Double Dragon (Neo Geo - AES / MVS / CD) - 1995

Double Dragon foi lançado em 1995 pela Technos Japan exclusivamente para o sistema Neo Geo (Arcade MVS, AES e Neo Geo CD). O jogo foi baseado livremente no filme homônimo lançado no mesmo ano, o que marcou uma mudança significativa no tom e na estética da franquia, que era originalmente conhecida por seus beat ‘em ups de rolagem lateral.

Este título foi uma tentativa ousada de reinventar a série como um jogo de luta 1x1, seguindo a febre iniciada por títulos como Street Fighter II e Mortal Kombat.

Jogabilidade

A jogabilidade é estruturada no formato tradicional de jogos de luta da época: dois lutadores se enfrentam em rounds, com barra de vida, comandos especiais e super golpes. Porém, o sistema apresenta algumas características próprias:

Comandos especiais simples, geralmente com movimentos de meia-lua e botões de ataque.

Super ataques cinematográficos que lembram Fatalities ou Supers da SNK, com animações longas e efeitos dramáticos.

Ritmo de luta mais travado que o padrão Neo Geo – os controles respondem, mas a movimentação é menos fluida do que outros jogos do mesmo período.

O balanceamento entre personagens deixa a desejar: alguns são excessivamente fortes (como Abobo), enquanto outros têm dificuldade em executar ataques eficientes.

Apesar disso, o jogo traz um sistema de especial interessante, com barras que enchem com o tempo ou com dano, liberando ataques superpoderosos com alto valor visual.


Gráficos

Visualmente, Double Dragon tem um estilo bem próprio:

Os personagens são grandes, com traços inspirados nos atores do filme, resultando em um visual meio realista, meio cartunesco.

Os cenários são variados, indo de becos urbanos até áreas industriais, todos com bom nível de detalhe.

As animações são razoáveis, mas não alcançam o refinamento de outros títulos contemporâneos do Neo Geo, como The King of Fighters ou Samurai Shodown.

O jogo tem carisma visual, mas a escolha de seguir o filme ao invés dos designs clássicos dos jogos anteriores dividiu opiniões na época — e ainda divide hoje.


Som e Efeitos Sonoros

A trilha sonora de Double Dragon no Neo Geo é funcional, mas pouco marcante:

As músicas acompanham o ritmo das lutas, mas não se destacam ou criam momentos memoráveis.

Os efeitos sonoros são típicos da era, com socos, chutes e explosões de energia que cumprem seu papel sem brilhar.

Há vozes digitalizadas para falas de ataque e provocação, mas a qualidade é variável e, por vezes, soa abafada ou mal sincronizada.

Ainda assim, tudo isso contribui para um clima meio “filme B” de luta dos anos 90, que pode até agradar quem curte essa vibe nostálgica.

Conclusão

Double Dragon para Neo Geo é um experimento curioso dentro da franquia. Tentou capitalizar em cima do sucesso dos jogos de luta e do lançamento do filme, mas acabou entregando um produto com identidade confusa: nem tão bom como jogo de luta, nem fiel o suficiente aos fãs clássicos.

No entanto, como parte do catálogo Neo Geo, ele ainda tem valor como peça de época, e pode agradar fãs da franquia que estão dispostos a aceitar suas excentricidades.

Pontos Positivos:

  • Visual estiloso, com personagens carismáticos.
  • Super ataques cinematográficos e únicos.
  • Tentativa interessante de renovar a franquia.

Pontos negativos:

  • Jogabilidade travada e mal balanceada.
  • Gráficos medianos comparados ao padrão Neo Geo.
  • Trilha sonora pouco marcante.





Ninja Gaiden (NES) - 1988

Ninja Gaiden, conhecido no Japão como Ninja Ryūkenden, é um dos jogos mais emblemáticos da era 8-bit. Diferente da sua contraparte arcade, que era um beat ‘em up tradicional, a versão de NES ofereceu uma experiência single-player focada em plataforma, ação rápida e uma narrativa profunda para os padrões da época. O título conquistou notoriedade não só por sua jogabilidade inovadora, mas também por sua extrema dificuldade e uso pioneiro de cutscenes cinematográficas no console.

