Aero Fighters 2 (Neo Geo)

Lançado em 1994 para o lendário Neo Geo, Aero Fighters 2 (também conhecido como Sonic Wings 2) é um dos shooters verticais mais carismáticos e divertidos do gênero. Desenvolvido pela Video System, o jogo é uma continuação direta do primeiro título lançado nos arcades e consolida-se como uma das experiências mais marcantes do estilo shoot’em up dos anos 90.

Gráficos

Os gráficos de Aero Fighters 2 mostram toda a capacidade do hardware do Neo Geo. Os cenários são variados e detalhados, levando o jogador por diferentes partes do mundo, de cidades modernas a áreas militares e bases secretas. As explosões são vibrantes, as naves possuem sprites bem desenhados e cada chefe de fase impressiona pelo tamanho e pelo design criativo. Apesar de não abusar de efeitos visuais exagerados, o jogo mantém um ritmo fluido e um estilo visual limpo que facilita a leitura da ação, algo essencial em um shooter vertical.

Som

A trilha sonora de Aero Fighters 2 acompanha perfeitamente o ritmo frenético do jogo. As músicas são energéticas e variam conforme o país e a fase, reforçando a ambientação de cada cenário. Os efeitos sonoros também se destacam tiros, explosões e vozes digitalizadas ajudam a manter a imersão e dão uma sensação de impacto constante. É um ótimo exemplo de como o áudio do Neo Geo era capaz de oferecer qualidade de arcade dentro de casa.

Jogabilidade

Aero Fighters 2 mantém a fórmula clássica de shoot’em up, mas com uma dose de personalidade. Cada personagem representa um país e pilota uma aeronave com armas e ataques especiais únicos, o que incentiva o jogador a experimentar diferentes combinações. A resposta dos controles é precisa, e o desafio é equilibrado, acessível para iniciantes, mas intenso o suficiente para os veteranos do gênero. O modo cooperativo para dois jogadores é um dos grandes atrativos, tornando as partidas ainda mais dinâmicas e caóticas.

Veredito 

Com gráficos carismáticos, trilha sonora marcante e jogabilidade sólida, Aero Fighters 2 é um dos grandes representantes do gênero no Neo Geo. Ele equilibra ação, desafio e humor na medida certa, entregando uma experiência arcade autêntica e divertida até hoje. Um clássico indispensável para fãs de jogos de nave e um exemplo de como o Neo Geo sabia brilhar em qualquer gênero.

Metal Gear Solid (MSX): A Origem da Infiltração Tática

Lançado originalmente para o MSX2 em 1987, Metal Gear (não confundir com o posterior Metal Gear Solid do PlayStation) é uma das joias mais importantes da história dos videogames. Criado por Hideo Kojima, ainda no início de sua carreira na Konami, o jogo apresentou um conceito totalmente novo para a época, a ação furtiva. Em vez de encorajar o jogador a eliminar todos os inimigos, o objetivo era evitar o confronto direto, utilizando inteligência, paciência e estratégia para cumprir as missões.

Uma Revolução na Jogabilidade

Naquele tempo, a maioria dos jogos de ação focava em tiros e destruição, mas Metal Gear mudou essa lógica. No papel do agente Solid Snake, o jogador é enviado para infiltrar-se em uma base inimiga e destruir uma arma nuclear conhecida como “Metal Gear”. A missão exige explorar ambientes, encontrar itens e, principalmente, passar despercebido pelos guardas. Esse conceito de “stealth action” foi pioneiro e acabou moldando não apenas o futuro da franquia, mas também todo um gênero de jogos que viriam depois.

Gráficos

Para o hardware do MSX2, Metal Gear impressionava. Os cenários eram bem detalhados, com ambientes que simulavam diferentes áreas da base inimiga, como armazéns, laboratórios e salas de controle. A perspectiva superior (top-down) era clara e funcional, permitindo boa visualização dos inimigos e dos objetos no mapa. Apesar das limitações técnicas, o design ajudava a criar uma atmosfera de tensão e imersão.

Som

A trilha sonora e os efeitos de som cumprem bem o papel de reforçar o clima de espionagem. As músicas são discretas, mas eficazes em criar suspense, enquanto os sons de passos e alarmes alertando a presença do jogador aumentam a sensação de perigo iminente. Para um jogo de 1987, o uso do áudio como ferramenta de imersão foi notável.

