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Twisted Metal 3 (PlayStation 1)

Lançado em 1998 para o primeiro PlayStation, Twisted Metal 3 marcou uma nova fase na franquia de combate veicular da Sony. Desenvolvido pela 989 Studios, o jogo foi o primeiro da série a não ser produzido pela equipe original da SingleTrac, e isso resultou em uma mudança perceptível em diversos aspectos, tanto técnicos quanto de jogabilidade.

Gráficos

Para os padrões do PlayStation, Twisted Metal 3 apresenta visuais competentes, com cenários amplos e veículos bem modelados. O motor gráfico foi refeito, o que permitiu fases mais abertas e efeitos de iluminação mais marcantes, especialmente em explosões e projéteis. No entanto, muitos fãs notaram que o estilo visual ficou um pouco “frio” e menos sombrio que o dos dois primeiros títulos. Ainda assim, o jogo se destaca pela variedade de arenas, passando por cidades congeladas, desertos e até um castelo medieval, que trazem um bom senso de destruição e caos.

Som

A trilha sonora é, sem dúvida, um dos pontos mais memoráveis do jogo. Com faixas do Rob Zombie e de bandas de rock pesado, o clima insano e agressivo do torneio Twisted Metal é reforçado a todo momento. Os efeitos sonoros também são satisfatórios: motores rugindo, explosões potentes e gritos dos pilotos contribuem para a imersão. É um jogo que pede o volume alto, e entrega bem no quesito sonoro.

Jogabilidade

A jogabilidade de Twisted Metal 3 manteve a essência da série: escolher um veículo armado até os dentes e eliminar os oponentes em arenas destrutíveis. Cada carro possui um motorista com personalidade própria e armas especiais únicas. A física, entretanto, é um ponto controverso. Muitos jogadores acharam o controle dos veículos mais “solto” e menos preciso do que nas versões anteriores, tornando o combate por vezes caótico demais. Ainda assim, o modo multiplayer e o sistema de armas especiais garantem muita diversão, especialmente em partidas entre amigos.

Veredito

Twisted Metal 3 é um jogo que dividiu opiniões. Embora apresente melhorias técnicas e uma trilha sonora marcante, perdeu um pouco da atmosfera sombria e do refinamento de jogabilidade que tornaram os dois primeiros títulos clássicos. Mesmo assim, é uma experiência explosiva e caótica que representa bem a era de ouro do PlayStation.

International Superstar Soccer Deluxe (PS1)

Lançado para o PlayStation 1, International Superstar Soccer Deluxe chegou como uma versão aprimorada do clássico sucesso dos 16 bits. Conhecido por ser um dos jogos de futebol mais marcantes da era Super Nintendo e Mega Drive, o título da Konami ganhou uma nova roupagem para o console da Sony, trazendo melhorias visuais, sonoras e ajustes sutis na jogabilidade, ainda mantendo o espírito divertido e acessível que o consagrou.

Gráficos

A principal diferença em relação à versão de 16 bits está nos gráficos. No PS1, os jogadores, estádios e animações receberam um aumento significativo de detalhes. As texturas são mais nítidas, os uniformes têm cores mais vivas e há uma sensação de profundidade maior no campo. Apesar de ainda utilizar um estilo 2D, o jogo apresenta uma fluidez maior e movimentação mais suave, algo que aproveita bem o poder extra do console.

As animações continuam sendo um destaque: comemorações, carrinhos e movimentos de goleiros mantêm o charme da versão original, agora com uma dose extra de polimento. No entanto, é importante notar que o salto visual, embora perceptível, não é tão radical quanto em outros títulos da geração, a Konami optou por preservar o estilo clássico, o que agradou aos fãs mais nostálgicos.

Som

A parte sonora também recebeu um tratamento melhorado. As trilhas e efeitos de torcida estão mais nítidos, com um áudio mais limpo e vibrante. As vozes do narrador e dos juízes ganharam maior clareza, contribuindo para uma ambientação mais próxima de uma transmissão esportiva. Ainda assim, o jogo mantém a trilha e os efeitos característicos da série, com o mesmo estilo animado e marcante que acompanhou os jogadores nas versões anteriores.