Jogabilidade

A jogabilidade de Ninja Gaiden é intensa e fluida. O jogador controla Ryu Hayabusa, um ninja que embarca em uma missão para vingar a morte do pai e impedir uma conspiração global envolvendo demônios e forças ocultas.


Pontos fortes da jogabilidade:

  • Controles precisos: Ryu responde rapidamente aos comandos, com saltos e ataques que exigem precisão cirúrgica. O jogador pode escalar paredes saltando de um lado ao outro, uma mecânica revolucionária para a época.
  • Ação rápida: Os níveis são desenhados para manter um ritmo acelerado. Inimigos aparecem constantemente e exigem reflexos rápidos e decisões estratégicas.
  • Armas secundárias: Além da espada principal, Ryu pode coletar armas especiais, como shurikens, bolas de fogo e uma roda giratória de energia, que consomem "magia" (ninjutsu). Isso adiciona variedade e profundidade à ação.
  • Dificuldade elevada: Famoso por sua dificuldade, o jogo exige repetição e memorização. Inimigos reaparecem rapidamente após serem derrotados, e saltos mal calculados levam a mortes instantâneas. As fases finais são especialmente punitivas, com chefes desafiadores e design cruel.

Apesar da dificuldade frustrante para muitos, ela se tornou parte da identidade do jogo — e um símbolo de prestígio para quem o termina.

Gráficos

Para um jogo de NES lançado no final dos anos 80, os gráficos são notáveis:

  • Sprites bem detalhados: Ryu e os inimigos têm animações consistentes e variadas. Chefes possuem visuais distintos e ameaçadores.
  • Cenários atmosféricos: Cada fase tem ambientações únicas — de ruas urbanas sombrias a templos antigos e laboratórios científicos. Há uma clara progressão visual conforme o jogador avança.
  • Cutscenes cinematográficas: Ninja Gaiden foi pioneiro no uso de cenas animadas entre os atos, inspiradas em animes e histórias em quadrinhos. Com arte expressiva e uso eficaz de quadros e transições, essas cenas contavam a história de forma cativante e foram consideradas revolucionárias na época.

Som e Trilha Sonora

A trilha sonora é um dos elementos mais marcantes do jogo. Com composições rápidas e carregadas de tensão, ela ajuda a manter o jogador engajado durante toda a experiência.

  • Temas inesquecíveis: Faixas como “Unbreakable Determination” e “Mysterious Destiny” são frequentemente lembradas por fãs e citadas entre as melhores trilhas do NES.
  • Atmosfera sonora: A música se ajusta bem ao ritmo de cada fase, desde momentos mais frenéticos até cenas de narrativa.
  • Efeitos sonoros eficazes: Os sons dos ataques, pulos e danos são simples, mas claros. Contribuem para a resposta tátil da jogabilidade, mesmo com as limitações do hardware.

História

A narrativa de Ninja Gaiden é outro diferencial. Ao contrário da maioria dos jogos de ação da época, ele apresenta uma trama complexa:

Ryu Hayabusa parte para os EUA após receber uma carta do pai, que desapareceu misteriosamente. Lá, ele se envolve em uma conspiração envolvendo arqueólogos, agentes secretos, antigos demônios e um ritual que ameaça a humanidade. A história é contada em capítulos, com cenas dramáticas e reviravoltas dignas de um filme B de ação e fantasia — algo raro e inovador para a geração 8-bit.

Desempenho Técnico e Replay

O jogo roda de forma sólida no NES, com poucos slowdowns mesmo em momentos de muita ação. No entanto, há alguns pontos que afetam a experiência:

  • Reaparecimento de inimigos: Um dos aspectos mais criticados. Ao sair da tela e voltar, os inimigos retornam imediatamente — algo que se torna frustrante.
  • Sistema de continues limitado: Embora o jogo permita continuar após perder todas as vidas, alguns trechos forçam o jogador a repetir grandes partes ao morrer nos chefes finais.

Mesmo assim, o fator replay é alto. Dominar o jogo se torna um desafio pessoal para muitos jogadores, e a experiência continua satisfatória após várias tentativas.

