Quando se fala em Mortal Kombat, logo vem à mente o impacto que a franquia causou no início dos anos 90, com seus gráficos digitalizados, violência explícita e a polêmica que o tornou um fenômeno cultural. No Sega CD, lançado em 1994, o jogo trouxe uma experiência bastante próxima do arcade, mas com peculiaridades que marcam tanto seus pontos positivos quanto negativos.
Gráficos
Visualmente, o port de Mortal Kombat para o Sega CD manteve o estilo de personagens digitalizados que fizeram sucesso nos arcades. Em relação ao Mega Drive, há pequenas melhorias de nitidez e cores mais próximas ao original. Cenários icônicos, como o The Pit e o Goro’s Lair, estão presentes, embora ainda não atinjam o mesmo nível de detalhe da versão arcade. O maior mérito aqui é conseguir preservar a identidade visual do jogo em um console que, mesmo com o poder adicional do Sega CD, ainda esbarrava nas limitações do Mega Drive.
Som
O maior destaque da versão de Sega CD é, sem dúvida, a trilha sonora. Diferente da versão do Mega Drive, que usava sons sintetizados, aqui temos músicas em qualidade de CD, muito mais próximas às composições originais. Os efeitos sonoros também ficaram mais claros, embora ainda existam diferenças perceptíveis em relação ao arcade. Para quem jogou no 16-bits da Sega, este upgrade sonoro fez toda a diferença, tornando os combates mais imersivos.
Jogabilidade
Na jogabilidade, Mortal Kombat para Sega CD não traz grandes diferenças em relação ao Mega Drive: golpes responsivos, comandos de fatalities funcionando como esperado e a mesma velocidade de combate. Porém, o grande problema fica nos tempos de carregamento. Sempre que se inicia uma luta, especialmente nas endurance battles (em que se enfrentam dois adversários em sequência) e contra Shang Tsung, o jogo sofre com loads perceptíveis, quebrando um pouco o ritmo da ação. Isso ocorre não só pelo drive do Sega CD ser lento, mas também pela limitação da memória RAM do console, que dificultava manter dados mais pesados em tempo real.
Veredito
Mortal Kombat de Sega CD é, em muitos aspectos, a versão definitiva para quem queria jogar o título no universo Sega. Seus gráficos não revolucionaram em comparação ao Mega Drive, mas o som em qualidade de CD trouxe uma atmosfera mais fiel ao arcade. Por outro lado, os carregamentos longos, especialmente em lutas mais pesadas, prejudicavam a fluidez da experiência. Ainda assim, foi um marco para os fãs, mostrando como o Sega CD podia oferecer algo além dos cartuchos tradicionais.
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