Lançado em 2009, X-Men Origins: Wolverine é um jogo de ação estilo hack-and-slash baseado no filme homônimo. Na versão de PS3 ele é vários graus mais explícito do que muitas adaptações de filme, justamente na parte de violência, sendo essa uma de suas características mais destacadas.
Gráficos
Pontos fortes:
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Os modelos dos personagens principais (Wolverine, Sabretooth, etc.) têm boa fidelidade visual, especialmente no rosto, nas expressões, e quando comparados às versões do filme.
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Efeitos de dano corporal são bem trabalhados: cortes, rasgos na roupa, exposição de carne/músculo/boneco em determinadas situações de combate; assim como detalhes de regeneração visível.
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Ambientes variados, e, à medida que se avança, cenários visuais interessantes, selva, bases militares, instalações de laboratório etc.
Limitações:
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Quedas de performance em certas fases: frame rate que engasga, efeitos de lentidão em trechos muito carregados.
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Texturas às vezes simples ou inferiores em objetos menores ou em cenários secundários; há momentos em que o jogo parece “cortar caminho” visualmente.
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Cut-scenes ou transições variam bastante: algumas impressionam, outras menos.
Som
Aspectos positivos:
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A trilha sonora cumpre bem seu papel em cenas de ação; ela ajuda a dar peso às lutas e momentos mais intensos.
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Os efeitos sonoros, particularmente o som das garras (arranhões, cortes, impactos), dos ossos se quebrando ou membros sendo separados, dos gritos, são um dos destaques de brutalidade do jogo, reforçando sua atmosfera agressiva.
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A atuação de voz de Hugh Jackman como Wolverine (versão PS3 / Xbox 360), entre outros, agrega credibilidade ao personagem; sua raiva, seus grunhidos e os efeitos de voz nas cenas de dano estão bem feitos.
Aspectos fracos:
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Embora as vozes principais e efeitos de armas / garras chamem atenção, diálogos de NPCs ou sons ambientes algumas vezes repetitivos.
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Em alguns momentos de cut-scene ou transição, há descompasso entre qualidade visual e qualidade de som; o som pode soar menos “rico” quando há muitos efeitos simultâneos.
Jogabilidade
O que funciona bem:
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O combate é visceral e satisfatório para quem gosta de poder esmagador, visceralidade: combinações de ataques leves, pesados, ataques especiais de fúria (rage mode), uso de ambiente para matar inimigos.
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Mecânicas como "lunge", “fury attacks”, contra-ataques, execução de movimentos fortes que dão sensação de poder.
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Elementos de plataforma e quebra-cabeças menores servem como variação, ainda que não dominem o jogo.
Críticas:
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Repetitividade: após certo ponto, inimigos tendem a se repetir, padrões de combate se tornam previsíveis. Isso diminui o frescor à medida que se avança.
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Dificuldade que pode escalar de maneira abrupta em alguns momentos, especialmente em chefes ou mini-chefes, tornando certas partes frustrantes.
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Pouca profundidade em alguns sistemas de progressão ou variação: ainda que existam melhorias, algumas críticas apontam que os upgrades não “abrem” jogabilidade nova suficiente, ou que inimigos “crescem com você”, diluindo o diferencial.
Violência e “Brutalidade”
Esse é um dos pontos mais distintivos desse jogo no gênero de super-heróis:
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Ele assume um tom muito mais sombrio e sanguinolento do que muitos jogos licenciados de super-heróis, especialmente aqueles vinculados a filmes. A “Uncaged Edition” permite ver Wolverine realmente usar suas garras para desmembrar, decapitar, rasgar membros, etc.]
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Os efeitos visuais de dano corporal crescente Wolverine “apari”, tecidos rasgados, ossos visíveis, tornam isso mais palpável.
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O uso de ambiente como arma (espinhos, quedas, obstáculos) agrega à sensação de violência não apenas como “eficiência de combate”, mas como espetáculo meio grotesco.
Raridade / Valorização
Quanto ao quão “raro” ou colecionável o jogo é:
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Não encontrei fontes confiáveis que digam que X-Men Origins: Wolverine para PS3 seja extremamente raro, no sentido de tiragem muito limitada. Ele foi publicado amplamente, com versões físicas.
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Porém, há indícios de valorização entre colecionadores. Algumas comunidades apontam que, após certos momentos dele sair de lojas digitais ou decair a disponibilidade, os preços de cópias físicas usadas ou completas com manual/case (em bom estado) aumentam.
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Também, como muitos jogos ligados a licenças de filmes, após a licença expirar, reimpressões tendem a parar, o que contribui para tornar os exemplares físicos mais desejados com o tempo.
Seu lugar no gênero de super-heróis
X-Men Origins: Wolverine se destaca no gênero por alguns motivos:
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Tom mais maduro — enquanto muitos jogos de heróis buscam apelo mais amplo/familiar, esse jogo abraça a violência e as características sombrias de Wolverine, que nos quadrinhos é um anti-herói com um lado brutal. Isso dá algo de diferencial.
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Combate corpo a corpo visceral — muitas adaptações de super-heróis envolvem poderes mais “visuais” ou superpoderes tradicionais (projéteis, voo, etc.). Wolverine exige proximidade, exige que o jogador participe ativamente do momento de violência, “sinta” a dureza do combate corpo a corpo.
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Fidelidade à personalidade — o jogo não suaviza Wolverine. A regeneração, a fúria, o esmagamento, o dano incessante são partes centrais. Isso ajuda a que fãs sintam que estão jogando Wolverine de verdade, não uma versão “light”.
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Limitações que o impedem de ser um clássico absoluto — apesar de tudo isso, os defeitos de repetitividade, de narrativa menos memorável, de algumas falhas de performance ou falta de refinamento em certos sistemas fazem com que ele não alcance o nível de referência máxima do gênero. Jogos como Batman: Arkham Asylum, Spider-Man (diversas versões), Marvel: Ultimate Alliance etc., oferecem outras dimensões (mundo aberto, exploração, elementos de RPG, etc.) que esse jogo não explora tão profundamente.
Veredito
Se você gosta de jogos de super-heróis que não têm medo de mostrar “o sangue na lama”, X-Men Origins: Wolverine no PS3 é uma das melhores opções nesse subgênero de violência gráfica. Ele entrega aquilo que muitos fãs esperavam: ver Wolverine sendo violento, com um combate físico sólido, com sensação de peso. As imperfeições existem, principalmente em repetitividade e variação de missões, mas o que importa para esse tipo de experiência, brutalidade, sensação de poder, visuais impactantes, ele acerta bem.
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