Streets of Rage (Mega Drive) – 1991 - O clássico absoluto da era 16-bits da SEGA

 

Lançado em 1991 para o Mega Drive (Genesis, nos EUA), Streets of Rage foi uma resposta direta da SEGA ao sucesso de Final Fight da Capcom, trazendo para os consoles domésticos um beat ‘em up de qualidade que marcou uma geração. Desenvolvido internamente pela SEGA, o jogo rapidamente se consolidou como um dos maiores clássicos do gênero e um símbolo da era 16-bits.

Lançamento e impacto

Streets of Rage chegou ao mercado em um momento crucial: o Mega Drive estava ganhando força na guerra contra o Super Nintendo, e a SEGA precisava de títulos fortes e exclusivos. Com sua estética urbana, jogabilidade cooperativa e trilha sonora inconfundível, o jogo se destacou rapidamente entre os lançamentos da época. Ele não apenas consolidou o gênero beat ‘em up nos consoles, como também ajudou a definir a identidade "cool" da SEGA durante os anos 90.


Gráficos: sombrios, urbanos e estilizados

Para os padrões de 1991, Streets of Rage era visualmente impressionante. Os gráficos não apostavam tanto em extravagância ou cores vibrantes, mas sim em um estilo mais sombrio e urbano, que casava perfeitamente com a ambientação da história: uma cidade dominada pelo crime, onde três ex-policiais resolvem fazer justiça com as próprias mãos. Os cenários, que incluem ruas iluminadas por neon, becos, fábricas e até bares decadentes, criam uma atmosfera única e imersiva. Os sprites dos personagens são bem animados, com boas variações de inimigos e chefes memoráveis.

Jogabilidade: simples, viciante e cooperativa

O jogo é direto ao ponto: avance lateralmente e derrote todos os inimigos pelo caminho. Mas o que faz Streets of Rage brilhar é o seu polimento. Os controles são responsivos e intuitivos, permitindo combos simples, agarrões, voadoras e ataques especiais. Há também um sistema de chamada de apoio policial, que funciona como um "super" de tela cheia. O modo cooperativo para dois jogadores é um dos maiores atrativos, e tornou-se uma marca registrada da franquia. Jogar com um amigo lado a lado era (e ainda é) pura diversão.


Trilha sonora: o brilho de Yuzo Koshiro

A trilha de SoR está disponível no streaming

Se há um elemento que eleva
Streets of Rage ao status de obra-prima, é sua trilha sonora. Composta por Yuzo Koshiro, a música do jogo é uma verdadeira revolução sonora para os consoles da época. Koshiro combinou elementos de house, techno, electro e dance music – estilos que bombavam nas pistas dos anos 90 – e conseguiu algo inédito: transformar o chip de som do Mega Drive em uma verdadeira pista de dança digital. Faixas como “Fighting in the Street” e “The Last Soul” são memoráveis até hoje, e ainda figuram em playlists de retrogamers e DJs nostálgicos. É uma trilha que não apenas embala o jogo, mas define a sua identidade.

Legado: um ícone dos 16-bits

Streets of Rage não apenas deu origem a duas sequências diretas nos anos 90, como continuou vivo na memória dos fãs por décadas. Em 2020, Streets of Rage 4 foi lançado com grande sucesso, provando que a fórmula ainda funciona e que a base de fãs continua ativa. O primeiro jogo, no entanto, permanece especial: foi ele quem estabeleceu o tom, criou os personagens marcantes como Axel, Blaze e Adam, e nos apresentou à lendária trilha de Yuzo Koshiro.

Veredito 

Com gráficos estilizados, jogabilidade precisa e uma trilha sonora revolucionária, Streets of Rage é muito mais do que um simples beat ‘em up' é uma obra-prima atemporal do Mega Drive e um dos pilares da SEGA nos anos 90. Um clássico absoluto que merece ser revisitado, controlado a controlado, soco a soco, nota a nota.


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