Batman (NES) – Um Herói em 8 bits

Ah, o NES… um console que deu vida a inúmeros clássicos que até hoje guardamos na memória. Entre eles, encontramos Batman, lançado pela Sunsoft em 1989, que trouxe o Homem-Morcego para o mundo dos 8 bits com uma proposta ousada para a época. Mas será que o jogo consegue capturar a essência do Cavaleiro das Trevas? Vamos analisar.

Gráficos

Para um jogo de NES, Batman impressiona. A Sunsoft conseguiu criar sprites detalhados e animados para o personagem principal e seus inimigos, algo raro para o hardware limitado. A atmosfera sombria de Gotham é transmitida através de cenários urbanos sombreados e prédios que parecem prontos para uma aventura noturna. O destaque vai para os fundos variados e o design de inimigos, que, embora pixelados, são reconhecíveis e mantêm a fidelidade ao universo do Batman.

Som

O áudio é um dos pontos fortes do jogo. Batman apresenta uma trilha sonora marcante que, mesmo com os limites do NES, consegue criar tensão e ritmo para cada fase. Os efeitos sonoros são precisos: os pulos, ataques e explosões soam satisfatórios, contribuindo para a imersão. Não é apenas música de fundo; o som ajuda a sentir a ação e a gravidade das batalhas.

Jogabilidade

Aqui o jogo brilha e tropeça ao mesmo tempo. O controle de Batman é responsivo, e o jogador pode realizar ataques com seus punhos e arremessar o batarangue. Algumas fases incluem elementos de plataforma mais desafiadores, exigindo precisão nos pulos e esquiva de obstáculos. A dificuldade é elevada, característica comum nos jogos da época, mas justa: cada morte serve como aprendizado para dominar os padrões de inimigos e obstáculos. O design das fases mistura ação direta com momentos de exploração, mantendo o jogador atento e imerso no mundo de Gotham.

Veredito 

Batman é um exemplo de como extrair muito de pouco. Apesar das limitações do hardware, o jogo entrega uma experiência completa, com gráficos detalhados, som envolvente e jogabilidade desafiadora. Para fãs do Cavaleiro das Trevas ou apenas amantes de jogos retrô, é um título que merece ser revisitado, ou descoberto, para quem nunca teve a chance de jogá-lo.

Zelda: Ocarina of Time – Uma aventura que mudou o mundo dos games

Quando se fala em jogos que definem gerações, The Legend of Zelda: Ocarina of Time imediatamente vem à mente. Lançado em 1998 para o Nintendo 64, o jogo trouxe uma revolução técnica e narrativa que até hoje é referência para qualquer aventura em 3D.

Gráficos

Para a época, Ocarina of Time impressionava pelo uso do 3D em um mundo aberto. A Hyrule de N64 nunca parecia tão viva: florestas detalhadas, castelos imponentes e vilarejos cheios de vida. Embora hoje os modelos de personagens pareçam simples, a direção de arte e a atenção aos detalhes criavam uma imersão única. Cada dungeon possuía identidade própria, com cores, texturas e arquitetura que ajudavam a contar a história sem depender de diálogos extensos.

Som

A trilha sonora de Koji Kondo é simplesmente icônica. De temas alegres e leves, como o de Kakariko Village, até músicas épicas como a de Gerudo Valley, cada melodia é cuidadosamente pensada para complementar a ação e o ambiente. Os efeitos sonoros também merecem destaque: o som da espada, do arco ou até da própria Ocarina de Link ajudam a construir uma experiência sensorial completa. O jogo transformou música em gameplay, permitindo que tocar certas canções na Ocarina desbloqueasse segredos e avançasse a história.


Jogabilidade 

Ocarina of Time definiu o padrão de jogos de aventura em 3D. A introdução do sistema de Z-targeting facilitava os combates em ambientes tridimensionais, algo revolucionário na época. Além disso, o equilíbrio entre exploração, puzzles e combate mantém o jogador engajado do início ao fim. Cada dungeon é única, exigindo raciocínio, atenção e criatividade. A evolução de Link, do jovem inocente ao herói maduro, também é refletida na jogabilidade, trazendo novas habilidades e armas que transformam a experiência conforme avançamos.

