The Legend of Zelda: Majora’s Mask - (Nintendo 64)

Se você viveu a era de ouro do Nintendo 64, sabe que The Legend of Zelda: Ocarina of Time era praticamente lei. A galera zerou, virou de cabeça pra baixo, fez 100%, decorou diálogo… e então a Nintendo resolveu mandar outra bomba: The Legend of Zelda: Majora’s Mask. E olha, que bomba! Um jogo tão diferente que parecia ter vindo de outra dimensão, e de certa forma, veio mesmo.

Aqui vai um review com aquele jeitão clássico de revista dos anos 90. Puxa a cadeira, assopra o cartucho (mesmo sem precisar) e vem comigo.

A história 

Logo de cara, Majora’s Mask te joga na enrascada: a lua resolveu descer do céu com uma cara de poucos amigos, e você tem apenas três dias para impedir que tudo vire poeira. Mas não se engane: a graça do jogo não é só salvar o mundo, e sim ajudar uma penca de personagens malucos que vivem presos na própria rotina e literalmente, já que tudo reinicia quando você toca a música mágica do “voltou tudo”.

É quase como viver no dia da marmota, só que com monstros, máscaras malucas e uma lua psicopata te encarando 24 horas por dia.

Gráficos - O N64 suando, mas entregando clima

Majora’s Mask não tenta ser o jogo mais bonito do console, mas tem estilo pra dar e vender. Os cenários são menores, mas cheios de personalidade. Clock Town parece uma cidade viva de verdade, cada pedacinho cheio de gente com horários específicos, fofocas, tretas e compromissos, quase um The Sims medieval apocalíptico.

As expressões dos personagens, apesar do limite do N64, carregam carisma e um leve toque de “isso aqui é meio estranho… mas eu gostei”. A paleta de cores mais sombria dá aquele clima de mistério, como se algo estivesse errado o tempo todo e adivinha? Está mesmo.

Som - música que te persegue até na hora de dormir

A trilha sonora aqui é diferente de tudo. Tem músicas calmas, tensas, tristes e outras que grudam igual chiclete na sola do tênis. O tema dos três dias mudando conforme o tempo passa deixa o jogador com os nervos à flor da pele, principalmente quando falta menos de uma hora e a lua tá praticamente respirando no seu cangote.

Os efeitos sonoros continuam na linha Nintendo: simples, diretos e surpreendentemente eficazes. Nada como ouvir o UH! de Link enquanto rola um ataque ou o barulhinho metálico das máscaras entrando no lugar.

Jogabilidade - máscaras, poderes e… correria!

A grande sacada de Majora’s Mask são, claro, as máscaras. Elas dão habilidades novas e transformam o gameplay totalmente: você vira um Deku saltitante, um Goron roqueiro e até um Zora nadador profissional. É como ter três Links diferentes no mesmo cartucho!

Mas o relógio é o verdadeiro vilão do jogo. Ele corre de verdade, e você precisa planejar cada passo. Quer completar uma missão? Tem hora. Quer falar com certo personagem? Tem janela específica. Quer entrar num lugar? Só abre depois das 6h. É quase como tentar encaixar todas as tarefas do dia antes que o chefe descubra que você estendeu o almoço.

Ainda assim, tudo flui bem. E quando o tempo aperta, o jogo fica mais emocionante que final de novela.

Clássico do N64

Majora’s Mask é aquele jogo que você nunca esquece: sombrio, diferente e cheio de personalidade. Enquanto Ocarina of Time é o “épico”, Majora’s é o “cult”. É o tipo de título que você lembra anos depois e pensa: “Caramba, que viagem!”

Ele ousou mexer na fórmula Zelda, criou um sistema de tempo que ninguém esperava e entregou personagens marcantes, muitos deles com histórias tão boas que você se pega fazendo side-quests só pra ver o que acontece, mesmo que isso não dê item nenhum.

Veredito

Se você curte Zelda, jogos diferentes ou simplesmente quer reviver a sensação dos tempos do N64, Majora’s Mask é obrigatório. É estranho, é intenso, é divertido e, de quebra, tem uma lua tão feia que daria medo até no Bowser.

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