Conclusão

Ninja Gaiden para NES é um marco na história dos videogames. Com jogabilidade rápida e responsiva, gráficos impressionantes, narrativa cinematográfica e trilha sonora icônica, ele elevou o padrão dos jogos de ação nos anos 80. Sua dificuldade extrema pode ser um obstáculo, mas também é parte essencial da sua identidade e legado.

Prós:

  • Jogabilidade fluida e ágil
  • Narrativa envolvente com cutscenes
  • Trilha sonora memorável
  • Alto valor de rejogabilidade

Contras:

  • Dificuldade elevada e punitiva
  • Reaparecimento constante de inimigos
  • Chefes finais com curvas de aprendizado íngremes

Um clássico obrigatório para fãs de jogos retrô, Ninja Gaiden é tanto uma prova de habilidade quanto um ícone de design inteligente e ousado em tempos de limitações técnicas. Uma lenda do NES que continua viva na memória dos gamers.

Crazy Taxi - Android

Crazy Taxi, clássico da SEGA originalmente lançado para arcades e consoles nos anos 2000, ganhou uma versão para Android que mantém a essência frenética e divertida do jogo original. A missão continua a mesma: dirigir um táxi em alta velocidade, pegar passageiros e levá-los ao destino no menor tempo possível, desafiando leis de trânsito e a física.

Pontos Positivos

  • Jogabilidade viciante: A condução caótica e o cronômetro sempre correndo criam um ritmo acelerado e divertido.
  • Fiel ao original: A versão mobile preserva a trilha sonora com rock punk, os personagens excêntricos e o estilo arcade.
  • Controles adaptados: Os comandos na tela são responsivos, com opção de controle por toque ou inclinação.
  • Gratuito: O jogo pode ser baixado sem custo (embora com anúncios).

Pontos Negativos

  • Falta de novidades: A versão Android é quase uma cópia direta do jogo antigo, com poucos recursos extras ou atualizações significativas.
  • Publicidade intrusiva: A versão gratuita contém anúncios que podem atrapalhar a imersão, a versão sem anúncios custa R$ 9,90.

Conclusão

Crazy Taxi para Android é uma boa pedida para fãs de jogos retrô e arcade. Mesmo com gráficos antigos e algumas limitações, ainda oferece diversão rápida e nostálgica. Para quem quer matar a saudade ou conhecer um clássico da SEGA, vale a pena baixar.

Street Fighter II - The World Warrior - (SNES) -1992


Street Fighter II - The World Warrior, foi lançado para o SNES em 1992, sendo um dos jogos mais vendidos para o console, a versão para o SNES é muito bem convertida e possui tjodos os elementos do jogo original, sendo um dos primeiros consoles de mesa a receber o jogo de luta.


O jogo em si, dispensa apresentações hoje em dia, mas em 1992, quando esse jogo foi lançado para o SNES, ter um jogo de fliperama com a qualidade de SFII em casa, era uma coisa completamente nova, lembrando que existiam conversões de fliperama para as plataformas de 8 e 16 bits, mas a maioria delas envolvia perdas ou adaptações, sendo que as máquinas de fliperama da época possuíam uma potência muito superior aos consoles de Mesa de 8 e 16 bits daquela época.



Isso tudo leva a considerar a conversão da versão do SNES, estando muito perto da perfeição, e não é por menos que foi um dos 10 jogos mais vendidos do SNES.

Gráficos

Os gráficos, mesmo apresentando uma resolução menor e com menos detalhes de animação, se apresentam muito fiel ao original de Arcade, a paleta de cores é muito bem acertada.


A animação dos cenários tem uma variação, sendo alguns quase estáticos e outros que possui todas as animações da versão arcade.
Alguns cenários perderam o Paralax e outros foram mantidos com adição de movimento no fundo.

Som e efeitos Sonoros

Bem fiel a versão original, teve que ser reprogramada para se encaixar no SNES, o resultado é muito bom em comparação com o Arcade, mas algumas músicas mostram certa diferença entre as batidas, mas em resumo geral, estão perfeitas.


Mantendo uma música tema para cada personagem.
Quanto aos efeitos sonoros, estão quase todos nesta conversão caseira, além do conjunto, SFII cativa principalmente por ser bem sonoro, sendo pelas músicas e o lutador soltando golpes especiais, com certeza este ponto potencializa a experiência de jogo.