Jogabilidade

A jogabilidade, embora simples nos comandos, era profundamente estratégica. Cada passo precisava ser pensado: entrar em combate direto muitas vezes significava o fracasso da missão. A variedade de itens, como cartões de acesso, explosivos e disfarces, dava ao jogador múltiplas opções para abordar cada situação. Essa liberdade de escolha era rara para a época, e mostrava o talento de Kojima em criar sistemas complexos dentro de limitações técnicas.

Veredito 

Metal Gear para MSX não é apenas um jogo antigo; é uma peça fundamental na história dos videogames. Foi aqui que nasceu o conceito de espionagem tática que definiria toda a franquia e influenciaria gerações de desenvolvedores. Mesmo com gráficos simples e controles datados, o título permanece uma pérola de design e inovação, além de marcar o início da brilhante carreira de Hideo Kojima.

Para quem aprecia a história dos games, revisitar Metal Gear é entender onde começou a revolução da jogabilidade furtiva, e como uma ideia ousada no MSX moldou o futuro da indústria.

Castlevania (Sharp X68000)

Lançado em 1993 para o computador japonês Sharp X68000, Castlevania é uma das versões mais impressionantes e desafiadoras da clássica série da Konami. Conhecido também como uma reinterpretação do jogo original de NES, este título aproveitou o poder do hardware do X68000 para entregar uma das experiências mais ricas e técnicas da época, tanto visual quanto sonoramente.

Gráficos

Os gráficos de Castlevania no Sharp X68000 são um verdadeiro salto em relação às versões anteriores. Os sprites são grandes, detalhados e bem animados, enquanto os cenários exibem uma profundidade e riqueza de cores impressionantes para o sistema. A iluminação e os efeitos de transparência, como neblina e reflexos, mostram o poder do hardware e dão uma atmosfera gótica mais viva ao castelo de Drácula. Cada fase é visualmente distinta, com detalhes que reforçam o clima sombrio e elegante da série.

Som

O áudio é outro ponto de destaque. O X68000 possui um poderoso chip de som, e a Konami soube aproveitá-lo ao máximo. As trilhas clássicas da série, como Vampire Killer e Bloody Tears, aparecem em versões mais complexas e cheias de camadas, com timbres que lembram sintetizadores de alta qualidade. Os efeitos sonoros, como o estalo do chicote e o rugido dos inimigos, são nítidos e impactantes, contribuindo para a imersão.

Jogabilidade

A jogabilidade mantém a essência dos Castlevania clássicos: ação e plataforma com uma dificuldade elevada. O controle é preciso, embora rígido, exigindo domínio do tempo de salto e ataque, um traço característico da série. O jogo introduz novas fases, chefes e pequenos ajustes no design, tornando-o uma experiência familiar, mas renovada. A curva de aprendizado é íngreme, e a progressão depende tanto da habilidade quanto da memorização dos padrões inimigos.

Veredito 

Castlevania no Sharp X68000 é uma das versões mais completas e desafiadoras do jogo original. Com gráficos refinados, trilhas sonoras de alta qualidade e uma jogabilidade fiel às raízes da série, ele é um verdadeiro tesouro para os fãs da franquia. Essa versão, mais tarde relançada como Castlevania Chronicles no PlayStation, mostra o cuidado da Konami em manter viva a essência gótica e intensa que consagrou a saga de Drácula.

Giga Wing Generations (PS2)

Lançado para o PlayStation 2, Giga Wing Generations é um título que continua o legado da série Giga Wing, conhecida entre os fãs de jogos de tiro vertical (shoot ’em up) por sua intensidade visual e pela mecânica de refletir tiros inimigos. Desenvolvido pela Takumi, o mesmo estúdio por trás dos títulos anteriores, o jogo mantém a tradição dos chamados “bullet hell shooters”, onde a tela se transforma em um verdadeiro mar de projéteis coloridos exigindo reflexos rápidos e precisão milimétrica.

Gráficos

Visualmente, Giga Wing Generations impressiona pelo volume absurdo de elementos na tela. São dezenas de inimigos e milhares de balas em movimento simultâneo, criando um espetáculo visual intenso. Os efeitos de explosão, luz e energia são vibrantes, com uso eficiente de cores e transparências. Apesar de o PlayStation 2 não ter o mesmo poder gráfico de sistemas mais modernos, o jogo consegue manter uma boa taxa de quadros, mesmo nas situações mais caóticas. O design das naves e chefes é detalhado e carismático, mantendo o estilo característico da série.