Veredito 

Mais de duas décadas depois, Ocarina of Time ainda é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos. Seus gráficos, embora datados, continuam charmosos; o som permanece inesquecível; e a jogabilidade, revolucionária em 1998, estabeleceu um padrão que influenciaria toda uma geração de aventuras 3D. Se você ainda não teve a chance de explorar Hyrule, este é um título obrigatório, uma verdadeira obra-prima que marcou a história dos videogames.

Transformers: War for Cybertron – (Playstation 3)

Se você sempre sonhou em viver dentro do universo Transformers, War for Cybertron chega para transformar seu PS3 em um campo de batalha intergaláctico. Prepare-se para explosões, metal retorcido e robôs que viram carros com apenas um botão.

O Enredo: Uma Guerra Sem Fim

Antes de chegarem à Terra, Autobots e Decepticons travavam uma batalha brutal pelo planeta Cybertron. O jogo divide sua história em duas campanhas, oferecendo a perspectiva dos heróis (Optimus Prime e companhia) e dos vilões (Megatron e seu exército).

É uma narrativa simples, mas eficiente: diálogos curtos, clima de guerra constante e aquela sensação clássica de “cada escolha conta”. Se você é fã dos desenhos animados, vai se sentir em casa, e se não é, vai se encantar com a história que consegue ser épica sem enrolação.

Jogabilidade: Ação Sem Pausa

Este não é um jogo para quem gosta de andar devagar. É um shooter em terceira pessoa com combate corpo a corpo e batalhas de veículos. Cada Transformer tem habilidades próprias e, claro, aquela transformação estratégica que muda totalmente a dinâmica de combate.

O multiplayer brilha com modos competitivos e cooperativos, embora seja uma pena que não haja coop local. Mas convenhamos, enfrentar ondas de Decepticons com um amigo online é pura adrenalina retrô moderna.

Gráficos: Metal, Explosões e Estilo

Mesmo com alguns problemas de texturas e quedas de frame, o visual é impressionante. A Unreal Engine 3 mostra seu poder, com designs fiéis aos personagens clássicos, ambientes detalhados e aquele clima de quadrinho que todo fã ama.

Dá para sentir cada impacto, cada explosão, cada transformação. É quase como ter um episódio do desenho na sua TV, só que você controla o caos.

Som: Vozes que Marcam Época

Peter Cullen de volta como Optimus Prime? Sim, senhor! As vozes originais dão um charme todo especial, enquanto os efeitos sonoros de metal, lasers e explosões mantêm você no ritmo frenético do jogo.

A trilha sonora eletrônica ajuda a criar a atmosfera futurista de Cybertron. É aquela combinação perfeita de ação e nostalgia sonora que só um jogo de Transformers poderia oferecer.

Veredito

Se você quer sentir o poder dos Transformers nas mãos, War for Cybertron entrega tudo: ação intensa, enredo envolvente e aquele charme retrô que faz qualquer fã sorrir.

Não é perfeito, alguns problemas técnicos existem, mas se você sonhou com jogos de ação cheios de robôs gigantes, este é o jogo que você estava esperando.

Super Mario Strikers (GameCube)

Lançado em 2005 para o GameCube, Super Mario Strikers trouxe toda a energia caótica do universo Mario para os campos de futebol. Mas ao invés de um jogo de futebol tradicional, o título aposta em uma experiência arcade repleta de ação, violência exagerada e power-ups que quebram qualquer tática convencional.

Gráficos

Para o GameCube, Super Mario Strikers entrega visuais impressionantes. Os personagens do universo Mario aparecem com um estilo mais agressivo e robusto, com designs que refletem bem o espírito competitivo do jogo. Os campos de futebol não são apenas cenários simples; cada arena tem elementos interativos e efeitos visuais que ajudam a criar partidas dinâmicas e visualmente empolgantes. As animações dos jogadores, especialmente durante os tackles e os chutes especiais, são fluidas e expressivas, transmitindo energia e emoção em cada jogada.

Som

O som do jogo segue o mesmo ritmo frenético da ação em campo. A trilha sonora é animada, com composições que lembram tanto temas clássicos de Mario quanto músicas de esportes arcade, mantendo a adrenalina do jogador sempre em alta. Os efeitos sonoros são impactantes: chutes, colisões e power-ups têm sons característicos que dão peso à ação e tornam cada partida mais satisfatória. Além disso, os comentários e gritos exagerados dos jogadores adicionam um toque cômico e divertido à experiência.

