Lançado em fevereiro de 2014 para PlayStation 3, Xbox 360 e PC, "Rambo: The Video Game" foi desenvolvido pela Teyon e publicado pela Reef Entertainment. Com a promessa de colocar os jogadores na pele do icônico personagem vivido por Sylvester Stallone, o game buscava reviver os principais momentos da trilogia clássica dos cinemas, First Blood (1982), Rambo: First Blood Part II (1985) e Rambo III (1988). Infelizmente, o que era para ser uma experiência nostálgica e explosiva acabou se tornando um exemplo clássico de como não adaptar um filme para os videogames.
Gráficos: Uma Guerra Contra o Tempo
Mesmo para os padrões do início de 2014, os gráficos de "Rambo: The Video Game" deixaram muito a desejar. Texturas simples, expressões faciais engessadas e cenários com pouca vida não ajudavam a criar uma imersão convincente. O modelo digital de Rambo é baseado em scans e imagens antigas de Stallone, o que acaba resultando em um personagem sem carisma, com aparência rígida e artificial. As animações também sofrem com pouca fluidez, o que compromete ainda mais a apresentação visual do jogo.
Som: Tiros, Trilhas e Falta de Vida
No quesito sonoro, o jogo aproveita algumas trilhas e efeitos dos filmes originais, o que pode gerar certa nostalgia nos fãs. No entanto, o uso constante de sons repetitivos, especialmente nos tiroteios, e a ausência de dublagem original (com exceção de trechos reciclados dos filmes) tornam o áudio funcional, mas sem brilho. A falta de vida dos inimigos e personagens secundários também contribui para uma atmosfera genérica.
Jogabilidade: Um Rail Shooter à Moda Antiga
"Rambo: The Video Game" é um rail shooter, ou seja, o jogador não controla os movimentos do personagem, apenas mira e atira, estilo popularizado por arcades nos anos 90. Em um console moderno como o PS3, essa escolha de gameplay soou limitada e antiquada. O sistema de cobertura automática, o uso de QTEs (quick time events) mal implementados e a inteligência artificial simplista dos inimigos contribuíram para uma experiência repetitiva e frustrante.
Apesar disso, o jogo introduz alguns elementos de progressão, como a melhoria de armas e habilidades. Porém, nada disso é suficiente para tornar a jogabilidade envolvente por muito tempo.
Recepção: Uma Missão Mal Sucedida
A recepção crítica e do público foi amplamente negativa. Sites especializados como IGN e GameSpot apontaram falhas técnicas, design ultrapassado e uma execução decepcionante como os principais problemas. Muitos jogadores esperavam um jogo de ação tática ou um shooter em terceira pessoa mais elaborado, e o produto final acabou sendo uma grande decepção.
Com notas baixas em praticamente todas as análises, Rambo: The Video Game se tornou um exemplo de jogo com bom potencial desperdiçado por má execução e decisões de design equivocadas.
Veredito: Um Tiro que Saiu Pela Culatra
"Rambo: The Video Game" é uma prova de que apenas o apelo nostálgico não sustenta um bom jogo. Apesar da boa intenção de reviver cenas icônicas do cinema, a produção falha em quase todos os aspectos técnicos e criativos. Para os fãs hardcore do personagem, talvez valha uma olhada rápida, com expectativa baixa. Para os demais, é melhor procurar ação de qualidade em outros títulos mais bem acabados.
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