Jogabilidade

A jogabilidade continua sendo o coração de International Superstar Soccer Deluxe. Fiel à fórmula consagrada, o jogo mantém o equilíbrio entre arcade e simulação, com controles precisos e respostas rápidas. Passes, chutes e dribles continuam intuitivos, mas a versão de PS1 adiciona maior fluidez nas transições e inteligência artificial aprimorada, tornando as partidas mais desafiadoras.


Os modos de jogo foram expandidos, oferecendo mais opções de torneios, amistosos e desafios, além de ajustes sutis na mecânica de marcação e posicionamento. Os goleiros, por exemplo, reagem melhor, e as partidas apresentam ritmo mais dinâmico.

Veredito 

A versão de International Superstar Soccer Deluxe para PlayStation 1 é uma evolução natural do clássico dos 16 bits. Mantém a essência divertida e acessível, mas com melhorias técnicas e refinamentos que aproveitam as capacidades do console. Não é uma revolução, mas sim uma homenagem aprimorada a um dos maiores ícones dos jogos de futebol.

Para os fãs da série, é uma experiência nostálgica e refinada; para novos jogadores, uma ótima oportunidade de conhecer um dos pilares que pavimentaram o caminho para os simuladores modernos de futebol. 

Syphon Filter – Uma Jornada de Ação e Espionagem no PS1

Lançado em 1999 para o PlayStation 1, Syphon Filter rapidamente se destacou como um dos títulos de ação e espionagem mais memoráveis da época. Combinando furtividade, combate intenso e uma narrativa envolvente, o jogo conquistou tanto jogadores quanto críticos.

Jogabilidade: ação estratégica e furtiva

Em Syphon Filter, o jogador assume o papel do agente Gabriel "Gabe" Logan, acompanhado por sua parceira Lian Xing, em uma missão para impedir uma arma biológica mortal. A jogabilidade mescla combate direto, furtividade e resolução de puzzles, oferecendo variedade e desafio.

O arsenal disponível é diversificado, indo de pistolas e rifles a gadgets como tasers que permitem ações estratégicas nos confrontos. A inteligência artificial dos inimigos também se destaca, reagindo de maneiras diferentes conforme a situação, tornando cada missão única e tensa.

Gráficos: atmosfera em meio às limitações técnicas

Para o PS1, os gráficos de Syphon Filter eram impressionantes. Embora as texturas fossem simples e os polígonos visíveis, o design de níveis, a ambientação e os efeitos de iluminação ajudavam a criar uma atmosfera envolvente, que contribuía para a sensação de espionagem e suspense.


Som: música e efeitos que aumentam a tensão

A trilha sonora do jogo é cuidadosamente criada para intensificar a experiência. Músicas tensas acompanham os momentos de ação, enquanto trechos mais silenciosos marcam infiltrações e exploração. Os efeitos sonoros, desde passos até tiros, são realistas e ajudam a manter o jogador imerso na missão.

Sucesso e recepção: um clássico do PS1

Na época de seu lançamento, Syphon Filter foi muito bem recebido pela crítica e pelos jogadores, sendo elogiado principalmente por sua jogabilidade inovadora e narrativa envolvente. O jogo vendeu centenas de milhares de cópias e estabeleceu a franquia como um marco entre os títulos de espionagem do PlayStation 1.

Apesar das comparações inevitáveis com outros jogos do gênero, Syphon Filter conseguiu se diferenciar por seu ritmo dinâmico, variedade de missões e abordagem única ao combate e à furtividade.

Veredito 

Syphon Filter é um clássico atemporal do PS1. Sua combinação de ação estratégica, furtividade e narrativa envolvente garantiu que ele permanecesse relevante até hoje. Para fãs de espionagem e jogos de ação, revisitar Syphon Filter é uma experiência que ainda consegue impressionar e entreter.

Samurai Shodown III (PlayStation)

Lançado para o PlayStation, Samurai Shodown III trouxe uma nova direção à clássica série de luta da SNK, apostando em um visual mais sombrio e em um combate mais veloz e brutal. Apesar de ser uma conversão do arcade, o jogo mantém grande parte de sua essência, oferecendo uma boa dose de ação com espadas e personagens marcantes.

