Bust-A-Move (Sega Saturn)

Lançado para o Sega Saturn em meados dos anos 90, Bust-A-Move (também conhecido como Puzzle Bobble) é um daqueles jogos simples de entender, mas extremamente viciantes na prática. Desenvolvido pela Taito, o título levou a popular fórmula dos arcades para o console da Sega, mantendo sua essência divertida e desafiadora.

Gráficos

Os gráficos de Bust-A-Move no Saturn são coloridos, nítidos e cheios de personalidade. O jogo mantém o estilo visual carismático de Bubble Bobble, com os icônicos dragõezinhos Bub e Bob servindo como protagonistas. As bolhas têm brilho e cores bem definidas, e o fundo das fases, embora simples, é agradável e ajuda a manter o foco no tabuleiro.
O Saturn consegue reproduzir os visuais do arcade de forma fiel, sem quedas de desempenho ou perda de qualidade. Tudo é limpo, bem animado e visualmente agradável, perfeito para o tipo de jogo que Bust-A-Move é.

Som

A trilha sonora é alegre e contagiante, acompanhando o ritmo acelerado das partidas. As músicas têm aquele tom divertido e leve, típico dos jogos da Taito.
Os efeitos sonoros são outro ponto de destaque: o som das bolhas estourando, o "plim" de encaixes corretos e os pequenos efeitos vocais criam uma atmosfera empolgante e recompensadora. Embora simples, o áudio complementa perfeitamente a experiência e reforça o caráter viciante do jogo.

Jogabilidade

A jogabilidade é o verdadeiro coração de Bust-A-Move. O jogador precisa atirar bolhas coloridas em uma tela cheia delas, formando grupos de três ou mais da mesma cor para fazê-las desaparecer. O objetivo é limpar o campo antes que as bolhas cheguem à parte inferior da tela.
O controle no Saturn é preciso e responsivo, permitindo movimentos suaves com o direcional. A curva de aprendizado é rápida e qualquer um pode jogar, mas dominar o jogo exige estratégia, cálculo de ângulos e reflexos rápidos.
O modo para dois jogadores é um dos pontos altos, garantindo partidas competitivas e cheias de reviravoltas.

Veredito 

Bust-A-Move no Sega Saturn é um excelente exemplo de como a simplicidade pode ser sinônimo de diversão. Com gráficos vibrantes, som cativante e jogabilidade impecável, o jogo continua sendo uma das melhores opções de puzzle do console.

Mesmo décadas depois, ele ainda mantém seu charme e seu potencial viciante, prova de que bons jogos não envelhecem, apenas ganham valor.

Super Street Fighter II (MS-DOS) — O Clássico de Arcade em um Novo Campo de Batalha

Lançado originalmente nos arcades e consagrado nos consoles de 16 bits, Super Street Fighter II também marcou presença no PC, através de uma versão para MS-DOS que, embora mantivesse o essencial da série, apresentava algumas particularidades técnicas e curiosidades sonoras que a tornaram única.

Gráficos

A versão de Super Street Fighter II para MS-DOS impressionava pelo esforço em reproduzir os visuais coloridos e detalhados do arcade. Os personagens estavam bem definidos e os cenários mantinham suas características icônicas, desde as florestas tailandesas de Sagat até o porto americano de Guile. No entanto, a qualidade gráfica variava conforme o hardware disponível: em máquinas mais simples, as cores ficavam lavadas e a fluidez das animações era comprometida. Ainda assim, para os padrões da época no PC, o resultado era respeitável e demonstrava que a Capcom havia se esforçado para trazer a experiência dos consoles para o ambiente MS-DOS.

Som

Aqui está uma das diferenças mais marcantes em relação às versões de console e arcade. As músicas e efeitos sonoros no MS-DOS eram consideravelmente diferentes, em muitos casos, soavam quase como remixes curiosos dos temas originais. Isso se deve às limitações e à variedade de placas de som disponíveis na época (AdLib, Sound Blaster, Roland, etc.), o que fazia com que cada sistema apresentasse uma sonoridade própria. As trilhas podiam soar mais robóticas ou metálicas, mas ainda assim mantinham o espírito energético que acompanhava as batalhas. As vozes digitalizadas, por outro lado, perdiam nitidez e pareciam abafadas, o que tirava parte do impacto das falas e gritos característicos da série.

