Quando o Final Doom chegou ao PlayStation em 1996, ele trouxe consigo o peso do legado já consolidado de Doom e Doom II, mas também a responsabilidade de manter viva a chama do gênero que ajudou a popularizar os jogos de tiro em primeira pessoa nos consoles. A versão para o PS1 não foi apenas uma conversão apressada: ela recebeu cuidados especiais que a tornam memorável até hoje.
Gráficos
No PlayStation, Final Doom herdou o mesmo motor gráfico da versão de Doom já lançada para o console. Apesar de limitado em comparação ao que se via no PC, o jogo trouxe texturas limpas, sprites bem definidos e cenários com iluminação dinâmica, algo que se destacava para os padrões da época. O efeito de névoa e o uso mais inteligente das cores ajudaram a criar uma atmosfera ainda mais sombria, que combinava perfeitamente com a proposta de terror e ação do jogo.
Som
A trilha sonora é um dos pontos mais marcantes desta versão. Diferente do estilo mais “rock pesado” das músicas originais do PC, o PS1 trouxe composições atmosféricas, quase industriais, que intensificavam a sensação de claustrofobia e tensão. Esse detalhe deu uma nova identidade ao jogo, tornando-o mais voltado para o suspense do que para a pura ação. Os efeitos sonoros também se beneficiaram do hardware do console, com grunhidos de monstros e tiros que soavam mais realistas e pesados.
Jogabilidade
A jogabilidade manteve a essência clássica de Doom: correr, atirar e sobreviver. A adaptação para o controle do PlayStation foi eficiente, embora a ausência de dois analógicos (que só se popularizariam mais tarde) limitasse a precisão. Ainda assim, o game era rápido, responsivo e mantinha a adrenalina das batalhas intensas contra hordas de inimigos. Além disso, o cartucho de níveis de Final Doom oferecia novos desafios, muitos deles ainda mais difíceis e labirínticos, pensados para jogadores veteranos.
Recepção na época
Na época de seu lançamento, Final Doom para PS1 foi bem recebido pela crítica e pelos fãs, mas também já enfrentava um mercado em transição. Jogos em 3D mais avançados estavam surgindo, e alguns viam Doom como algo ultrapassado visualmente. Ainda assim, o jogo foi elogiado pela atmosfera, pela excelente trilha sonora da versão de PlayStation e pela quantidade de conteúdo oferecido. Para muitos, ele se tornou o pacote definitivo de Doom no console da Sony.
Veredito
Final Doom no PlayStation é mais do que uma simples coletânea de fases extras: é uma versão que soube aproveitar o hardware para criar uma identidade única, principalmente com seu clima sonoro. Embora já não tivesse o mesmo impacto revolucionário do primeiro Doom, conseguiu se destacar e marcar presença na biblioteca do console como uma das melhores experiências de FPS daquela geração.
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