Gráficos

Os visuais de Samurai Shodown III são um dos seus maiores destaques. A SNK reformulou os sprites dos lutadores, deixando-os maiores, mais detalhados e com uma paleta de cores mais escura, o que reforça o clima intenso do jogo. Os cenários apresentam boa variedade e contam com belos efeitos de luz e sombra, mesmo com algumas perdas visíveis em relação à versão original de arcade. No PlayStation, há pequenas quedas na taxa de quadros e tempos de carregamento perceptíveis, mas o resultado ainda é visualmente agradável.

Som

A trilha sonora mantém o estilo tradicional da série, misturando instrumentos japoneses e composições épicas que combinam bem com o tema dos duelos samurais. Os efeitos sonoros das espadas e os gritos de batalha dos personagens são intensos e ajudam a criar uma atmosfera envolvente. Embora a qualidade do áudio no PlayStation não seja idêntica à do arcade, o trabalho de som continua sólido e contribui muito para a imersão.

Jogabilidade

Em termos de jogabilidade, Samurai Shodown III aposta em um ritmo mais rápido e em combates mais violentos. A introdução dos estilos “Slash” e “Bust” adiciona profundidade ao sistema de luta, permitindo variações de movimentos e estratégias para cada personagem. O controle responde bem, embora a conversão para o console apresente uma leve perda de fluidez em comparação com a versão original. Ainda assim, o sistema de luta é técnico e recompensador, ideal para quem busca algo além dos tradicionais jogos de luta da época.

Conclusão

Samurai Shodown III no PlayStation é uma boa adaptação de um clássico de arcade, mantendo o espírito e a intensidade da série. Apesar de pequenas limitações técnicas, o jogo oferece combates envolventes, um visual marcante e uma trilha sonora de qualidade, sendo uma experiência recomendada para fãs de luta e admiradores da SNK.

Chrono Trigger (PS1) – Um clássico que atravessa o tempo


Quando se fala em RPGs que definiram uma geração, Chrono Trigger é sempre lembrado. Originalmente lançado para o SNES em 1995, o título ganhou uma versão para PlayStation 1, trazendo algumas novidades que, embora sutis, impactaram a experiência dos fãs.

Diferenças entre SNES e PS1

A versão de PS1 manteve a essência do clássico do SNES, mas trouxe uma adição significativa: cutscenes animadas. Essas cenas, produzidas pela equipe da Toshiyuki Kubooka, adicionaram uma camada cinematográfica ao jogo, tornando momentos-chave do enredo ainda mais memoráveis. Porém, é importante notar que algumas dessas cenas possuíam uma compressão de áudio que podia comprometer a clareza do som em certas passagens. Fora isso, a história, personagens e batalhas permanecem fiéis à versão original, mantendo o charme que conquistou milhões de jogadores.

Gráficos

Mesmo em um console de 32 bits, Chrono Trigger mantém seu estilo artístico inconfundível. O design dos personagens, criado pelo lendário Akira Toriyama (famoso por Dragon Ball), e os cenários detalhados se destacam, mostrando que o charme dos pixels do SNES não se perdeu. A adição das cutscenes em PS1 trouxe momentos com cores mais vivas e animações que reforçam a narrativa sem comprometer a estética original.

Som

A trilha sonora é outra joia que atravessa gerações. Composta por Yasunori Mitsuda, com algumas faixas de Nobuo Uematsu, a música em PS1 recebeu leve melhoria de qualidade devido ao CD, permitindo que os temas soassem mais ricos e detalhados. Desde batalhas épicas até momentos emocionantes da história, cada faixa é memorável e se encaixa perfeitamente na atmosfera do jogo.

Jogabilidade

Chrono Trigger sempre se destacou por sua jogabilidade refinada. O Active Time Battle (ATB), combinado com ataques em grupo e habilidades especiais, cria combates estratégicos e dinâmicos. A versão de PS1 manteve intactas todas essas mecânicas, garantindo que o gameplay clássico permanecesse envolvente. Além disso, a narrativa não-linear e múltiplos finais continuam sendo um ponto alto, incentivando o replay.

O “Super Time” por trás do jogo

Uma das maiores curiosidades é o time que desenvolveu Chrono Trigger, apelidado de “Dream Team” ou “Super Team”. Entre os envolvidos estão:

  • Hironobu Sakaguchi (criador de Final Fantasy) – produtor

  • Yuji Horii (criador de Dragon Quest) – designer de história

  • Akira Toriyama – design de personagens

  • Yasunori Mitsuda e Nobuo Uematsu – trilha sonora

Essa união de talentos de diferentes franquias consagradas do RPG japonês resultou em um título que até hoje é considerado referência em narrativa, combate e design de mundos.

