, mas justo, e a sensação de progresso — mesmo após a morte, incentiva o jogador a tentar novamente.

Gráficos e Estilo Visual: Uma Beleza Isométrica

Um dos aspectos que mais chama atenção em Hades é seu estilo gráfico. Utilizando uma câmera isométrica, o jogo cria uma perspectiva que destaca detalhes artísticos ricos e um design de personagens muito bem elaborado, quase como se estivéssemos diante de uma pintura viva.

O uso de cores vibrantes, efeitos de luz e sombras trazem vida ao submundo, que apesar de ser um cenário sombriamente mitológico, é apresentado de forma estilizada e moderna, o que diferencia o jogo dos demais títulos do gênero.

Som e Trilha Sonora: Imersão que Envolve

A trilha sonora de Hades é outro ponto alto, composta por Darren Korb, que já é conhecido pelo trabalho em outros jogos da Supergiant. As músicas acompanham o ritmo frenético da ação, alternando entre momentos tensos e cenas mais calmas e emotivas.

Além disso, a dublagem impecável, tanto em inglês quanto em outras línguas, dá vida aos personagens mitológicos, tornando a experiência narrativa ainda mais cativante.

Recepção na Época: Um Sucesso aclamado

Desde seu lançamento no PS4, Hades recebeu elogios tanto da crítica quanto dos jogadores. A combinação de uma narrativa rica, gameplay viciante e visual marcante conquistou diversos prêmios e um lugar especial no coração dos fãs de jogos indie e roguelikes.

O Diferencial: Gráficos e Câmera Isométrica

O uso da câmera isométrica em Hades não é apenas uma escolha estética, mas uma ferramenta que ajuda na clareza visual e na jogabilidade. Ela permite que o jogador tenha uma visão ampla e estratégica do campo de batalha, essencial para um jogo que exige agilidade e planejamento.

Além disso, os gráficos desenhados à mão e a animação fluida criam um universo visual que se destaca em meio a tantos jogos do gênero, dando a Hades uma identidade visual própria e memorável.

Veredito

Hades no PlayStation 4 é uma experiência imperdível para quem gosta de ação, desafios e uma boa história. Seu estilo visual único aliado a uma jogabilidade bem calibrada e uma trilha sonora envolvente o tornam um dos melhores jogos indie da geração passada. Seja para quem já é fã de rogue-like ou para quem quer começar no gênero, Hades é um convite irrecusável para explorar o submundo.

Dragon Ball FighterZ (PS4/Xbox /Switch ) – Um Kamehameha de qualidade!

Quando falamos em jogos baseados em Dragon Ball, a expectativa sempre é alta, principalmente por conta da base de fãs apaixonada e exigente. Em 2018, Dragon Ball FighterZ chegou ao PlayStation 4 e surpreendeu o público e a crítica, não só como um ótimo jogo da franquia, mas como um dos melhores jogos de luta daquela geração.

Lançamento e Produção

Desenvolvido pela Arc System Works (conhecida pela série Guilty Gear e BlazBlue) e publicado pela Bandai Namco, Dragon Ball FighterZ foi lançado em janeiro de 2018. A decisão de colocar a Arc System Works no comando foi certeira: o estúdio trouxe sua experiência com jogos de luta em 2D e aplicou com maestria ao universo de Akira Toriyama.

O visual, feito com a técnica cel-shading, dá a sensação de estar controlando um episódio do anime em tempo real, algo que nenhum outro jogo da série havia conseguido com tanto sucesso até então.

Jogabilidade

A jogabilidade de FighterZ é acessível, mas com profundidade para jogadores mais experientes. Os comandos são intuitivos e facilitam a entrada de novatos no gênero de luta, com combos automáticos e movimentação fluida. Ao mesmo tempo, há um sistema de 3 contra 3, onde é possível alternar entre os personagens durante a luta, realizar assistências e usar estratégias combinadas, um prato cheio para o competitivo.

Os controles são responsivos e os combates são intensos, cheios de explosões, poderes e transições cinematográficas que fazem jus ao anime. Cada personagem tem seu estilo único de luta e golpes icônicos recriados com fidelidade absurda.

Gráficos e Estilo Visual

Um dos maiores destaques de FighterZ é o seu visual. A arte em 2.5D com animações que imitam quadro a quadro o estilo do anime é simplesmente deslumbrante. Cada ataque especial, como o Kamehameha de Goku ou o Final Flash de Vegeta, é uma cena de espetáculo à parte. Os detalhes nas expressões dos personagens e nas explosões mostram o cuidado extremo com a estética original da obra.