Jogabilidade

Aqui é onde Super Mario Strikers realmente brilha. O jogo oferece partidas de futebol de cinco contra cinco, mas com regras e mecânicas próprias do universo Mario:

  • Tackles violentos e disputas de bola físicas tornam o jogo imprevisível e estratégico.

  • Power-ups e itens especiais, como lançadores de fogo ou bolas explosivas, adicionam caos e diversão.

  • Chutes especiais são visualmente impressionantes e decisivos nas partidas, exigindo timing preciso e um pouco de sorte.


Apesar de simplificado em comparação com simuladores de futebol tradicionais, o jogo consegue capturar a essência competitiva e divertida do gênero arcade, garantindo partidas rápidas e intensas tanto no modo single-player quanto multiplayer.

Veredito

Super Mario Strikers não é apenas mais um jogo de Mario, mas uma experiência única que mistura futebol com ação arcade exagerada. Seus gráficos vibrantes, trilha sonora empolgante e jogabilidade caótica fazem dele um título obrigatório para fãs de esportes e do universo Mario que procuram diversão rápida e imprevisível. Para quem gosta de partidas multiplayer frenéticas, este é, sem dúvida, um dos melhores títulos do GameCube.

Klonoa (PlayStation) – Uma joia do platforming em 2.5D

Lançado para o PlayStation, Klonoa: Door to Phantomile rapidamente se destacou como um título encantador dentro do gênero de plataforma. Combinando uma estética única, trilha sonora cativante e jogabilidade intuitiva, o jogo consegue equilibrar desafio e diversão de maneira exemplar.

Gráficos

Um dos grandes destaques de Klonoa são seus gráficos. O jogo utiliza um estilo 2.5D, mesclando cenários tridimensionais com movimento lateral clássico de plataforma. Isso permite que o jogador explore ambientes ricos e detalhados, com efeitos visuais impressionantes para a época. Personagens e inimigos possuem design cartunesco e carismático, enquanto os cenários variam entre florestas encantadas, castelos místicos e mundos surreais que realmente reforçam a sensação de aventura.

Jogabilidade

A jogabilidade de Klonoa é fluida e divertida. O jogador controla Klonoa, que pode pular, planar com suas orelhas e capturar inimigos usando seu anel de vento para lançá-los como projéteis ou alcançar áreas distantes. Essa mecânica de capturar e arremessar inimigos é central para a resolução de puzzles e progressão nos níveis, adicionando uma camada estratégica ao simples ato de correr e pular. Além disso, o jogo apresenta fases bem construídas, com desafios graduais que mantêm o jogador engajado sem jamais se tornar frustrante.

Veredito

Klonoa é um exemplo de como um jogo pode ser visualmente encantador e, ao mesmo tempo, divertido de jogar. Seu design de mundo criativo, personagens cativantes e mecânicas únicas de plataforma fazem dele uma experiência memorável no catálogo do PlayStation. Um verdadeiro clássico que continua relevante para fãs de jogos de plataforma até hoje.

Mortal Kombat (Mega Drive)

 


Quando se fala em jogos de luta nos anos 90, Mortal Kombat é praticamente obrigatório. Lançado para o Mega Drive, este jogo não só conquistou fãs com sua jogabilidade intensa, mas também causou polêmica devido à sua violência explícita. Vamos analisar os principais aspectos do jogo: gráficos, som, jogabilidade e, claro, a famosa violência liberada via código.


Gráficos: Realismo em 16 bits

Para a época, Mortal Kombat impressionava. Os personagens foram digitalizados a partir de atores reais, o que conferia um visual único e mais realista em comparação aos sprites tradicionais dos jogos de luta. O Mega Drive, apesar de suas limitações técnicas, conseguiu transmitir a sensação de impacto dos golpes, embora algumas animações fossem mais “travadas” que nas versões de arcade. O destaque vai para os detalhes nos cenários e a fidelidade nos movimentos dos personagens, que faziam cada luta parecer uma mini-coreografia violenta.

Som: Impacto e adrenalina

O som de Mortal Kombat no Mega Drive também merece elogios. Os efeitos de socos, chutes e, principalmente, dos Fatalities, transmitiam a brutalidade do combate. A trilha sonora, inspirada na versão arcade, aumentava a tensão a cada round, mesmo que alguns temas fossem simplificados devido à limitação do hardware.