Jogabilidade

No quesito jogabilidade, o Super Street Fighter II de MS-DOS se esforçava para ser fiel ao original, mas sofria com a falta de precisão nos controles. Jogar com teclado era um desafio à parte, os movimentos especiais exigiam prática e paciência, enquanto o uso de joysticks melhorava a experiência, embora nem sempre oferecesse a resposta ideal. A velocidade do jogo também variava conforme o desempenho do computador, o que podia afetar a fluidez das lutas. Ainda assim, o sistema de combate e os personagens adicionais (Cammy, Fei Long, T. Hawk e Dee Jay) estavam todos lá, garantindo a essência do clássico.


Veredito 

A versão MS-DOS de Super Street Fighter II é um curioso retrato da transição dos arcades e consoles para o mundo dos PCs nos anos 90. Embora tecnicamente inferior em som e controle, ela preservava o carisma e o equilíbrio que tornaram o jogo um ícone da luta 2D. Para os fãs da época, especialmente os que não tinham um Super Nintendo ou Mega Drive, era uma chance de ter o “World Warrior” em casa, mesmo com algumas concessões técnicas.


The Lion King (SNES) – Um Clássico Desafiador da Era 16 Bits

Lançado em 1994 pela Virgin Interactive e baseado no aclamado filme da Disney, The Lion King para Super Nintendo é um dos jogos mais memoráveis,  e frustrantes da geração 16 bits. Com belos gráficos, trilha sonora marcante e uma jogabilidade que mistura plataformas com ação, o título marcou época, mas também ficou famoso por sua dificuldade acima da média.

Gráficos

Os gráficos de The Lion King são um dos seus maiores destaques. A equipe de desenvolvimento contou com a colaboração direta da Disney, o que resultou em sprites extremamente bem animados e cenários ricos em detalhes. Cada fase traz ambientes inspirados diretamente no filme, desde a savana africana até o sombrio cemitério de elefantes,  com uma paleta de cores vibrante e cheia de vida. As animações de Simba, tanto filhote quanto adulto, são suaves e cheias de personalidade, reforçando o alto padrão visual que o jogo alcançou.

Som

A trilha sonora segue a mesma qualidade do visual. As músicas do filme foram adaptadas de forma brilhante para o chip de som do Super Nintendo, mantendo a essência das composições originais de Elton John e Hans Zimmer. Clássicos como “I Just Can’t Wait to Be King” e “Circle of Life” aparecem em versões cheias de energia e nostalgia. Os efeitos sonoros, como rugidos e saltos, são nítidos e ajudam a dar mais imersão à aventura.

Jogabilidade

A jogabilidade é típica dos jogos de plataforma da época, com fases que exigem precisão nos pulos e bom tempo de reação. Simba pode saltar, rolar e atacar inimigos de diferentes maneiras conforme cresce durante a jornada. No entanto, o controle, por vezes, parece rígido em momentos cruciais, o que aumenta ainda mais o nível de desafio.

Dificuldade

Falando em desafio, The Lion King é lembrado até hoje por ser extremamente difícil, especialmente nas fases iniciais. “Can’t Wait to Be King”, por exemplo, tornou-se lendária por sua complexidade, exigindo movimentos exatos e uma boa dose de paciência. A curva de aprendizado é íngreme, e muitos jogadores jamais chegaram a ver Simba adulto sem recorrer a continues ou códigos.

Veredito 

The Lion King para SNES é um exemplo clássico de como um jogo licenciado pode ir além de sua origem cinematográfica, oferecendo uma experiência visual e sonora de alta qualidade. Contudo, sua dificuldade elevada pode afastar os jogadores menos persistentes. Ainda assim, é uma joia nostálgica da era 16 bits,  desafiadora, bonita e inesquecível.