Jogabilidade

Aqui está o ponto forte do jogo, muito refinado ágil, sendo um dos primeiros jogos a dar possibilidade de emendar golpes especiais com golpes comuns (combos), SFII se mostra um jogo que necessita de estratégia nas lutas, mas não é aquele bicho de 7 cabeças para aprender a jogar.
O jogo se mostra muito divertido justamente porque convida tanto o jogador experiente como o jogador novato a jogar com igualdade de condições de vitória.


Talvez a única queixa que tenho em relação a este quesito, também é apresentada na versão original, que são os problemas relacionados ao balanceamento, os lutadores  não são tão balanceados entre si, Ken e Ryu por exemplo possui o mesmo balanceamento, mas os outros lutadores são bem diferentes, com características bem distintas de luta, isso afeta também o balanceamento, onde um combo de um personagem pode tirar mais energia do que combos de outros personagens., um outro ponto, são as quantidades de golpes inferidos para “tontear” o inimigo, isso pode levar o oponente a ficar sem possibilidade de reação.



Quanto ao manuseio do Joystick convencional do SNES exige um certo treino, principalmente se você não está habituado com os botões de ombro, principalmente para acionar golpes com o botão de ombro esquerdo.
A experiência de SFII fica potencializada com o uso do joystick Arcade, sendo que a Capcom produziu uma versão desse controle.

Veredito

Street Fighter II WW, é um jogo obrigatório para o SNES, sendo um dos jogos mais vendidos da plataforma, sendo um dos melhores jogos de luta do console, sendo superado apenas pelos seus sucessores ( Hyper Fighting e Super).


Capitain Commando - (Snes) - 1995



Lançado em 1995 para o Super Nintendo, Captain Commando é uma adaptação do clássico beat ‘em up dos arcades da Capcom. Em um futuro caótico do ano 2026, você controla um dos quatro integrantes do "Commando Team" para limpar Metro City do crime, enfrentando mutantes, ninjas, e outras bizarrices tecnológicas. Mas será que essa versão doméstica faz jus ao arcade?

Gráficos

Visualmente, o jogo entrega um resultado competente, mas aquém da versão original. Os cenários futuristas e personagens excêntricos estão presentes, mas os sprites são menores e menos detalhados. Animações foram cortadas, e efeitos visuais reduzidos para acomodar as limitações do SNES.

Ainda assim, o jogo mantém sua identidade visual com estilo cyberpunk colorido e personagens carismáticos, como o múmia ninja Ginzu ou o bebê em armadura Mecha.

Som

A trilha sonora mantém a essência do arcade, com músicas aceleradas que combinam com a pancadaria. Contudo, a compressão sonora do SNES é notável: os efeitos são mais simples, e as vozes digitalizadas, quase ausentes.

Mesmo assim, as faixas continuam memoráveis e funcionam bem dentro do contexto do console.

Jogabilidade

A jogabilidade permanece sólida. Os comandos respondem bem, os personagens possuem estilos de luta únicos, e os golpes especiais ajudam a variar o combate. A mecânica de agarrões e movimentos em grupo ainda funciona bem, mesmo com algumas limitações de animação.

A maior perda está no modo multiplayer, que foi reduzido de quatro para dois jogadores. Além disso, há menos inimigos na tela simultaneamente, e o ritmo é um pouco mais lento.

Fidelidade ao Arcade

Embora perca em conteúdo e performance, o SNES conseguiu manter o "coração" do jogo. A transição dos fliperamas para o console exigiu cortes, mas o espírito do jogo permanece intacto e a diversão arcade com estilo e exagero.

Veredito 

Captain Commando no Super Nintendo é uma adaptação digna, embora limitada. Ele não alcança o impacto visual e sonoro do arcade, mas entrega uma experiência divertida e acessível para os fãs do gênero. Não é a versão definitiva, mas é uma boa dose de pancadaria nostálgica para dois jogadores

Air Busters / Aero Blasters - Mega Drive

Air Busters, também conhecido como Aero Blasters, é um jogo de tiro horizontal (shoot 'em up) originalmente lançado pela Kaneko e Namco nos fliperamas em 1990, e posteriormente portado para consoles como o PC Engine e o Mega Drive. Esta análise se concentra especificamente na versão do Mega Drive, que foi lançada com algumas diferenças em relação à arcade e outras plataformas.