Jogabilidade: Simples, mas desafiadora

A jogabilidade segue o clássico estilo “um contra um” dos jogos de luta. Com um conjunto limitado de botões, o jogo consegue equilibrar acessibilidade e profundidade: iniciantes conseguem executar golpes básicos, enquanto jogadores mais experientes podem dominar combos e movimentos especiais. Cada personagem tem seu estilo único, o que incentiva experimentar diferentes lutadores.

Violência liberada: O famoso código de sangue

Um dos elementos mais marcantes do Mortal Kombat de Mega Drive é a possibilidade de ativar sangue e fatalities através do código secreto (que se tornou icônico entre os fãs). Sem ele, os golpes finais aparecem como “puf!” ou em sangue reduzido; com ele, os Fatalities ficam exatamente como no arcade, reforçando a fama do jogo como um dos mais violentos da época. Esse detalhe, além de polêmico, foi um fator importante para o sucesso e notoriedade do título.

Veredito

Mortal Kombat para Mega Drive não é apenas mais um jogo de luta; ele é um marco histórico. Com gráficos digitalizados, som impactante, jogabilidade equilibrada e aquela pitada de violência que virou assinatura da série, o jogo conquistou fãs e entrou para a história dos videogames. Se você procura nostalgia ou apenas quer experimentar o que gerou tanto alvoroço nos anos 90, esta versão é indispensável.

Castlevania: Symphony of the Night (PlayStation 1)

Lançado em 1997 para o PlayStation, Castlevania: Symphony of the Night é um daqueles jogos que marcaram época e se tornaram referência não apenas dentro da franquia, mas em todo o cenário dos games. Em um período em que o 3D começava a dominar as prateleiras, a Konami fez uma escolha ousada ao apostar em um título totalmente em 2D, mostrando que a profundidade e a qualidade de um jogo não dependem exclusivamente de gráficos tridimensionais.


Gráficos

Enquanto muitos estúdios migravam para o 3D, Symphony of the Night se manteve fiel ao estilo bidimensional, mas elevou o padrão do gênero a um novo patamar. O jogo apresenta sprites detalhados, cenários góticos ricamente construídos e animações fluidas que reforçam a atmosfera sombria e elegante do castelo de Drácula. Essa decisão não só preservou a identidade da série como também envelheceu muito bem: até hoje, os visuais impressionam pela riqueza artística e pela clareza, superando vários jogos 3D da época que não resistiram ao teste do tempo.

Som

Se os gráficos são memoráveis, a trilha sonora é simplesmente lendária. Com composições que mesclam rock, música clássica e tons sombrios, o jogo oferece uma experiência auditiva única. Cada área do castelo tem sua própria música, que não apenas ambienta, mas também gruda na memória. É difícil falar de Symphony of the Night sem destacar faixas que se tornaram atemporais, transformando o jogo em uma verdadeira obra-prima sonora. Além disso, os efeitos sonoros, como os ecos dos corredores e os golpes das armas, reforçam a imersão.

Jogabilidade

É na jogabilidade que o jogo realmente revolucionou. Symphony of the Night trouxe uma abordagem não-linear, permitindo ao jogador explorar o castelo de forma mais livre, desbloqueando áreas conforme adquiria novos poderes e habilidades. Essa fórmula deu origem (ou melhor, consolidou) ao estilo que hoje conhecemos como Metroidvania, combinando exploração, progressão de personagem e combate dinâmico. A variedade de armas, magias e itens, somada ao sistema de evolução por experiência, trouxe profundidade e replayability ao título.

Veredito

Castlevania: Symphony of the Night não é apenas um clássico do PlayStation 1, mas também um divisor de águas na história dos videogames. Com gráficos 2D que desafiaram a tendência da época, uma trilha sonora inesquecível e uma jogabilidade inovadora, ele se consagrou como um dos melhores jogos de todos os tempos. Mais do que envelhecer bem, o jogo se mantém como referência obrigatória quando falamos em qualidade e criatividade no mundo dos games.

Um verdadeiro marco que continua encantando veteranos e novos jogadores.

NiGHTS into Dreams… (Sega Saturn)

Quando pensamos no Sega Saturn, um dos primeiros títulos que vem à mente é NiGHTS into Dreams…. Lançado em 1996 pela Sonic Team, o jogo se destacou por oferecer uma experiência que ia muito além dos padrões da época, fugindo das plataformas tradicionais e mergulhando o jogador em um universo surreal de sonhos, cores vibrantes e liberdade de movimento.