Tempest 2000 (Atari Jaguar)

Lançado em 1994 para o Atari Jaguar, Tempest 2000 é uma recriação do clássico arcade dos anos 80, assinada pelo designer Jeff Minter. O jogo manteve a essência do original, mas recebeu um tratamento moderno para a época, com novos efeitos visuais, trilha sonora eletrônica e uma jogabilidade ainda mais intensa. Considerado por muitos o melhor título do console, Tempest 2000 é uma experiência que mistura velocidade, reflexos e muita psicodelia.

Gráficos

Para um jogo do Jaguar, Tempest 2000 impressiona visualmente. A ação se passa em túneis e superfícies geométricas tridimensionais, com cores vibrantes e efeitos de partículas que dão ao jogo um estilo visual único e marcante. As explosões de luz, as distorções e os padrões pulsantes criam uma atmosfera quase hipnótica.

Apesar de não ser um título que aposta no realismo, o visual é extremamente estilizado e coerente com sua proposta futurista. A única ressalva fica para a confusão visual que pode ocorrer em momentos de muita ação, quando os efeitos e os inimigos se misturam na tela. Ainda assim, é um espetáculo gráfico para a época e um dos melhores exemplos do que o Jaguar podia oferecer.

Som

A trilha sonora é um dos maiores destaques de Tempest 2000. Com faixas eletrônicas no estilo techno e rave, o som acompanha perfeitamente o ritmo frenético das fases. Cada batida reforça a sensação de velocidade e tensão, criando uma imersão incrível.

Além disso, o jogo traz efeitos sonoros nítidos e vozes digitalizadas que motivam o jogador com expressões como “Excellent!” e “Superzapper ready!”. Para um console como o Jaguar, a qualidade do áudio é surpreendente e ajuda a consolidar o clima alucinante do jogo. Mesmo hoje, a trilha é lembrada como uma das melhores já produzidas para um shooter.

Jogabilidade

A jogabilidade mantém o conceito original de Tempest: o jogador controla uma nave que se movimenta ao redor de uma grade tridimensional, disparando contra inimigos que sobem em sua direção. Em Tempest 2000, a fórmula foi aprimorada com novos power-ups, fases bônus e um ritmo de jogo mais dinâmico.

Os controles são precisos, e a resposta é imediata, essencial em um título que exige reflexos rápidos. O jogo introduz ainda o uso do “Superzapper”, uma arma poderosa capaz de eliminar todos os inimigos da tela em momentos críticos.

A dificuldade é alta, mas equilibrada, e a progressão é satisfatória. A cada novo nível, o jogador enfrenta padrões mais complexos e inimigos mais agressivos, o que mantém o desafio constante. Há também um bom fator de replay, incentivando a busca por pontuações maiores e o domínio das fases.

Veredito 

Tempest 2000 é um dos grandes motivos para se lembrar do Atari Jaguar. Seu visual psicodélico, trilha sonora marcante e jogabilidade viciante fazem dele um clássico absoluto dos jogos de tiro em tubo.

Mesmo com alguns momentos de confusão visual e uma curva de aprendizado exigente, o conjunto é tão envolvente que esses detalhes se tornam parte da experiência. É o tipo de jogo que exige concentração total e recompensa com uma sensação de fluidez e adrenalina poucas vezes vistas em um shooter.

International Superstar Soccer Deluxe (PS1)

Lançado para o PlayStation 1, International Superstar Soccer Deluxe chegou como uma versão aprimorada do clássico sucesso dos 16 bits. Conhecido por ser um dos jogos de futebol mais marcantes da era Super Nintendo e Mega Drive, o título da Konami ganhou uma nova roupagem para o console da Sony, trazendo melhorias visuais, sonoras e ajustes sutis na jogabilidade, ainda mantendo o espírito divertido e acessível que o consagrou.