Veredito 

Chrono Trigger para PS1 é mais do que uma simples porta do clássico do SNES; é uma oportunidade de revisitar um dos maiores RPGs de todos os tempos com algumas adições cinematográficas que enriquecem a experiência. Seus gráficos, trilha sonora impecável e jogabilidade atemporal fazem dele um título obrigatório para qualquer fã de RPG ou de videogames clássicos.

Embora a versão de PS1 não substitua a pureza do SNES, ela oferece um olhar renovado para um jogo que já era praticamente perfeito em sua forma original.

Apocalypse (PS1) – Um jogo de ação estrelando Bruce Willis

Se você cresceu nos anos 90, provavelmente se lembra da febre dos jogos de ação no PlayStation. Entre os títulos que buscavam trazer experiências cinematográficas, Apocalypse se destaca, não apenas pelo seu gameplay, mas também pela participação de Bruce Willis, que dá vida ao protagonista do jogo, adicionando um charme hollywoodiano à narrativa.

Enredo

O jogo nos coloca em um futuro distópico, onde a humanidade está à beira da extinção após uma série de catástrofes globais. Você assume o papel de Jack Mason (interpretado por Bruce Willis), um herói endurecido que precisa enfrentar gangues violentas e criaturas mutantes para restaurar a ordem. A história, embora típica de filmes de ação, se beneficia da presença de Willis, cujas falas e expressões faciais digitalizadas dão um toque cinematográfico que aproxima o jogador de uma verdadeira experiência de filme interativo.

Gráficos

Para a época, Apocalypse impressiona com suas cutscenes digitalizadas e cenários detalhados. Os ambientes urbanos destruídos, combinados com inimigos modelados com atenção, criam uma atmosfera pós-apocalíptica convincente. Apesar de algumas limitações técnicas do PS1, o jogo consegue transmitir tensão e ação, especialmente em sequências mais rápidas.


Som

O áudio é outro ponto forte, com efeitos sonoros que aumentam a sensação de urgência e perigo. O destaque vai para a voz de Bruce Willis, que traz autenticidade e imersão, fazendo com que as interações e diálogos do personagem principal se sintam naturais. A trilha sonora segue um estilo tenso e industrial, encaixando-se perfeitamente com a ambientação sombria do jogo.

Jogabilidade

Apocalypse combina elementos de ação em terceira pessoa com exploração e combate intenso. Os controles são relativamente responsivos, permitindo disparos, esquivas e interações ambientais. O desafio é equilibrado, com inimigos variados que exigem estratégia, tornando o gameplay interessante sem se tornar frustrante. Pequenas falhas de câmera e controle existem, mas não comprometem a diversão geral.

Veredito

Apocalypse é um título que se destaca principalmente por seu apelo cinematográfico e pela estrela de Hollywood que lidera o projeto. Bruce Willis não apenas empresta sua voz, mas também sua presença, tornando a narrativa mais envolvente. Com gráficos respeitáveis, som atmosférico e jogabilidade sólida, o jogo é uma experiência de ação imperdível para fãs do PS1 e para quem gosta de um toque de cinema nos videogames.

Salamander Deluxe Pack Plus (PS1)

Quando pensamos em clássicos dos arcades, Salamander e Life Force sempre aparecem como nomes de peso no gênero shoot ’em up. A Konami decidiu trazer essa experiência para o PlayStation em um pacote especial: o Salamander Deluxe Pack Plus, que reúne Salamander, Life Force e Salamander 2, adicionando melhorias gráficas, sonoras e extras que dão um charme a mais à coletânea.

Gráficos

Visualmente, a coletânea impressiona pelo cuidado com os cenários. Os fundos são ricos em detalhes, com ambientes que mesclam o biológico e o tecnológico, transmitindo bem a atmosfera peculiar da série. As animações dos inimigos, tiros e explosões rodam de maneira suave, mantendo a intensidade característica do gênero.


Um dos grandes atrativos são as cenas de abertura em CG, algo exclusivo dessa versão para PS1, que reforçam a sensação de estar diante de uma edição especial e dão um ar moderno em relação às versões originais de arcade.