Som

A trilha sonora segue o ritmo frenético da ação, com composições eletrônicas e temas que aumentam a adrenalina durante as batalhas. Os efeitos sonoros são potentes, destacando tiros, explosões e o característico som da mecânica de “reflect force”, a habilidade que devolve os projéteis inimigos, marca registrada da série. O conjunto sonoro é funcional e envolvente, contribuindo para a imersão e o clima de urgência constante.

Jogabilidade

A jogabilidade é o grande destaque. Giga Wing Generations mantém o estilo clássico de shoot ’em up vertical, mas com a intensidade típica dos títulos bullet hell. O sistema de Reflect Force continua central, permitindo ao jogador rebater os tiros inimigos em momentos estratégicos, o que não só protege a nave, mas também gera ataques devastadores. O controle é preciso, e cada nave possui características e estilos de ataque distintos, incentivando a rejogabilidade.
O jogo é desafiador,  cada fase exige memorização de padrões e domínio total da mecânica de reflexão. O modo cooperativo é outro atrativo, permitindo que dois jogadores enfrentem o caos juntos, tornando a experiência ainda mais divertida.

Veredito 

Giga Wing Generations é um excelente representante do gênero bullet hell, oferecendo uma experiência intensa e visualmente impressionante. Pode parecer caótico à primeira vista, mas sua jogabilidade precisa e bem equilibrada conquista qualquer fã de shoot ’em ups. No PlayStation 2, ele se destaca como um dos títulos mais desafiadores e espetaculares do gênero, uma verdadeira celebração da habilidade e dos reflexos rápidos.

Super Mario Bros (NES)

Lançado em 1985 para o Nintendo Entertainment System (NES), Super Mario Bros é um dos títulos mais influentes da história dos videogames. Criado por Shigeru Miyamoto e Takashi Tezuka, o jogo não apenas consolidou o gênero de plataforma, como também ajudou a revitalizar a indústria de jogos após o colapso de 1983. Seu impacto é tão grande que até hoje suas bases continuam sendo referência para o design de jogos modernos.

Gráficos

Para a época, os gráficos de Super Mario Bros eram coloridos, limpos e muito bem definidos. Cada elemento visual, dos blocos flutuantes aos inimigos carismáticos como Goombas e Koopas, era facilmente reconhecível e contribuía para o charme do jogo. O uso de cores vibrantes e cenários distintos entre os mundos criava uma sensação de progressão e variedade rara nos jogos da década de 80.

Som

A trilha sonora, composta por Koji Kondo, é simplesmente icônica. O tema principal do jogo se tornou uma das músicas mais conhecidas de toda a cultura pop. Cada melodia foi cuidadosamente pensada para se adequar ao ritmo das fases e transmitir o espírito alegre e aventureiro da jornada de Mario. Os efeitos sonoros, como o som de pegar moedas ou o salto sobre um inimigo  também são inconfundíveis e permanecem na memória de gerações de jogadores.

Jogabilidade

Super Mario Bros apresentou uma jogabilidade fluida e precisa, um grande avanço técnico na época. O controle de Mario era intuitivo, permitindo ao jogador dominar pulos, corridas e interações com o ambiente com facilidade. A curva de aprendizado era natural: o jogo ensinava suas mecânicas de forma orgânica, sem tutoriais, apenas através do próprio design de fases, algo considerado revolucionário até hoje.

Importância e Legado

Mais do que um sucesso comercial, Super Mario Bros se tornou o marco que definiu o gênero de plataforma. Ele introduziu conceitos fundamentais, como progressão de fases, power-ups e física de movimento refinada. Seu sucesso estabeleceu a Nintendo como líder no mercado e transformou Mario em um dos personagens mais reconhecidos do mundo.

O legado do jogo é imenso: serviu de base para incontáveis títulos posteriores, inspirou diversas gerações de desenvolvedores e deu origem a uma das franquias mais bem-sucedidas da história. Mesmo após décadas, Super Mario Bros continua sendo jogado, estudado e celebrado, é uma verdadeira aula de design e diversão atemporal.

