Lançado para o NES em 1988, Castlevania II: Simon’s Quest trouxe uma proposta ousada para a época. Diferente do estilo linear do primeiro jogo, esta sequência apostou em uma estrutura mais aberta, com exploração, coleta de itens e até elementos de RPG. O resultado foi um título ambicioso, que dividiu opiniões, mas marcou um passo importante na evolução da franquia.
Gráficos
Para os padrões do NES, Simon’s Quest apresenta visuais detalhados e atmosféricos. As vilas, florestas e mansões exibem uma boa variedade de cores, transmitindo uma sensação de mundo maior e mais sombrio. Embora alguns cenários se repitam e o design das mansões possa parecer confuso, o jogo mantém a identidade gótica característica da série. O sprite de Simon Belmont é bem animado, e os inimigos variam entre criaturas clássicas do terror, reforçando o clima sinistro.
Som
A trilha sonora é um dos pontos mais memoráveis do jogo. Com composições marcantes como “Bloody Tears”, o som de Simon’s Quest ajudou a consolidar o estilo musical da franquia, misturando tensão e melodia de forma única. Os efeitos sonoros são simples, mas cumprem bem o papel, destacando o som do chicote e o impacto dos ataques. Mesmo com as limitações do console, o áudio é envolvente e se tornou icônico entre os fãs.
Jogabilidade
A jogabilidade trouxe inovações e também alguns desafios. O sistema de progressão exige que o jogador explore o mapa, converse com aldeões e colete itens especiais para avançar, algo inovador para a época, mas também confuso devido às dicas vagas e tradução limitada. O ritmo é mais lento que o do primeiro Castlevania, e o uso de ciclos de dia e noite adiciona um toque interessante de estratégia e dificuldade. Apesar de certos elementos frustrantes, como saltos imprecisos e enigmas pouco claros, o jogo recompensava a paciência com um senso de descoberta raro nos anos 80.
Veredito
Castlevania II: Simon’s Quest pode não ser o título mais acessível da série, mas foi um passo importante rumo à mistura de ação e exploração que culminaria nos jogos Metroidvania anos depois. Com gráficos caprichados, trilha sonora inesquecível e uma jogabilidade experimental, o jogo merece ser lembrado como uma experiência única no NES, ousada, misteriosa e à frente de seu tempo.





Nenhum comentário:
Postar um comentário