Som

A trilha sonora foi retrabalhada com clareza e fidelidade, aproveitando o hardware do PlayStation. As músicas, já marcantes nos arcades, aqui ganham mais definição e arranjos limpos que acompanham bem a ação acelerada.

Os efeitos sonoros também chamam atenção: explosões, tiros e vozes digitalizadas trazem energia e intensidade às partidas. Para os fãs da música da série, há ainda um modo “sound test” que permite ouvir todas as faixas, inclusive demos e composições não utilizadas, um verdadeiro presente para os apreciadores de trilhas de jogos retrô.

Jogabilidade

A essência clássica da série foi preservada. O jogador enfrenta ondas de inimigos, coleta power-ups que imediatamente fortalecem a nave e encara chefes gigantescos em fases de rolagem horizontal e vertical. A jogabilidade continua sendo rápida, precisa e exigente, exigindo reflexos apurados e uma boa dose de memorização de padrões.

A dificuldade é alta, característica dos shoot ’em ups da época, mas isso faz parte do desafio e da diversão. A coletânea também garante boa rejogabilidade, já que traz três jogos completos, além de opções extras que incentivam voltar ao disco diversas vezes.

Conteúdo Extra

O Deluxe Pack Plus não é apenas uma simples reunião de jogos antigos. Ele agrega valor com:

  • Cenas em CG exclusivas para as aberturas.

  • Sound test completo, incluindo músicas bônus e faixas não utilizadas.

  • Variações das versões de Salamander e Life Force, além de Salamander 2, garantindo diversidade de estilos e fases.

Esses extras tornam a coletânea mais do que uma simples emulação: é uma verdadeira celebração da franquia.

Veredito

Salamander Deluxe Pack Plus para PlayStation é um pacote indispensável para fãs de shoot ’em ups e colecionadores de clássicos da Konami. Ele entrega uma experiência fiel aos originais, mas com melhorias gráficas, sonoras e conteúdos adicionais que valorizam ainda mais a coletânea.

Para quem viveu a era dos arcades, é uma chance de reviver a nostalgia com recursos modernos. Para novos jogadores, é uma porta de entrada para três dos maiores clássicos do gênero, todos em um só disco.

Klonoa (PlayStation) – Uma joia do platforming em 2.5D

Lançado para o PlayStation, Klonoa: Door to Phantomile rapidamente se destacou como um título encantador dentro do gênero de plataforma. Combinando uma estética única, trilha sonora cativante e jogabilidade intuitiva, o jogo consegue equilibrar desafio e diversão de maneira exemplar.

Gráficos

Um dos grandes destaques de Klonoa são seus gráficos. O jogo utiliza um estilo 2.5D, mesclando cenários tridimensionais com movimento lateral clássico de plataforma. Isso permite que o jogador explore ambientes ricos e detalhados, com efeitos visuais impressionantes para a época. Personagens e inimigos possuem design cartunesco e carismático, enquanto os cenários variam entre florestas encantadas, castelos místicos e mundos surreais que realmente reforçam a sensação de aventura.

Jogabilidade

A jogabilidade de Klonoa é fluida e divertida. O jogador controla Klonoa, que pode pular, planar com suas orelhas e capturar inimigos usando seu anel de vento para lançá-los como projéteis ou alcançar áreas distantes. Essa mecânica de capturar e arremessar inimigos é central para a resolução de puzzles e progressão nos níveis, adicionando uma camada estratégica ao simples ato de correr e pular. Além disso, o jogo apresenta fases bem construídas, com desafios graduais que mantêm o jogador engajado sem jamais se tornar frustrante.

Veredito

Klonoa é um exemplo de como um jogo pode ser visualmente encantador e, ao mesmo tempo, divertido de jogar. Seu design de mundo criativo, personagens cativantes e mecânicas únicas de plataforma fazem dele uma experiência memorável no catálogo do PlayStation. Um verdadeiro clássico que continua relevante para fãs de jogos de plataforma até hoje.