Veredito 

Super Mario Bros é mais do que um jogo clássico, é o alicerce de toda uma era dos videogames. Seus gráficos encantadores, trilha inesquecível e jogabilidade exemplar criaram um padrão de qualidade que muitos ainda buscam alcançar. Um verdadeiro ícone que, quase 40 anos depois, continua saltando alto na história dos games.

Alien 3 – Mega Drive: Ação Direta com Missão de Resgate

Diferente de outras versões, Alien 3 para Mega Drive concentra-se em uma experiência mais direta e arcade, colocando o jogador no papel de Ellen Ripley em missões de resgate dentro da prisão infestada de xenomorfos. O objetivo não é apenas enfrentar inimigos, mas salvar os prisioneiros antes que seja tarde demais, tornando cada nível uma corrida contra o tempo.

Gráficos

Os cenários mantêm a atmosfera sombria do filme, com áreas industriais e celas detalhadas o suficiente para identificar os prisioneiros e os aliens. A animação dos inimigos é fluida, e Ripley responde bem aos controles, essencial para completar as missões de resgate com precisão.

Som

A trilha sonora combina tensão e ação, com efeitos sonoros impactantes para tiros, portas e rosnados dos xenomorfos. Mesmo com o hardware do Mega Drive, o som contribui para a sensação de perigo constante durante as missões.

Jogabilidade

O jogo se destaca pelo ritmo acelerado e foco em salvar pessoas. Cada fase exige localizar e resgatar prisioneiros enquanto enfrenta hordas de aliens, equilibrando ação e estratégia em tempo real. Os controles responsivos ajudam a esquivar, atacar e proteger os resgatados, mantendo a tensão típica de um arcade.

Veredito 

Alien 3 no Mega Drive é uma experiência arcade intensa com foco em resgate, oferecendo ação constante e desafios estratégicos para salvar prisioneiros. É ideal para quem procura ritmo rápido e tensão em cada nível, mantendo a essência do universo Alien.

ROC F1 (SNES)

Quando falamos de jogos de corrida clássicos, ROC F1 (Exaust Heat no Japão e Europa), se destaca por trazer a emoção da Fórmula 1 de forma simples, porém divertida. O título combina velocidade, estratégia nas curvas e aquele desafio que só os jogos retrô conseguem proporcionar.

Gráficos

Um dos pontos mais interessantes de ROC F1 é o uso do Mode7, tecnologia que cria a sensação de 3D a partir de planos bidimensionais. As pistas parecem se mover sob o carro, proporcionando uma perspectiva dinâmica que aumenta a imersão e torna cada curva mais desafiadora. Embora os carros e cenários não sejam extremamente detalhados, o efeito visual é eficiente e muito característico da época.

Som

O áudio do jogo ajuda a manter a adrenalina nas corridas. O ronco dos motores varia conforme a velocidade, e as colisões produzem efeitos satisfatórios que reforçam a sensação de velocidade e tensão. A trilha sonora é discreta, mas cumpre bem o papel de acompanhar o ritmo das corridas sem atrapalhar a concentração.

Jogabilidade

A jogabilidade de ROC F1 é simples, mas precisa. Mesmo sofrendo com um slowdwon momentâneo, o controle responde bem aos movimentos, e dominar as curvas é essencial para manter vantagem sobre os oponentes. A combinação de aceleração, frenagem e posicionamento nas curvas garante corridas empolgantes e cheias de desafio.

Fator Replay

O jogo mantém o interesse do jogador com corridas desafiadoras que exigem aperfeiçoamento constante. Cada pista apresenta obstáculos e curvas que testam suas habilidades, tornando o fator replay natural: o objetivo é sempre melhorar tempos e dominar cada circuito, além de desenvolver o carro, com a compra de novos componentes.

Veredito 

ROC F1 é um título que captura a essência das corridas clássicas de Fórmula 1 de forma direta e divertida. Com o destaque para o Mode7, som imersivo e jogabilidade precisa, o jogo proporciona corridas empolgantes e desafiadoras, mantendo sua relevância até hoje para quem aprecia títulos retrô de velocidade.