Som e Trilha Sonora

A trilha sonora é energética e combina perfeitamente com o ritmo acelerado das batalhas. Além disso, o jogo oferece dublagem em japonês e inglês, com as vozes originais dos animes, algo que agradou bastante os fãs. Os efeitos sonoros dos ataques e transformações são fiéis e imersivos, fazendo o jogador sentir o peso de cada golpe.

Impacto e Recepção

Dragon Ball FighterZ foi um sucesso imediato. Recebeu críticas extremamente positivas, sendo elogiado por trazer uma abordagem mais técnica e competitiva aos jogos de Dragon Ball, sem perder o carisma e o apelo visual da franquia. Foi amplamente jogado em torneios de eSports como o EVO, algo inédito para a franquia até então.

O jogo também teve grande impacto na comunidade de jogos de luta, sendo elogiado até por jogadores veteranos de títulos como Street Fighter e Tekken.

Veredito:

Sem dúvida, Dragon Ball FighterZ ainda é um dos melhores jogos de luta da atualidade e uma das melhores experiências já criadas dentro do universo Dragon Ball. Com uma jogabilidade acessível, gráficos incríveis e fidelidade ao anime, o jogo é recomendado tanto para fãs de longa data quanto para jogadores casuais que buscam diversão de qualidade.

Cyberpunk 2077 (PS4) – Da Catástrofe ao Renascimento

 

O lançamento de Cyberpunk 2077, um dos jogos mais aguardados da década, foi marcado por uma avalanche de expectativas... e frustrações. Desenvolvido pela CD Projekt Red, o título prometia uma experiência imersiva em um mundo aberto futurista jamais visto. No entanto, no PlayStation 4, especialmente no modelo base, o jogo chegou ao mercado em dezembro de 2020 em um estado praticamente injogável, desencadeando uma das maiores polêmicas da indústria dos games recentes.

O Lançamento: O Pesadelo no PS4

Anunciado em 2012, Cyberpunk 2077 teve anos de hype e marketing intenso. Quando finalmente chegou, o que se viu no PS4 base foram gráficos desfigurados, texturas que demoravam a carregar, bugs grotescos, travamentos constantes e quedas severas de desempenho, frequentemente abaixo dos 20 FPS. A performance era tão problemática que a Sony removeu o jogo temporariamente da PS Store, algo extremamente raro.

Mesmo no PS4 Pro, onde o desempenho era levemente melhor, os problemas persistiam, com resoluções flutuantes, IA instável e longos tempos de carregamento. O tamanho do jogo também impressionava: aproximadamente 100 GB, exigindo bastante espaço no console e um tempo considerável de instalação.

Gráficos: Entre Ambição e Limitação

Visualmente, Cyberpunk 2077 é um espetáculo, mas isso só fica claro nos PCs ou consoles de nova geração. No PS4 base, os gráficos foram severamente reduzidos: sombras simplificadas, baixa densidade de NPCs, efeitos visuais ausentes e uma resolução instável, que por vezes parecia inferior ao HD.

Apesar disso, o design artístico da cidade de Night City ainda se destacava. Mesmo em versões limitadas, era possível notar o cuidado na ambientação, neon vibrante e arquitetura futurista.

Jogabilidade: O Brilho Que Resistiu

A jogabilidade de Cyberpunk 2077 mistura elementos de FPS com RPG, oferecendo múltiplos caminhos de história, sistemas de escolha e customização de personagem. Mesmo com os bugs, a essência do gameplay conseguiu cativar muitos jogadores.

As missões principais possuem momentos memoráveis, com personagens carismáticos (como Johnny Silverhand, interpretado por Keanu Reeves) e diálogos profundos. Ainda assim, muitos sistemas prometidos foram entregues de forma superficial no lançamento — como a IA policial ou a customização veicular.

Som: Trilha de Primeira

Um dos pontos mais elogiados desde o início foi o som. A trilha sonora de Cyberpunk 2077 é impecável, com faixas eletrônicas que combinam perfeitamente com o clima da distopia futurista. Os efeitos sonoros, dublagens (inclusive em português) e ambientação sonora ajudaram a manter parte da imersão, mesmo com os problemas técnicos.

Redenção: Atualizações, Correções e Reputação Restaurada

Apesar do desastre inicial, a CD Projekt Red não abandonou o jogo. Uma série de grandes atualizações ao longo dos anos, como os patches 1.5, 1.6 e principalmente o 2.0, corrigiram milhares de bugs, melhoraram a IA, refinaram o sistema policial, reformularam habilidades e até adicionaram novos conteúdos.

No PS4 base, mesmo com melhorias, a experiência nunca atingiu um nível ideal. Porém, no PS4 Pro, o jogo se tornou muito mais jogável após as correções, com melhor estabilidade e desempenho mais consistente. A expansão Phantom Liberty, no entanto, foi exclusiva para PCs e consoles da nova geração, o que deixou os jogadores de PS4 sem acesso ao conteúdo adicional mais robusto.

