Final Fight 2 (SNES) – 1993 - Uma Continuação Digna e Exclusiva


Lançado exclusivamente para o Super Nintendo em 1993, Final Fight 2 é a sequência direta do icônico beat 'em up da Capcom que dominou os arcades no final dos anos 80 e início dos 90. Apesar de não ter sido lançado para os fliperamas como seu antecessor, Final Fight 2 trouxe melhorias e novidades que fizeram jus ao legado do original, ao mesmo tempo que aproveitou as capacidades do SNES para entregar uma experiência sólida e empolgante para os fãs do gênero.

Exclusividade SNES: Um Presente para os Consolistas

Diferente do primeiro Final Fight, que foi originalmente desenvolvido para arcades e depois portado (com muitas limitações) para o SNES, Final Fight 2 foi projetado do zero para o console da Nintendo. Isso permitiu à Capcom explorar melhor o hardware do Super Nintendo, corrigindo falhas anteriores e oferecendo uma experiência mais refinada e completa, exclusiva para quem tinha o console em casa.


Melhorias em Relação ao Antecessor

Uma das maiores críticas à versão SNES do primeiro Final Fight foi a ausência do modo cooperativo para dois jogadores e a exclusão do personagem Guy. Final Fight 2 resolveu isso de forma exemplar: não só trouxe o tão aguardado modo para dois jogadores simultâneos, como também introduziu dois novos personagens jogáveis — Carlos Miyamoto e Maki Genryusai — ao lado do veterano Mike Haggar. A adição desses novos lutadores trouxe variedade ao gameplay, com estilos de luta distintos e animações próprias.


Além disso, o jogo ganhou em variedade de cenários e inimigos, com uma campanha que leva os jogadores a diferentes partes do mundo, como Hong Kong, França, Inglaterra e Japão, oferecendo um senso de escala global à luta contra a gangue Mad Gear.

Gráficos: Evolução Visível

Visualmente, Final Fight 2 mostra um salto em relação ao original no SNES. Os sprites são maiores e mais detalhados, os cenários são ricos em cores e efeitos, e há uma clara melhoria na variedade e design dos inimigos. A arte mantém o estilo “urbano sujo” da franquia, mas com toques mais internacionais, refletindo os diferentes países visitados na campanha.


As animações também estão mais fluidas e há menos slowdowns — um problema recorrente no primeiro jogo.

Jogabilidade: Clássica e Afiada

A jogabilidade de Final Fight 2 mantém a fórmula tradicional do gênero beat 'em up: andar e bater. Mas o combate está mais responsivo, e o equilíbrio entre os personagens é melhor. Cada lutador possui uma combinação de força, velocidade e alcance, o que incentiva a experimentação em partidas solo ou cooperativas.


A adição de golpes especiais e ataques diferenciados ajuda a quebrar a monotonia típica do gênero e dá ao jogador mais ferramentas para lidar com a crescente dificuldade das fases.

Trilha Sonora e Efeitos Sonoros

A trilha sonora acompanha bem o clima de ação, com composições que variam conforme o país e a fase, mantendo sempre um ritmo enérgico. Embora algumas faixas não sejam memoráveis, elas cumprem bem o papel de manter o jogador imerso na pancadaria.

Os efeitos sonoros, por sua vez, são satisfatórios: os sons de socos, gritos e explosões têm peso e ajudam a dar uma sensação tátil ao combate.

Veredito: Um Clássico do SNES

Final Fight 2 é um excelente exemplo de como uma sequência pode corrigir os erros do passado e expandir um universo amado pelos fãs. Exclusivo do Super Nintendo, ele aproveita o poder do console para entregar uma experiência mais completa, variada e divertida do que seu antecessor. Com melhorias gráficas, adição de multiplayer, novos personagens e fases internacionais, é um título indispensável para os fãs de beat 'em ups e do SNES em geral.


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