Syphon Filter – Uma Jornada de Ação e Espionagem no PS1

Lançado em 1999 para o PlayStation 1, Syphon Filter rapidamente se destacou como um dos títulos de ação e espionagem mais memoráveis da época. Combinando furtividade, combate intenso e uma narrativa envolvente, o jogo conquistou tanto jogadores quanto críticos.

Jogabilidade: ação estratégica e furtiva

Em Syphon Filter, o jogador assume o papel do agente Gabriel "Gabe" Logan, acompanhado por sua parceira Lian Xing, em uma missão para impedir uma arma biológica mortal. A jogabilidade mescla combate direto, furtividade e resolução de puzzles, oferecendo variedade e desafio.

O arsenal disponível é diversificado, indo de pistolas e rifles a gadgets como tasers que permitem ações estratégicas nos confrontos. A inteligência artificial dos inimigos também se destaca, reagindo de maneiras diferentes conforme a situação, tornando cada missão única e tensa.

Gráficos: atmosfera em meio às limitações técnicas

Para o PS1, os gráficos de Syphon Filter eram impressionantes. Embora as texturas fossem simples e os polígonos visíveis, o design de níveis, a ambientação e os efeitos de iluminação ajudavam a criar uma atmosfera envolvente, que contribuía para a sensação de espionagem e suspense.


Som: música e efeitos que aumentam a tensão

A trilha sonora do jogo é cuidadosamente criada para intensificar a experiência. Músicas tensas acompanham os momentos de ação, enquanto trechos mais silenciosos marcam infiltrações e exploração. Os efeitos sonoros, desde passos até tiros, são realistas e ajudam a manter o jogador imerso na missão.

Sucesso e recepção: um clássico do PS1

Na época de seu lançamento, Syphon Filter foi muito bem recebido pela crítica e pelos jogadores, sendo elogiado principalmente por sua jogabilidade inovadora e narrativa envolvente. O jogo vendeu centenas de milhares de cópias e estabeleceu a franquia como um marco entre os títulos de espionagem do PlayStation 1.

Apesar das comparações inevitáveis com outros jogos do gênero, Syphon Filter conseguiu se diferenciar por seu ritmo dinâmico, variedade de missões e abordagem única ao combate e à furtividade.

Veredito 

Syphon Filter é um clássico atemporal do PS1. Sua combinação de ação estratégica, furtividade e narrativa envolvente garantiu que ele permanecesse relevante até hoje. Para fãs de espionagem e jogos de ação, revisitar Syphon Filter é uma experiência que ainda consegue impressionar e entreter.

Jurassic Park (Mega Drive)

Lançado para o Mega Drive no início dos anos 90, Jurassic Park foi um dos títulos que mais chamou atenção por trazer a famosa franquia dos dinossauros para os videogames. O jogo mistura ação e exploração, oferecendo uma experiência única que aproveita bem o universo do filme, e o poder do console da SEGA na época.

Gráficos

Para o padrão do Mega Drive, Jurassic Park apresenta gráficos de ótima qualidade. Os cenários são ricos em detalhes, com florestas densas, laboratórios e estruturas industriais que remetem bem à ambientação do parque. Os sprites dos personagens e dinossauros são bem animados, com destaque para o T-Rex e os velociraptors, que exibem animações fluidas e realistas. O uso de cores é eficiente, transmitindo a sensação de um ambiente selvagem e perigoso.

Som

A trilha sonora cumpre bem o papel de criar tensão e atmosfera. Embora o Mega Drive não fosse conhecido por suas capacidades sonoras comparado ao Super Nintendo, o jogo faz bom uso dos efeitos digitais, principalmente nos rugidos dos dinossauros e nos sons de passos, tiros e explosões. A música alterna entre momentos de suspense e ação, reforçando o clima de sobrevivência.

Jogabilidade

Um dos pontos mais interessantes é a possibilidade de jogar com dois personagens diferentes: o Dr. Grant, em uma aventura tradicional de tiro e plataforma, e o Velociraptor, que oferece uma jogabilidade mais rápida e agressiva. Cada escolha muda o estilo de jogo, aumentando o fator replay. Os controles, no entanto, podem parecer um pouco duros, exigindo certa adaptação, especialmente em saltos e escaladas. Ainda assim, a mecânica é sólida e proporciona bons momentos de desafio.