Veredito : Da Vergonha ao Valor

Cyberpunk 2077 para PS4 é um caso emblemático da indústria, um jogo com potencial gigantesco, sabotado por decisões apressadas e falta de transparência no lançamento. No entanto, sua jornada de reabilitação mostra que, com dedicação, é possível resgatar a confiança dos jogadores.

Hoje, embora longe de perfeito no PS4 base, o jogo é uma experiência muito mais estável e digna. Para quem tem um PS4 Pro e paciência com atualizações, vale a pena revisitar Night City, agora mais viva, funcional e intrigante do que nunca.


Doom Eternal no PlayStation 4 — 2020 - Um Banho de Sangue em Alta Velocidade

 


Lançado em março de 2020 pela id Software e publicado pela Bethesda, Doom Eternal chegou como a aguardada sequência do já aclamado Doom (2016). Disponível para várias plataformas, incluindo o PlayStation 4, o jogo elevou ainda mais os padrões do gênero FPS com sua ação frenética, brutalidade estilizada e uma ambientação infernal memorável.

Lançamento e Expectativa

Desde seu anúncio, Doom Eternal gerou grandes expectativas entre fãs da franquia. O hype foi alimentado por trailers viscerais, promessas de melhorias na jogabilidade e o retorno do icônico Doom Slayer em uma guerra ainda mais épica contra as forças do inferno, agora com a Terra como campo de batalha. O jogo foi adiado uma vez (de novembro de 2019 para março de 2020), o que só aumentou a ansiedade. Felizmente, o resultado valeu a espera.


Jogabilidade - Velocidade e Brutalidade em Perfeita Harmonia

A jogabilidade de Doom Eternal é um verdadeiro espetáculo de fluidez e agressividade. Esqueça se esconder atrás de coberturas: aqui, a palavra de ordem é movimento constante. O jogo recompensa o jogador que ataca de forma estratégica e impiedosa.


Os recursos foram ampliados em relação ao título anterior. Agora, o jogador conta com novas armas, como a Meat Hook (um gancho acoplado à escopeta que permite alcançar rapidamente inimigos), um lança-chamas montado no ombro, granadas e a tão desejada Espada Crucible nos momentos finais.


Os inimigos também são mais desafiadores e diversos, exigindo abordagens distintas para derrotá-los de forma eficiente. O jogo introduz um sistema de "glory kills" ainda mais visceral, além de melhorias nos combates corpo a corpo e nas execuções.

Gráficos - Um Inferno Belíssimo

No PlayStation 4, Doom Eternal surpreende pela qualidade gráfica. Mesmo rodando em hardware da geração passada, o jogo mantém uma taxa de quadros estável e ambientes ricos em detalhes.



Os cenários vão desde cidades devastadas na Terra até fortalezas demoníacas e instalações futuristas no espaço. A direção de arte merece destaque: tudo parece meticulosamente projetado para evocar o caos e a decadência de um mundo tomado por demônios.

As animações são suaves, os efeitos de partículas intensos e o design dos inimigos é grotesco e memorável. Em resumo: é um deleite visual, especialmente considerando os limites técnicos do PS4.

Trilha Sonora e Som - Metal e Massacre

A trilha sonora de Doom Eternal, composta por Mick Gordon, é uma aula de como música e gameplay podem se complementar. O metal pesado pulsante combina perfeitamente com a intensidade da ação, elevando cada tiroteio a níveis quase cinematográficos de adrenalina.

Os efeitos sonoros também são extremamente bem trabalhados, cada disparo, grunhido demoníaco ou impacto tem peso e presença. Jogar com fones de ouvido é uma experiência imersiva e brutal.

Recepção Crítica e do Público

Na época do lançamento, Doom Eternal foi amplamente elogiado por crítica e jogadores. Sites especializados como IGN e GameSpot destacaram sua jogabilidade refinada e o design de níveis complexo e satisfatório. No Metacritic, a versão de PS4 manteve uma média superior a 85, consolidando o jogo como um dos grandes títulos do ano.

Os fãs elogiaram principalmente a curva de aprendizado recompensadora, o ritmo frenético e a criatividade das fases. Alguns criticaram a dificuldade elevada e a complexidade de certas mecânicas para iniciantes, mas para a maioria, isso só aumentava o desafio.

Veredito

Doom Eternal para PS4 é uma obra-prima do gênero FPS. Ele mantém a essência visceral da franquia, enquanto adiciona camadas de profundidade e estratégia. Com visuais impressionantes, trilha sonora inesquecível e jogabilidade afiada, é uma experiência imperdível para quem gosta de ação intensa, desafios à altura e uma boa dose de carnificina infernal.