Gráficos

Para os padrões do Mega Drive, os gráficos de Air Busters são bastante impressionantes. Os sprites dos aviões são bem definidos e possuem um bom nível de detalhe, com efeitos de propulsão e tiros bem animados. Os inimigos são variados, e os chefes, em particular, se destacam pelo tamanho e criatividade no design.


Os cenários têm uma boa variação temática, passando por cidades futuristas, instalações industriais, bases inimigas e até ambientes espaciais. O parallax scrolling (movimento de múltiplas camadas de fundo) é bem utilizado para criar uma boa sensação de profundidade, algo que o Mega Drive faz com competência quando bem aproveitado.

Entretanto, comparado à versão de arcade, a paleta de cores do Mega Drive é ligeiramente mais limitada, e há menos efeitos visuais como explosões elaboradas ou transparências. Ainda assim, para um console de 16 bits, o resultado é bastante positivo.

Som e Efeitos Sonoros

A trilha sonora de Air Busters é enérgica e se encaixa perfeitamente com o ritmo acelerado do jogo. As músicas são compostas com aquele estilo eletrônico típico dos anos 90, com batidas rápidas e melodias marcantes que ajudam a manter a adrenalina em alta durante as fases.

Os efeitos sonoros são bons, mas não se destacam tanto quanto a trilha musical. Tiros, explosões e sons de coleta de power-ups são funcionais e satisfatórios, mas um pouco repetitivos e sem grande impacto sonoro.

Jogabilidade

Air Busters brilha na jogabilidade. A resposta dos controles é precisa, e o jogo é rápido e fluido, o que é essencial em um shoot in up. Há uma boa variedade de power-ups que mudam o tipo de tiro, permitindo ao jogador adaptar a estratégia ao tipo de inimigo ou fase.

O jogo pode ser jogado em modo cooperativo para dois jogadores, o que aumenta significativamente o fator diversão e rejogabilidade. A dificuldade é equilibrada, desafiadora, mas não frustrante, especialmente nos estágios iniciais. No entanto, como é comum no gênero, as fases finais se tornam bem exigentes, exigindo memorização de padrões e reflexos rápidos.

A progressão é bem estruturada, com fases que vão aumentando a complexidade de forma justa, e os chefes apresentam mecânicas variadas, o que impede que o jogo se torne monótono.

Conclusão

Air Busters é um excelente shoot 'em up para o Mega Drive, e apesar de algumas limitações gráficas e sonoras em relação à versão arcade, o título entrega uma experiência sólida e divertida. Com gráficos competentes, trilha sonora empolgante e jogabilidade precisa, é um título obrigatório para fãs do gênero.

Se você gosta de jogos como Thunder Force, R-Type ou Gradius, Air Busters merece um lugar na sua lista.

R-type Delta - Playstation



R-Type Delta (PSX) -1999 

Lançado em 1999 exclusivamente para o PlayStation, R-Type Delta marcou um novo capítulo na consagrada franquia de jogos de tiro side-scrolling da Irem. Conhecida por sua jogabilidade estratégica e dificuldade desafiadora, a série deu um passo importante rumo à modernidade com Delta, que trouxe inovações significativas em gráficos, mecânicas e design sonoro — tudo isso mantendo a essência que conquistou os fãs nos anos 80.


Recepção na Época

Na época de seu lançamento, R-Type Delta foi amplamente elogiado pela crítica e pelos jogadores. A recepção foi positiva tanto por parte dos veteranos da franquia quanto dos novatos, graças ao equilíbrio entre nostalgia e inovação. As análises destacaram o visual impressionante e a complexidade da jogabilidade, embora alguns tenham considerado sua dificuldade como um fator limitante para jogadores casuais.


Publicações como a GameSpot e a IGN deram notas altas, ressaltando o jogo como um dos melhores shooters disponíveis para o PlayStation, especialmente em uma era em que o gênero estava perdendo espaço para títulos 3D mais populares.


