Lançado originalmente nos arcades e consagrado nos consoles de 16 bits, Super Street Fighter II também marcou presença no PC, através de uma versão para MS-DOS que, embora mantivesse o essencial da série, apresentava algumas particularidades técnicas e curiosidades sonoras que a tornaram única.
Gráficos
A versão de Super Street Fighter II para MS-DOS impressionava pelo esforço em reproduzir os visuais coloridos e detalhados do arcade. Os personagens estavam bem definidos e os cenários mantinham suas características icônicas, desde as florestas tailandesas de Sagat até o porto americano de Guile. No entanto, a qualidade gráfica variava conforme o hardware disponível: em máquinas mais simples, as cores ficavam lavadas e a fluidez das animações era comprometida. Ainda assim, para os padrões da época no PC, o resultado era respeitável e demonstrava que a Capcom havia se esforçado para trazer a experiência dos consoles para o ambiente MS-DOS.
Som
Aqui está uma das diferenças mais marcantes em relação às versões de console e arcade. As músicas e efeitos sonoros no MS-DOS eram consideravelmente diferentes, em muitos casos, soavam quase como remixes curiosos dos temas originais. Isso se deve às limitações e à variedade de placas de som disponíveis na época (AdLib, Sound Blaster, Roland, etc.), o que fazia com que cada sistema apresentasse uma sonoridade própria. As trilhas podiam soar mais robóticas ou metálicas, mas ainda assim mantinham o espírito energético que acompanhava as batalhas. As vozes digitalizadas, por outro lado, perdiam nitidez e pareciam abafadas, o que tirava parte do impacto das falas e gritos característicos da série.
Jogabilidade
No quesito jogabilidade, o Super Street Fighter II de MS-DOS se esforçava para ser fiel ao original, mas sofria com a falta de precisão nos controles. Jogar com teclado era um desafio à parte, os movimentos especiais exigiam prática e paciência, enquanto o uso de joysticks melhorava a experiência, embora nem sempre oferecesse a resposta ideal. A velocidade do jogo também variava conforme o desempenho do computador, o que podia afetar a fluidez das lutas. Ainda assim, o sistema de combate e os personagens adicionais (Cammy, Fei Long, T. Hawk e Dee Jay) estavam todos lá, garantindo a essência do clássico.
Veredito
A versão MS-DOS de Super Street Fighter II é um curioso retrato da transição dos arcades e consoles para o mundo dos PCs nos anos 90. Embora tecnicamente inferior em som e controle, ela preservava o carisma e o equilíbrio que tornaram o jogo um ícone da luta 2D. Para os fãs da época, especialmente os que não tinham um Super Nintendo ou Mega Drive, era uma chance de ter o “World Warrior” em casa, mesmo com algumas concessões técnicas.





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