Veredito 

Jurassic Park para Mega Drive é uma adaptação competente, que combina bem o clima do filme com uma jogabilidade variada e divertida. Seus gráficos caprichados e sons marcantes ajudam a criar uma experiência imersiva, mesmo com algumas limitações técnicas. É um dos títulos mais memoráveis da era 16 bits e uma boa pedida tanto para fãs de dinossauros quanto de jogos de ação e plataforma.

Duke Nukem: Zero Hour (Nintendo 64)

Lançado em 1999, Duke Nukem: Zero Hour foi um dos títulos mais marcantes do Nintendo 64 a explorar a franquia do icônico herói de ação. Desenvolvido pela Eurocom, o jogo trouxe uma proposta diferente dos outros capítulos da série, apostando em uma campanha totalmente em terceira pessoa e com o tema de viagem no tempo, o que deu um ar de originalidade à fórmula clássica de Duke.

Gráficos

Para um jogo do final dos anos 90, Zero Hour impressiona visualmente. Com o uso do cartucho Expansion Pak, o jogo é capaz de exibir gráficos em alta resolução, resultando em texturas mais nítidas e ambientes mais detalhados. Os cenários variam bastante, o jogador viaja entre períodos históricos como o Velho Oeste, a era Vitoriana e um futuro apocalíptico, cada um com ambientações únicas e bem construídas.

Os modelos de personagens e inimigos são totalmente em 3D, representando uma evolução em relação aos jogos anteriores da série. Os efeitos de luz, sombras e partículas ajudam a criar uma atmosfera convincente. Apesar disso, o desempenho sofre quedas de fluidez em alguns momentos, especialmente com o modo de alta resolução ativado, e alguns cenários podem parecer escuros demais, dificultando a visibilidade.

Som

O áudio de Zero Hour é outro ponto que merece destaque. A trilha sonora acompanha bem o ritmo das fases, com músicas que combinam com as diferentes épocas visitadas. Os efeitos sonoros são variados e de boa qualidade, armas, explosões e ambientes têm sons distintos e convincentes.

As falas sarcásticas e os bordões clássicos de Duke estão presentes, reforçando o tom irreverente que é marca registrada da série. Em alguns momentos, há repetição excessiva de frases, mas isso não chega a comprometer a experiência. O conjunto geral do áudio mantém o clima de ação e humor característico da franquia.

Jogabilidade

A principal mudança de Zero Hour está justamente na jogabilidade. Ao adotar a visão em terceira pessoa, o jogo proporciona uma nova forma de controlar Duke, permitindo uma melhor percepção do cenário e dos inimigos ao redor. A exploração ganha importância — há segredos escondidos, caminhos alternativos e ambientes interativos que recompensam o jogador curioso.

O arsenal é outro destaque: há armas tradicionais, armamentos alienígenas e até equipamentos adaptados aos diferentes períodos de tempo. Cada fase traz desafios específicos, exigindo estratégias diferentes para lidar com os inimigos e obstáculos.

Por outro lado, a precisão dos controles não é perfeita. Pulos e movimentos mais delicados podem parecer imprecisos, e a ausência de checkpoints em algumas fases pode tornar o jogo punitivo, forçando o jogador a repetir longos trechos em caso de erro.

O modo multiplayer local para até quatro jogadores é uma boa adição, trazendo batalhas divertidas e competitivas, e prolongando a vida útil do título.

Diferenciais na Série

Duke Nukem: Zero Hour se destaca dentro da franquia por quebrar a tradição dos jogos em primeira pessoa, apresentando uma campanha totalmente em terceira pessoa. Além disso, a temática de viagem no tempo traz variedade e frescor, com inimigos e cenários que mudam completamente a cada época. O humor permanece, mas o jogo também flerta com tons mais sombrios, especialmente nas partes ambientadas no futuro e na Londres vitoriana.

Veredito

Mesmo com limitações técnicas e alguns tropeços na jogabilidade, Duke Nukem: Zero Hour é um dos títulos mais originais da série e um ótimo exemplo de como adaptar o estilo do personagem para algo além do tradicional tiro em primeira pessoa. Com visuais competentes, trilha sonora envolvente e boa variedade de fases, o jogo se mantém como uma das experiências mais curiosas e divertidas do Nintendo 64.

É um título que vale a pena revisitar, não apenas pelo carisma de Duke, mas pela ousadia de tentar algo novo dentro de uma série consagrada.