Gráficos

R-Type Delta foi o primeiro da série a adotar gráficos totalmente em 3D, mas mantendo a jogabilidade clássica em 2D — o que se convencionou chamar de “2.5D”. Essa transição visual foi um dos maiores atrativos do jogo. Os modelos tridimensionais das naves e inimigos, combinados com cenários detalhados e efeitos de iluminação bem elaborados, deram nova vida à série.

As animações suaves e as mudanças dinâmicas nos cenários (como estruturas colapsando ou inimigos saindo do fundo da tela) aumentaram o senso de imersão, sem comprometer a clareza essencial para um shooter de precisão.


Jogabilidade

A essência estratégica da série R-Type permaneceu firme. Delta introduziu quatro naves jogáveis, cada uma com armas e "Forces" (os módulos de apoio) únicos, o que adicionou profundidade e fator replay significativo. A jogabilidade, como sempre, exigia memorização de padrões e posicionamento preciso — não era um jogo para os impacientes.

Um dos maiores destaques foi o “Delta Weapon System”, uma nova barra de energia que, quando carregada, liberava ataques especiais devastadores. Isso acrescentou uma camada tática ao jogo, exigindo que o jogador equilibrasse risco e recompensa para maximizar seu uso.


Som

A trilha sonora de R-Type Delta apresentou uma mistura atmosférica de música eletrônica e industrial, casando perfeitamente com o clima futurista e sombrio do jogo. Diferente de trilhas sonoras mais melódicas de jogos anteriores, Delta focou em criar tensão constante, o que intensificava o senso de urgência e perigo.

Os efeitos sonoros também foram elogiados, com disparos, explosões e alarmes bem definidos, ajudando na leitura do campo de batalha e reforçando a ambientação sci-fi.

Veredito

R-Type Delta foi uma evolução natural e ousada para a franquia. Ao adotar gráficos 3D e aprofundar as opções de jogabilidade sem sacrificar o DNA original da série, o jogo se destacou como um dos melhores shooters do seu tempo. Apesar de sua dificuldade elevada, é considerado até hoje uma joia cult do gênero shoot 'em up e um exemplo de como revitalizar uma franquia clássica com respeito e inovação.

Recomendamos a jogatina, é um clássico moderno do shmup que merece ser redescoberto.


Gradius - Arcade

Gradius é um jogo de tiro lateral desenvolvido e publicado pela Konami. O primeiro jogo da série Gradius, foi originalmente lançado como um jogo de arcade operado por moedas em 1985. O jogador manobra uma nave espacial conhecida como Vic Viper que deve se defender de vários inimigos alienígenas. O jogo usa um sistema de power-up chamado "medidor de energia", baseado na coleta de cápsulas para comprar armas adicionais.

A versão arcade de Gradius foi inicialmente lançada internacionalmente fora do Japão sob o título de Nemesis, mas os lançamentos caseiros subsequentes usaram o título original. Versões caseiras foram lançadas para várias plataformas, como o NES, o computador doméstico MSX e o PC Engine.


Gradius foi aclamado pela crítica por sua jogabilidade e sistema de power-up exclusivo. Junto com o Xevious da Namco, é citado como um dos jogos de tiro mais importantes, tendo pavimentado o caminho para muitos jogos semelhantes a seguir.

Gameplay:

O jogador controla a espaçonave transdimensional Vic Viper e deve lutar contra ondas de inimigos em vários ambientes. O jogo tornou-se sinônimo da frase, "Destrua o núcleo!", Já que o padrão das batalhas contra chefes na série Gradius envolvia o combate com uma nave gigante, no centro da qual estaria situada uma a várias esferas de cor azul. Essas saliências seriam projetadas de forma que houvesse uma passagem direta do exterior da nave gigante que levasse diretamente a um desses núcleos. O jogador deve disparar tiros nesta passagem, evitando padrões de ataque de posições de armas no corpo do chefe. No entanto, paredes pequenas, mas destrutíveis, estão situadas nesta passagem, impedindo que os tiros de bala danifiquem o núcleo, e devem ser cortadas por tiros repetidos bem posicionados. De certa forma, essas paredes minúsculas representam o medidor de proteção do chefe até que seu núcleo esteja finalmente vulnerável a ataques. Alguns chefes podem regenerar essas paredes. Quando o núcleo recebe golpes suficientes, geralmente muda de cor de azul para vermelho, indicando que está em estado crítico e que sua destruição é iminente. Após a destruição de um núcleo, um pedaço do chefe pode ser colocado fora de serviço, visto que não é mais alimentado por um núcleo, ou se todos os núcleos forem destruídos, o chefe inteiro é derrotado e explode de forma satisfatória. Observe que esses núcleos não estão presentes nas saliências mais orgânicas do Gradius. Esses chefes têm pontos fracos em lugares como a boca, a cabeça ou os olhos.