Castlevania: Symphony of the Night (PlayStation 1)

Lançado em 1997 para o PlayStation, Castlevania: Symphony of the Night é um daqueles jogos que marcaram época e se tornaram referência não apenas dentro da franquia, mas em todo o cenário dos games. Em um período em que o 3D começava a dominar as prateleiras, a Konami fez uma escolha ousada ao apostar em um título totalmente em 2D, mostrando que a profundidade e a qualidade de um jogo não dependem exclusivamente de gráficos tridimensionais.


Gráficos

Enquanto muitos estúdios migravam para o 3D, Symphony of the Night se manteve fiel ao estilo bidimensional, mas elevou o padrão do gênero a um novo patamar. O jogo apresenta sprites detalhados, cenários góticos ricamente construídos e animações fluidas que reforçam a atmosfera sombria e elegante do castelo de Drácula. Essa decisão não só preservou a identidade da série como também envelheceu muito bem: até hoje, os visuais impressionam pela riqueza artística e pela clareza, superando vários jogos 3D da época que não resistiram ao teste do tempo.

Som

Se os gráficos são memoráveis, a trilha sonora é simplesmente lendária. Com composições que mesclam rock, música clássica e tons sombrios, o jogo oferece uma experiência auditiva única. Cada área do castelo tem sua própria música, que não apenas ambienta, mas também gruda na memória. É difícil falar de Symphony of the Night sem destacar faixas que se tornaram atemporais, transformando o jogo em uma verdadeira obra-prima sonora. Além disso, os efeitos sonoros, como os ecos dos corredores e os golpes das armas, reforçam a imersão.

Jogabilidade

É na jogabilidade que o jogo realmente revolucionou. Symphony of the Night trouxe uma abordagem não-linear, permitindo ao jogador explorar o castelo de forma mais livre, desbloqueando áreas conforme adquiria novos poderes e habilidades. Essa fórmula deu origem (ou melhor, consolidou) ao estilo que hoje conhecemos como Metroidvania, combinando exploração, progressão de personagem e combate dinâmico. A variedade de armas, magias e itens, somada ao sistema de evolução por experiência, trouxe profundidade e replayability ao título.

Veredito

Castlevania: Symphony of the Night não é apenas um clássico do PlayStation 1, mas também um divisor de águas na história dos videogames. Com gráficos 2D que desafiaram a tendência da época, uma trilha sonora inesquecível e uma jogabilidade inovadora, ele se consagrou como um dos melhores jogos de todos os tempos. Mais do que envelhecer bem, o jogo se mantém como referência obrigatória quando falamos em qualidade e criatividade no mundo dos games.

Um verdadeiro marco que continua encantando veteranos e novos jogadores.

Resident Evil Director’s Cut – PlayStation

 


Quando a Capcom lançou Resident Evil em 1996 para o PlayStation, o título redefiniu o gênero do survival horror, trazendo tensão, atmosfera pesada e um enredo digno de filme de terror B. No entanto, pouco mais de um ano depois, em 1997, foi lançado o Resident Evil Director’s Cut, uma versão especial que buscava dar um novo fôlego ao jogo, incluindo novidades e melhorias em relação ao original.

Melhorias em relação ao original

O Director’s Cut trouxe três modos distintos de jogo: Original, Arranged e Beginner.

  • O Original mantém a experiência idêntica à de 1996, preservando o desafio clássico.

  • O Arranged Mode muda completamente a posição de itens, inimigos e até mesmo das armas, criando um fator surpresa até para quem já dominava o jogo. Além disso, alguns personagens receberam roupas alternativas.

  • Já o Beginner Mode foi pensado para jogadores que desejavam experimentar a história sem tanta frustração, reduzindo a dificuldade.

Essa variedade foi um grande atrativo, dando longevidade ao título e ampliando o público que poderia aproveitá-lo.


Gráficos

Visualmente, o Director’s Cut não trouxe grandes avanços gráficos em relação ao jogo original, já que se tratava essencialmente da mesma base. Ainda assim, a atmosfera continua impressionando: os cenários pré-renderizados transmitem uma sensação de isolamento e tensão constante, e os modelos dos personagens, embora limitados pelo hardware do PlayStation, cumprem bem seu papel.

Vale lembrar que, na época, o jogo já se destacava pela cinematografia e pelos ângulos de câmera fixos, que ajudavam a intensificar o suspense. Mesmo sem alterações técnicas significativas, a direção artística mantém o charme sombrio que marcou o primeiro título.

