Rock n' Roll Racing (SNES) – Velocidade, explosões e Heavy Metal em 16 bits

Lançado em 1993 para o Super Nintendo, Rock n' Roll Racing é um daqueles títulos que marcaram época e cravaram seu nome na história dos videogames. Desenvolvido pela Silicon & Synapse, nome que logo depois se tornaria a lendária Blizzard Entertainment, o jogo é uma fusão explosiva entre corrida, combate veicular e uma das trilhas sonoras mais marcantes da era 16 bits. Neste review, vamos analisar seus gráficos, som, jogabilidade e importância para a produtora, além de entender como ele se consolidou como um verdadeiro clássico cult.

Gráficos: estilo marcante e funcionalidade acima da média

Para a época, Rock n' Roll Racing entregava gráficos eficientes e estilizados. A perspectiva isométrica dava ao jogo uma sensação de profundidade e permitia visualizar bem as curvas e armadilhas das pistas. Cada cenário trazia uma ambientação própria, variando desde desertos e planetas gelados até terrenos futuristas, todos bem distintos e visualmente agradáveis.

Os carros eram personalizáveis, com upgrades visuais que refletiam as melhorias de armamento, tração e turbo, e os efeitos de explosões, tiros e minas eram impactantes e bem animados. Embora não fosse o mais belo da biblioteca do SNES, o estilo gráfico servia perfeitamente à proposta caótica e dinâmica do game.

Som: trilha sonora lendária em 16 bits

O maior trunfo de Rock n' Roll Racing está, sem dúvida, no áudio. A trilha sonora traz versões em chip-tune de clássicos do rock e do heavy metal, como:

  • “Paranoid” – Black Sabbath

  • “Born to Be Wild” – Steppenwolf

  • “Bad to the Bone” – George Thorogood

  • “Highway Star” – Deep Purple

Mesmo com as limitações sonoras do SNES, as músicas são facilmente reconhecíveis e empolgantes. Além disso, o jogo conta com um narrador carismático que anunciava as voltas e os acontecimentos da corrida (“The stage is set, the green flag drops!”), algo inovador e raro para a época. Esse elemento deu ainda mais personalidade ao título.

Jogabilidade: corrida com combate em alta octanagem

A jogabilidade de Rock n' Roll Racing mistura corrida tradicional com um forte componente de combate veicular. Os jogadores escolhem seus veículos, personagens (cada um com habilidades específicas) e vão às pistas para competir, atirar e sobreviver.

O sistema de progressão é bem equilibrado, com um mercado de upgrades que permite melhorar armas, tração, suspensão e turbo, incentivando partidas repetidas e aumentando a longevidade do jogo. As pistas oferecem desafios variados, com curvas fechadas, saltos e obstáculos que exigem habilidade e estratégia.

Mesmo sendo fácil de aprender, o jogo oferece desafios crescentes, principalmente nas dificuldades mais altas e em fases avançadas.

Importância histórica e legado da Blizzard

Antes de se tornar sinônimo de jogos como Warcraft, StarCraft e Diablo, a Blizzard (então Silicon & Synapse) mostrou em Rock n' Roll Racing um talento único para design criativo, identidade marcante e atenção ao detalhe. Este foi um dos jogos que ajudou a consolidar a reputação da produtora, revelando o DNA inovador que mais tarde dominaria a indústria dos games.

Apesar de nunca ter recebido uma sequência direta com o mesmo impacto, Rock n' Roll Racing ganhou um remaster em 2021 na coletânea Blizzard Arcade Collection, reafirmando seu status de clássico e apresentando-o a novas gerações.

Veredito:

Rock n' Roll Racing é mais do que um simples jogo de corrida. É um experimento ousado, que uniu música, ação e velocidade com uma identidade única, e até hoje é lembrado com carinho pelos fãs. Seja pelo carisma dos personagens, pela trilha sonora icônica ou pela jogabilidade envolvente, o título permanece relevante e é considerado um dos maiores clássicos do Super Nintendo, e uma joia precoce no portfólio da Blizzard.

Se você nunca jogou, está perdendo uma das experiências mais “rock n’ roll” da era 16 bits.

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