Quando o jogo começa, o Vic Viper é relativamente lento e tem apenas uma arma fraca. Este nível de capacidade geralmente é insuficiente para enfrentar os inimigos, mas o Vic Viper pode ganhar mais recursos ao coletar e usar itens de power-up. Enquanto a maioria dos jogos de arcade utiliza itens de aumento de energia distintos, cada um correspondendo a um efeito específico no personagem do jogador, Gradius tem um único item de aumento de energia. O efeito deste item de inicialização é avançar o item atualmente selecionado em um menu de inicialização que aparece na parte inferior da tela. Quando o power-up desejado é realçado, o player pode obtê-lo pressionando o botão power-up, retornando o menu ao seu estado inicial no qual nenhum power-up está realçado.


Pulstar - Neo Geo (MVS/AES/CD)





Pulstar é um jogo arcade de tiro lateral de 1995 publicado pela SNK. Os jogadores controlam uma nave estelar em sua missão de erradicar o Sistema Solar de uma raça hostil de alienígenas que ameaçam a humanidade. Sua jogabilidade foi comparada à série R-Type por sua premissa e mecânica semelhantes, os jogadores devem completar cada uma das oito fases do jogo destruindo formações de inimigos em constante movimento e evitando seus projéteis. Existem power-ups que podem ser coletados que fornecem habilidades adicionais para o jogador. Ele roda na placa de sistema de arcade Neo Geo MVS.

Desenvolvido pela Aicom, Pulstar é o primeiro jogo Neo Geo a incorporar visuais 3D pré-renderizados. Sua música foi composta por Harumi Fujita e Yasuaki Fujita, os quais trabalharam anteriormente para a Capcom na série Ghosts'n Goblins


Pulstar foi portado e relançado várias vezes, vendo conversões para sistemas como o Neo Geo CD e lojas digitais como o Wii Virtual Console. O jogo e seus relançamentos receberam críticas mistas, que considerou sua jogabilidade e gráficos bons, mas sua dificuldade era muito alta e faltou originalidade. Uma sequência chamada Blazing Star foi lançada em 1998, com várias naves e mudanças de gameplay.



Pulstar ficou conhecido sob o codinome de Project Dino durante o desenvolvimento e foi projetado para ser tecnologicamente impressionante para o período. É um dos jogos de Neo-Geo a incorporar gráficos 3D pré-renderizados, que são modelos 3D convertidos em imagens 2D para criar a ilusão de um ambiente 3D. 



Uma versão do Pulstar foi lançada para o sistema Neo Geo AES em setembro, seguido por um lançamento doméstico para o Neo Geo CD em outubro.  Na França, a versão AES foi distribuída pela Guillemot International.  A versão do Neo Geo CD adiciona uma trilha sonora de alta qualidade e cenas entre os estágios. Em 2012, Pulstar foi relançado digitalmente para o serviço japonês Wii Virtual Console, cortesia da D4 Enterprise. Pulstar está incluído no Neo Geo 25th Anniversary Humble Bundle, lançado em 2015. A Hamster Corporation relançou o Pulstar para Xbox One, PlayStation 4 e Nintendo Switch em 2017 sob sua série Arcade Archives (ACA Neo-Geo).