Gráficos

Para a época, NiGHTS into Dreams… impressionava pelo visual colorido e cheio de vida. Cada fase representava um mundo onírico, com cenários que variavam de montanhas nevadas a jardins floridos, sempre com uma estética que remetia ao abstrato e ao surreal. O uso de efeitos de luz e transparências dava um charme especial, reforçando a sensação de estar em um sonho.

Apesar das limitações técnicas do Saturn, a direção de arte compensava qualquer detalhe mais simples. Era um jogo bonito de ver em movimento, com animações fluidas e um design que realmente transmitia a magia da proposta.

Som

A trilha sonora é um dos pontos mais marcantes de NiGHTS into Dreams…. As músicas variam entre melodias suaves e canções mais intensas, sempre acompanhando o clima de cada fase. O jogo transmite emoções diferentes através de sua sonoridade, seja com temas alegres e vibrantes ou momentos mais tensos e misteriosos.

Os efeitos sonoros complementam bem a atmosfera, com sons de vento, impactos e interações que ajudam na imersão. Tudo contribui para reforçar a ideia de que estamos explorando um mundo de sonhos.

Jogabilidade

Aqui está a grande inovação do jogo. Ao invés de simplesmente correr e pular como em muitos títulos da época, em NiGHTS into Dreams… o jogador experimenta a sensação de voar. A movimentação é fluida, permitindo realizar curvas, loopings e acrobacias em plena liberdade. Isso proporcionava algo totalmente diferente do que estávamos acostumados nos anos 90.

Outro detalhe marcante é o sistema de pontuação e ranking. Não bastava apenas completar os níveis, era preciso buscar a melhor performance, encadeando movimentos e explorando os cenários com precisão. Esse incentivo à rejogabilidade fazia com que o jogador quisesse repetir fases diversas vezes, sempre tentando superar a própria marca.

O suporte ao controle analógico, lançado junto com o jogo, foi um grande diferencial. Ele tornava os 

movimentos ainda mais suaves, reforçando a sensação de estar realmente voando.

Veredito

NiGHTS into Dreams… não é apenas um dos grandes títulos do Sega Saturn, mas também uma das experiências mais originais dos anos 90. Sua proposta de explorar os sonhos com liberdade, aliado a gráficos coloridos, trilha sonora marcante e jogabilidade inovadora, o transformaram em um clássico atemporal.

Mesmo hoje, continua sendo um jogo único, difícil de se comparar a qualquer outro. É uma verdadeira obra de arte da Sonic Team, que marcou a história dos videogames e permanece como um dos símbolos do Saturn. 

Gran Turismo 3 A-Spec (PlayStation 2)

Lançado em 2001 para o PlayStation 2, Gran Turismo 3 A-Spec marcou um salto gigantesco não apenas para a franquia, mas também para o gênero de simulação automobilística nos consoles. Desenvolvido pela Polyphony Digital, o jogo foi um dos títulos que mostraram o poder do hardware do PS2 logo em seus primeiros anos, elevando o padrão gráfico e sonoro dos games de corrida da época.

Gráficos

Se no PS1 os jogos da série já eram referência em realismo, no Gran Turismo 3 A-Spec essa característica alcançou outro patamar. Graças à potência do PS2, os modelos dos carros apresentavam curvas suaves, reflexos realistas e um detalhamento inédito até então. O jogo trouxe mais de 150 veículos licenciados de marcas famosas como Ferrari, Honda, Toyota e Nissan, todos recriados com fidelidade impressionante para a época.

As pistas também receberam um cuidado especial, com cenários muito mais vivos e texturas que transmitiam melhor a sensação de velocidade. O clima de “simulação” foi reforçado pela qualidade visual, tornando o jogo um verdadeiro espetáculo gráfico no início da era 128 bits.

Som

O design sonoro também acompanhou a evolução. Cada carro contava com sons de motor distintos, reproduzidos com uma fidelidade que impressionava os fãs de automobilismo. A trilha sonora licenciada, que misturava rock, eletrônico e músicas marcantes, dava um clima empolgante às corridas. Além disso, o som dos pneus cantando no asfalto, freadas bruscas e colisões transmitiam ainda mais a sensação de realismo que a série sempre buscou.

Jogabilidade

A jogabilidade manteve o DNA da série: um foco absoluto em simulação. Ao contrário de outros jogos de corrida mais arcade, Gran Turismo 3 exigia atenção aos detalhes, como curvas, aceleração e ajustes de carro. Isso proporcionava uma experiência mais técnica e recompensadora, especialmente para quem buscava uma simulação próxima do real.