Gráficos

A principal diferença em relação à versão de 16 bits está nos gráficos. No PS1, os jogadores, estádios e animações receberam um aumento significativo de detalhes. As texturas são mais nítidas, os uniformes têm cores mais vivas e há uma sensação de profundidade maior no campo. Apesar de ainda utilizar um estilo 2D, o jogo apresenta uma fluidez maior e movimentação mais suave, algo que aproveita bem o poder extra do console.

As animações continuam sendo um destaque: comemorações, carrinhos e movimentos de goleiros mantêm o charme da versão original, agora com uma dose extra de polimento. No entanto, é importante notar que o salto visual, embora perceptível, não é tão radical quanto em outros títulos da geração, a Konami optou por preservar o estilo clássico, o que agradou aos fãs mais nostálgicos.

Som

A parte sonora também recebeu um tratamento melhorado. As trilhas e efeitos de torcida estão mais nítidos, com um áudio mais limpo e vibrante. As vozes do narrador e dos juízes ganharam maior clareza, contribuindo para uma ambientação mais próxima de uma transmissão esportiva. Ainda assim, o jogo mantém a trilha e os efeitos característicos da série, com o mesmo estilo animado e marcante que acompanhou os jogadores nas versões anteriores.

Jogabilidade

A jogabilidade continua sendo o coração de International Superstar Soccer Deluxe. Fiel à fórmula consagrada, o jogo mantém o equilíbrio entre arcade e simulação, com controles precisos e respostas rápidas. Passes, chutes e dribles continuam intuitivos, mas a versão de PS1 adiciona maior fluidez nas transições e inteligência artificial aprimorada, tornando as partidas mais desafiadoras.


Os modos de jogo foram expandidos, oferecendo mais opções de torneios, amistosos e desafios, além de ajustes sutis na mecânica de marcação e posicionamento. Os goleiros, por exemplo, reagem melhor, e as partidas apresentam ritmo mais dinâmico.

Veredito 

A versão de International Superstar Soccer Deluxe para PlayStation 1 é uma evolução natural do clássico dos 16 bits. Mantém a essência divertida e acessível, mas com melhorias técnicas e refinamentos que aproveitam as capacidades do console. Não é uma revolução, mas sim uma homenagem aprimorada a um dos maiores ícones dos jogos de futebol.

Para os fãs da série, é uma experiência nostálgica e refinada; para novos jogadores, uma ótima oportunidade de conhecer um dos pilares que pavimentaram o caminho para os simuladores modernos de futebol. 

Aladdin (Sega Genesis)

Lançado em 1993 para o Mega Drive, Disney’s Aladdin é um dos títulos mais marcantes da era 16 bits. Desenvolvido pela Virgin Games em colaboração direta com a Disney, o jogo rapidamente se destacou por sua impressionante qualidade visual e animações dignas de um filme.

Gráficos

Os gráficos de Aladdin são, até hoje, um dos maiores exemplos do que o Mega Drive podia fazer em termos visuais. A equipe contou com o apoio direto de animadores da Disney, que criaram os sprites do protagonista e dos inimigos com a mesma técnica usada nos longas de animação. O resultado é um jogo com personagens extremamente expressivos, movimentação fluida e cenários vibrantes que capturam perfeitamente a atmosfera do filme. Cada fase apresenta uma paleta de cores viva e detalhada, recriando locais icônicos como o mercado de Agrabah e o palácio do Sultão com um toque cinematográfico.

Som

A trilha sonora, composta por Tommy Tallarico e equipe, faz excelente uso do chip de som do Mega Drive. As músicas são versões adaptadas das canções clássicas do filme, como A Whole New World e Prince Ali, mantendo a energia e o encanto da animação. Os efeitos sonoros também são bem produzidos, dando vida às ações de Aladdin, desde o som do sabre cortando o ar até o tilintar das moedas coletadas.

