Mortal Kombat 3 (Master System) – arrependimento, choro, sofrimento...e isso não tem nada a ver com Fatalities

Mortal Kombat 3 foi portado para vários consoles na época, muitos lembram das versões para arcade, Super Nintendo, Mega Drive ou até PlayStation, que marcaram época no gênero de luta. Porém, existe uma versão obscura, exclusiva do Brasil, que ficou conhecida mais pela curiosidade histórica do que pela qualidade, Mortal Kombat 3 de Master System.

O Master System já estava no fim de sua vida útil em meados dos anos 90, mas no Brasil ainda resistia graças ao trabalho da Tec Toy, que buscava manter o console relevante com adaptações ousadas. A base dessa versão veio do Game Gear, portátil da Sega, que já possuía limitações técnicas significativas. A Tec Toy simplesmente trouxe essa versão para o Master System, o que resultou em um jogo que, mesmo na época, parecia um verdadeiro “remendo técnico”.

Gráficos: limitados ao extremo

Os gráficos são extremamente pobres, mesmo considerando os padrões do Master System. Os personagens são minúsculos, pouco detalhados e mal animados. O cenário, muitas vezes, parece apenas uma massa de pixels borrados, sem transmitir a atmosfera sombria e violenta típica da franquia. O impacto visual de “Mortal Kombat”, que era um dos maiores atrativos nos arcades, se perdeu quase que por completo nessa versão.

Os Sprites dos personagens podem até enganar em primeiro  momento, mas a quantidade de animações e quadros são severamente limitados, impactando não só na fluidez, mas também na jogabilidade.

Som: efeitos sofríveis

O áudio segue o mesmo padrão dos gráficos: decepcionante. As músicas estão praticamente ausentes ou se resumem a ruídos abafados e repetitivos, enquanto os efeitos sonoros são genéricos e mal reproduzidos. Nada lembra os icônicos gritos, impactos ou mesmo o narrador marcante da franquia. É um som que não empolga e só reforça a sensação de um produto feito às pressas.

Jogabilidade: praticamente injogável

Se os gráficos e o som já deixam a desejar, a jogabilidade transforma Mortal Kombat 3 de Master System em uma experiência frustrante. Os controles são duros, pouco responsivos e as colisões de golpes simplesmente não funcionam como deveriam. Executar movimentos especiais é quase impossível, e as lutas acabam se resumindo a apertar botões de forma aleatória. A sensação é de estar lutando contra o próprio jogo, e não contra o adversário.

Lançamento exclusivo no Brasil

Curiosamente, essa versão jamais saiu fora do Brasil. A Tec Toy, sempre criativa em suas adaptações, acreditava que o público brasileiro ainda poderia se interessar por grandes franquias mesmo em um console ultrapassado. De fato, a exclusividade transformou Mortal Kombat 3 de Master System em um item de coleção, mas nunca em um bom jogo.

Veredito

Mortal Kombat 3 para Master System é um caso curioso na história dos videogames: um título que existe mais por insistência e paixão de uma empresa local em manter um console vivo do que pela real viabilidade técnica. Hoje, ele é lembrado como uma peça rara e até “exótica” da biblioteca do Master System, mas como jogo de luta, falha em todos os aspectos, gráficos, som e, principalmente, jogabilidade.

Não recomendamos a jogatina, a não ser que você tenha alguma curiosidade e queira conhecer o game.


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