Outro ponto de destaque foi a inclusão de carros de competição, como protótipos de Le Mans e veículos de corrida profissionais, que adicionavam variedade e desafiavam ainda mais o jogador. A progressão também era bem estruturada: iniciar com carros simples, conquistar licenças e, aos poucos, avançar para máquinas mais potentes se tornou parte da diversão e do vício do jogo.

Veredito

Gran Turismo 3 A-Spec não foi apenas um jogo de corrida, mas sim uma vitrine tecnológica do PlayStation 2. Seus gráficos refinados, som realista e jogabilidade focada na simulação consolidaram a franquia como referência absoluta no gênero. O título marcou uma geração de jogadores e até hoje é lembrado como um dos melhores simuladores de corrida já lançados em consoles.

Resident Evil Director’s Cut – PlayStation

 


Quando a Capcom lançou Resident Evil em 1996 para o PlayStation, o título redefiniu o gênero do survival horror, trazendo tensão, atmosfera pesada e um enredo digno de filme de terror B. No entanto, pouco mais de um ano depois, em 1997, foi lançado o Resident Evil Director’s Cut, uma versão especial que buscava dar um novo fôlego ao jogo, incluindo novidades e melhorias em relação ao original.

Melhorias em relação ao original

O Director’s Cut trouxe três modos distintos de jogo: Original, Arranged e Beginner.

  • O Original mantém a experiência idêntica à de 1996, preservando o desafio clássico.

  • O Arranged Mode muda completamente a posição de itens, inimigos e até mesmo das armas, criando um fator surpresa até para quem já dominava o jogo. Além disso, alguns personagens receberam roupas alternativas.

  • Já o Beginner Mode foi pensado para jogadores que desejavam experimentar a história sem tanta frustração, reduzindo a dificuldade.

Essa variedade foi um grande atrativo, dando longevidade ao título e ampliando o público que poderia aproveitá-lo.


Gráficos

Visualmente, o Director’s Cut não trouxe grandes avanços gráficos em relação ao jogo original, já que se tratava essencialmente da mesma base. Ainda assim, a atmosfera continua impressionando: os cenários pré-renderizados transmitem uma sensação de isolamento e tensão constante, e os modelos dos personagens, embora limitados pelo hardware do PlayStation, cumprem bem seu papel.

Vale lembrar que, na época, o jogo já se destacava pela cinematografia e pelos ângulos de câmera fixos, que ajudavam a intensificar o suspense. Mesmo sem alterações técnicas significativas, a direção artística mantém o charme sombrio que marcou o primeiro título.

Som

No quesito sonoro, o jogo manteve os efeitos assustadores que já eram marca registrada: o som de passos ecoando nos corredores, portas rangendo e gemidos distantes de zumbis continuam eficazes em criar tensão. Porém, existe uma curiosidade: a trilha sonora da versão Dual Shock (também considerada uma edição do Director’s Cut) foi alvo de críticas, já que a música regravada por Mamoru Samuragochi foi considerada de qualidade inferior e menos atmosférica. Ainda assim, a versão original preserva o peso e a ambientação que ajudaram a consolidar o clima de terror.

Jogabilidade

A jogabilidade manteve o estilo “tanque”, característico da série inicial, que exige prática e paciência do jogador. Isso significa que movimentar-se exige precisão, mas ao mesmo tempo reforça a tensão, já que cada confronto parece mais arriscado.

A adição do modo Arranged muda bastante a experiência: não dá para confiar na memória para atravessar a mansão, e o jogo constantemente surpreende. Isso dá uma sobrevida significativa a quem já havia explorado cada canto do original.

Veredito

Resident Evil Director’s Cut é mais do que uma simples reedição: é uma forma de reviver um dos maiores clássicos do PlayStation sob diferentes perspectivas. Apesar de não trazer evoluções gráficas ou sonoras significativas, os novos modos de jogo acrescentam variedade e aumentam o fator replay.

Para quem jogou o original, ele oferece uma experiência renovada; para quem nunca tinha encarado o terror da Mansão Spencer, essa versão foi, durante anos, a melhor porta de entrada para o universo de Resident Evil.

Um clássico obrigatório para os fãs do survival horror e uma peça fundamental da história dos videogames.