Jogabilidade

A jogabilidade de Aladdin combina ação e plataforma em um ritmo dinâmico. O jogador controla Aladdin enquanto ele enfrenta guardas, salta entre plataformas e coleta joias. O sistema de combate é simples e divertido, utilizando a espada ou maçãs para derrotar inimigos à distância. A movimentação é precisa, e o design das fases incentiva a exploração, com caminhos alternativos e segredos bem escondidos. A curva de dificuldade é equilibrada, oferecendo desafio sem ser frustrante.

Colaboração com a Disney e impacto

A colaboração direta com os estúdios da Disney foi um dos grandes diferenciais do projeto. Essa parceria garantiu uma qualidade artística impressionante, que na época foi amplamente elogiada por críticos e jogadores. O jogo foi considerado uma verdadeira obra de arte animada jogável, demonstrando como a integração entre cinema e videogame podia alcançar novos patamares de imersão visual.

Veredito 

Disney’s Aladdin para Mega Drive é um clássico absoluto que marcou uma geração. Com gráficos deslumbrantes, trilha sonora memorável e jogabilidade sólida, o título continua sendo uma referência em adaptação de filmes para os videogames. Sua animação fluida e riqueza de detalhes ainda impressionam, provando que, mesmo décadas depois, a magia de Agrabah continua viva nos pixels do Mega Drive.

Tiny Toons Adventures: Buster Busts Loose! (SNES)

Lançado em 1992 pela Konami, Tiny Toons Adventures: Buster Busts Loose! trouxe para o Super Nintendo o carismático universo dos desenhos animados da Warner Bros., estrelado por Buster Bunny e seus amigos de Acme Looniversity. O jogo é um exemplo clássico da qualidade e do capricho que a Konami colocava em suas produções da era 16-bit, misturando humor, variedade e desafio em doses equilibradas.

Gráficos

Os gráficos de Tiny Toons Adventures são vibrantes e cheios de personalidade. Cada fase apresenta cenários distintos que remetem a diferentes episódios do desenho, como o estádio esportivo, o trem em movimento e o estúdio de cinema. As animações dos personagens são muito bem feitas, capturando perfeitamente o estilo cartunesco da série, com expressões exageradas e movimentos fluidos. O uso das cores é outro ponto forte, aproveitando o potencial do SNES para criar ambientes vivos e detalhados, sempre com aquele toque de humor característico dos Looney Tunes.

Som

A trilha sonora é alegre e variada, composta por músicas que combinam perfeitamente com o clima leve e brincalhão do jogo. As faixas são curtas, mas marcantes, e trazem aquele tom de desenho animado dos anos 90. Os efeitos sonoros também merecem destaque: saltos, colisões e outras ações produzem sons caricatos, reforçando a atmosfera divertida. É o tipo de som que te faz sentir realmente dentro de um episódio de Tiny Toons.

Jogabilidade

A jogabilidade é simples e intuitiva, mas com nuances que exigem prática. Buster pode correr, saltar e usar um “dash” horizontal, recurso essencial para alcançar plataformas e derrotar inimigos. A mecânica do dash adiciona ritmo e estratégia ao jogo, já que o jogador precisa dominar seu tempo e direção.

Cada fase traz desafios únicos e até pequenas variações de jogabilidade, como minigames e seções de bônus. Essa variedade mantém o jogo interessante, evitando a repetição comum em muitos títulos de plataforma da época.

Dificuldade

Apesar do visual infantil e da temática leve, Tiny Toons Adventures: Buster Busts Loose! não é tão fácil quanto parece. O jogo oferece três níveis de dificuldade, e mesmo no modo normal, algumas fases exigem precisão nos saltos e domínio do dash. Inimigos e obstáculos surgem em momentos inesperados, e alguns chefes podem dar trabalho até para jogadores experientes. Ainda assim, o desafio é justo, recompensando quem insiste em aprender os padrões e dominar o controle do coelho azul.

Veredito 

Tiny Toons Adventures: Buster Busts Loose! é um ótimo exemplo de como adaptar um desenho animado para os videogames de forma fiel e divertida. Com gráficos coloridos, música envolvente, jogabilidade sólida e um nível de desafio surpreendente, o jogo continua sendo uma das pérolas do catálogo do Super Nintendo. Um título que agrada tanto os fãs de Tiny Toons quanto os amantes de bons jogos de plataforma.