Som

No quesito sonoro, o jogo manteve os efeitos assustadores que já eram marca registrada: o som de passos ecoando nos corredores, portas rangendo e gemidos distantes de zumbis continuam eficazes em criar tensão. Porém, existe uma curiosidade: a trilha sonora da versão Dual Shock (também considerada uma edição do Director’s Cut) foi alvo de críticas, já que a música regravada por Mamoru Samuragochi foi considerada de qualidade inferior e menos atmosférica. Ainda assim, a versão original preserva o peso e a ambientação que ajudaram a consolidar o clima de terror.

Jogabilidade

A jogabilidade manteve o estilo “tanque”, característico da série inicial, que exige prática e paciência do jogador. Isso significa que movimentar-se exige precisão, mas ao mesmo tempo reforça a tensão, já que cada confronto parece mais arriscado.

A adição do modo Arranged muda bastante a experiência: não dá para confiar na memória para atravessar a mansão, e o jogo constantemente surpreende. Isso dá uma sobrevida significativa a quem já havia explorado cada canto do original.

Veredito

Resident Evil Director’s Cut é mais do que uma simples reedição: é uma forma de reviver um dos maiores clássicos do PlayStation sob diferentes perspectivas. Apesar de não trazer evoluções gráficas ou sonoras significativas, os novos modos de jogo acrescentam variedade e aumentam o fator replay.

Para quem jogou o original, ele oferece uma experiência renovada; para quem nunca tinha encarado o terror da Mansão Spencer, essa versão foi, durante anos, a melhor porta de entrada para o universo de Resident Evil.

Um clássico obrigatório para os fãs do survival horror e uma peça fundamental da história dos videogames.

Final Fantasy VII (PlayStation 1)

Lançado em 1997 para o PlayStation 1, Final Fantasy VII não é apenas mais um título da icônica franquia da Square (hoje Square Enix), é um marco na história dos videogames. Considerado por muitos como um dos melhores jogos já lançados, o sétimo capítulo trouxe inovações que redefiniram o gênero RPG e ajudaram a consolidar o sucesso do PlayStation no mercado mundial.

Gráficos

FFVII foi o primeiro jogo da série a utilizar gráficos 3D, trazendo cenários pré-renderizados combinados com personagens poligonais. Para a época, isso representava um salto gigantesco em comparação aos jogos anteriores, que ainda seguiam o estilo 2D. As cutscenes em CGI impressionaram jogadores e críticos, com momentos icônicos que ficaram gravados na memória, como a introdução em Midgar ou a famosa cena da floricultura de Aerith. Apesar de hoje parecerem datados, os gráficos marcaram um divisor de águas, mostrando até onde a tecnologia poderia levar os RPGs.

Som

A trilha sonora composta por Nobuo Uematsu é um espetáculo à parte. Cada faixa traduz perfeitamente o clima do jogo, indo de músicas melancólicas a temas épicos de batalha. Quem jogou certamente se lembra de faixas inesquecíveis como o tema de Aerith, a One-Winged Angel de Sephiroth ou o tema de abertura em Midgar. Mesmo com as limitações do hardware do PS1, a sonoridade de FFVII criou uma atmosfera única e permanece até hoje como uma das trilhas mais celebradas da história dos games.

Jogabilidade

No quesito jogabilidade, Final Fantasy VII trouxe o sistema ATB (Active Time Battle) já conhecido, mas com adições que ampliaram a profundidade estratégica, como o sistema de Materias, que permitia customizar magias, habilidades e invocações. A exploração por um vasto mapa-múndi, minigames variados (como o Gold Saucer) e momentos de ação diversificados mostravam a riqueza do design. Além disso, a narrativa cinematográfica e os personagens carismáticos elevaram a experiência a um novo patamar, envolvendo o jogador em uma trama de conspirações, amizades e sacrifícios.

Veredito

Final Fantasy VII não foi apenas mais um RPG de sucesso: foi um divisor de águas para a franquia e para toda a indústria. Seus gráficos em 3D, a trilha sonora memorável e a jogabilidade envolvente o transformaram em um clássico atemporal. Até hoje, continua sendo revisitado em remakes, spin-offs e coleções, provando que sua importância transcende gerações.

Um jogo que marcou época e que permanece como um dos maiores RPGs já lançados.