Continuidade:

Uma sequência chamada Blazing Star foi lançada pela SNK em 1998. Blazing Star apresenta várias adições à jogabilidade de seu antecessor, como uma ampla seleção de naves jogáveis e novos tipos de power-up. Foi desenvolvido por Aicom, que mudou seu nome para Yumekobo durante a produção. A equipe de desenvolvimento percebeu o estigma contra Pulstar nos fliperamas por sua alta dificuldade, e queria que Blazing Star tivesse sua própria identidade e melhorasse as falhas do original. Após o lançamento, Blazing Star recebeu análises muito melhores por seus gráficos, jogabilidade e equilíbrio de dificuldade,  e foi descrito como sendo táparte dos esforços da SNK em manter vivos gêneros de jogos mais antigos. 


Blazing Star

Veredito

Pulstar é um bom jogo, onde a principal referência e inspiração foi em R-Type, o jogo nesse sentido se mostra pouco original, mesmo com um level design desafiador, o jogo é difícil, e leva a repetir várias vezes até decorar os padrões, recomendamos para os fãs do gênero, mas o seu sucessor, Blazing Star, se mostra um jogo muito mais original , completo, e equilibrado.

Jogue também:

Blazing Star: Neo-Geo AES/MVS - Android / IOS - Steam  - Amazon Gaming 

R-Type

Aero Blasters / Air Buster

Gradius

Salamander

Last Resort

Soldner-X2


Referências:

Wikipedia: 


F-1 Sensation - NES - 1993



F-1 Sensation
Gênero - Corrida
Lançamento: 1993

Lançado em 1993 pela Konami, F-1 Sentation é um jogo de corrida ambientado na F-1, sendo licenciado pela FIA, o jogo apresenta as pistas, equipes e pilotos da temporada de 1992.


Modos de jogo e jogabilidade

O jogo possui os modos clássicos que jogos de corrida do gênero tem para os 8 e 16 bits, tendo um modo de Free Run para voltas livres, Race, para uma corrida única é o championship, que é o modo campeonato.



No campeonato temos os modos que simulam um Final de semana de corrida, o modo Pratice, para praticar a pista e fazer os primeiros acertos no carro, Qualify, que é a Classificação para definir o grid de largada, e Race, que e a corrida de Domingo.


Quanto a jogabilidade, o jogo te oferece alguns acertos que mudam o comportamento do carro, você  pode alterar, o motor, o câmbio, pneus e aerodinâmica, tudo muito simples e com muitas variações, oferecendo possibilidades de estratégia, o comportamento do carro também muda com o passar da corrida, com desgastes de pneus ou se bouver algum dano no carro, por isso  escolher o seu composto de pneu e definir as paradas são fundamentais.



Em pista, os controles são ágeis e mostram que não se deve pisar com o pé embaixo o tempo todo, mostrando que a pista possui pontos de frenagem, simulando muito bem o comportamento do carro, que pode variar de velocidade e aderência, dependendo do acerto escolhido.

Também temos variação de tempo, que pode ser de tempo seco ou chuva, onde a escolha de pneus e acerto do carro são fundamentais para a vitória.


Gráficos 

Os gráficos de F-1 Sensation são muito bons para o aparelho de 8 bits da Nintendo, apresentando elementos que tem relação com a F-1 e as pistas selecionadas para correr, muitos desses elementos são comuns em jogos da geração 16-bit, isso é justificável pelo fato que 1993, foi um dos últimos anos de novos lançamentos para o NES, onde os desenvolvedores extraiam o máximo do Hardware do console.


O único ponto negativo nesse quesito, é que podemos enfrentar problemas com Flickering e slowdowns, quando temos muitos carros em tela, com muita piscadeira e lentidão, mas nada que interfira na diversão do jogo em si.


Som

Os efeitos sonoros e músicas seguem o mesmo padrão dos jogos já lançados para o NES, as músicas são empolgantes e muito bem programadas, desde a tela de abertura, como as músicas de corrida e encerramento.



Veredito

F-1 Sensation, é uma das melhores experiências que você pode ter com um jogo de F-1 no NES, sendo comparado com jogos como Ferrari Grand Prix Challenge,  e jogos de corrida em geral, como Rad Race.

Recomendamos para quem é fã de Fórmula 1 e quer um desafio na medida para o NES.


Ver mais

Rad Race - NES

Ferrari Grand Prix Challenge - NES