1943: The Battle of Midway (NES)

Lançado para o Nintendo Entertainment System (NES) em 1988, 1943: The Battle of Midway é uma adaptação do clássico arcade da Capcom, trazendo toda a intensidade das batalhas aéreas da Segunda Guerra Mundial para o console doméstico da época. Mesmo com as limitações técnicas do NES, o jogo conseguiu manter o espírito original e oferecer uma experiência viciante e desafiadora.

Gráficos

Para um jogo de 8 bits, 1943 apresenta visuais bem elaborados. Os sprites dos aviões e inimigos são claros e bem definidos, e os cenários representando o oceano e os navios inimigos, possuem uma boa variação de tons, simulando um ambiente de combate marítimo convincente. As explosões e tiros são simples, mas cumprem bem seu papel dentro da ação frenética. Embora o jogo repita alguns elementos visuais, isso não atrapalha a imersão, especialmente considerando o hardware limitado do NES.

Som

A trilha sonora de 1943 é marcante e energética, combinando bem com o ritmo intenso do jogo. As músicas são curtas, mas cativantes, mantendo o jogador motivado durante as fases. Os efeitos sonoros, como tiros, explosões e alertas, são típicos do console, com aquele som eletrônico característico, mas ainda assim eficientes para reforçar a atmosfera de combate.

Jogabilidade

A jogabilidade é o grande destaque de 1943. O jogo segue o estilo shoot ‘em up vertical, onde o jogador controla um avião de caça e precisa eliminar ondas de inimigos, desviando de tiros e coletando power-ups. Uma inovação interessante é o sistema de energia, que substitui vidas tradicionais: a barra de energia do avião diminui com o tempo e ao receber dano, sendo possível recuperá-la com itens durante a fase. Isso adiciona um elemento estratégico ao ritmo frenético do jogo.

Os controles são responsivos, permitindo que o jogador realize manobras rápidas e precise, além de usar um ataque especial que consome energia, mas pode salvar o avião em momentos críticos. A dificuldade é bem balanceada, proporcionando um desafio constante, mas justo.

Veredito 

1943: The Battle of Midway no NES é um excelente exemplo de como converter um sucesso dos arcades para o console sem perder a essência. Com boa jogabilidade, trilha sonora empolgante e gráficos competentes, o jogo continua sendo uma das melhores experiências do gênero no 8-bit da Nintendo. É um título obrigatório para fãs de shoot ‘em ups clássicos e uma joia do catálogo da Capcom nos anos 80.

Aero Fighters 2 (Neo Geo)

Lançado em 1994 para o lendário Neo Geo, Aero Fighters 2 (também conhecido como Sonic Wings 2) é um dos shooters verticais mais carismáticos e divertidos do gênero. Desenvolvido pela Video System, o jogo é uma continuação direta do primeiro título lançado nos arcades e consolida-se como uma das experiências mais marcantes do estilo shoot’em up dos anos 90.

Gráficos

Os gráficos de Aero Fighters 2 mostram toda a capacidade do hardware do Neo Geo. Os cenários são variados e detalhados, levando o jogador por diferentes partes do mundo, de cidades modernas a áreas militares e bases secretas. As explosões são vibrantes, as naves possuem sprites bem desenhados e cada chefe de fase impressiona pelo tamanho e pelo design criativo. Apesar de não abusar de efeitos visuais exagerados, o jogo mantém um ritmo fluido e um estilo visual limpo que facilita a leitura da ação, algo essencial em um shooter vertical.

Som

A trilha sonora de Aero Fighters 2 acompanha perfeitamente o ritmo frenético do jogo. As músicas são energéticas e variam conforme o país e a fase, reforçando a ambientação de cada cenário. Os efeitos sonoros também se destacam tiros, explosões e vozes digitalizadas ajudam a manter a imersão e dão uma sensação de impacto constante. É um ótimo exemplo de como o áudio do Neo Geo era capaz de oferecer qualidade de arcade dentro de casa.

Jogabilidade

Aero Fighters 2 mantém a fórmula clássica de shoot’em up, mas com uma dose de personalidade. Cada personagem representa um país e pilota uma aeronave com armas e ataques especiais únicos, o que incentiva o jogador a experimentar diferentes combinações. A resposta dos controles é precisa, e o desafio é equilibrado, acessível para iniciantes, mas intenso o suficiente para os veteranos do gênero. O modo cooperativo para dois jogadores é um dos grandes atrativos, tornando as partidas ainda mais dinâmicas e caóticas.

Veredito 

Com gráficos carismáticos, trilha sonora marcante e jogabilidade sólida, Aero Fighters 2 é um dos grandes representantes do gênero no Neo Geo. Ele equilibra ação, desafio e humor na medida certa, entregando uma experiência arcade autêntica e divertida até hoje. Um clássico indispensável para fãs de jogos de nave e um exemplo de como o Neo Geo sabia brilhar em qualquer gênero.

Metal Gear Solid (MSX): A Origem da Infiltração Tática

Lançado originalmente para o MSX2 em 1987, Metal Gear (não confundir com o posterior Metal Gear Solid do PlayStation) é uma das joias mais importantes da história dos videogames. Criado por Hideo Kojima, ainda no início de sua carreira na Konami, o jogo apresentou um conceito totalmente novo para a época, a ação furtiva. Em vez de encorajar o jogador a eliminar todos os inimigos, o objetivo era evitar o confronto direto, utilizando inteligência, paciência e estratégia para cumprir as missões.

Uma Revolução na Jogabilidade

Naquele tempo, a maioria dos jogos de ação focava em tiros e destruição, mas Metal Gear mudou essa lógica. No papel do agente Solid Snake, o jogador é enviado para infiltrar-se em uma base inimiga e destruir uma arma nuclear conhecida como “Metal Gear”. A missão exige explorar ambientes, encontrar itens e, principalmente, passar despercebido pelos guardas. Esse conceito de “stealth action” foi pioneiro e acabou moldando não apenas o futuro da franquia, mas também todo um gênero de jogos que viriam depois.

Gráficos

Para o hardware do MSX2, Metal Gear impressionava. Os cenários eram bem detalhados, com ambientes que simulavam diferentes áreas da base inimiga, como armazéns, laboratórios e salas de controle. A perspectiva superior (top-down) era clara e funcional, permitindo boa visualização dos inimigos e dos objetos no mapa. Apesar das limitações técnicas, o design ajudava a criar uma atmosfera de tensão e imersão.

Som

A trilha sonora e os efeitos de som cumprem bem o papel de reforçar o clima de espionagem. As músicas são discretas, mas eficazes em criar suspense, enquanto os sons de passos e alarmes alertando a presença do jogador aumentam a sensação de perigo iminente. Para um jogo de 1987, o uso do áudio como ferramenta de imersão foi notável.

Jogabilidade

A jogabilidade, embora simples nos comandos, era profundamente estratégica. Cada passo precisava ser pensado: entrar em combate direto muitas vezes significava o fracasso da missão. A variedade de itens, como cartões de acesso, explosivos e disfarces, dava ao jogador múltiplas opções para abordar cada situação. Essa liberdade de escolha era rara para a época, e mostrava o talento de Kojima em criar sistemas complexos dentro de limitações técnicas.

Veredito 

Metal Gear para MSX não é apenas um jogo antigo; é uma peça fundamental na história dos videogames. Foi aqui que nasceu o conceito de espionagem tática que definiria toda a franquia e influenciaria gerações de desenvolvedores. Mesmo com gráficos simples e controles datados, o título permanece uma pérola de design e inovação, além de marcar o início da brilhante carreira de Hideo Kojima.

Para quem aprecia a história dos games, revisitar Metal Gear é entender onde começou a revolução da jogabilidade furtiva, e como uma ideia ousada no MSX moldou o futuro da indústria.