Kenseiden (Master System)

Lançado em 1988 para o Master System, Kenseiden é um dos títulos que marcaram a biblioteca do console, trazendo uma proposta única dentro do gênero ação/aventura. Inspirado fortemente na cultura japonesa feudal, o jogo coloca o jogador na pele de Hayato, um samurai que deve enfrentar criaturas sombrias e guerreiros demoníacos para recuperar pergaminhos roubados e restaurar a paz.

Gráficos

Para a época, os gráficos de Kenseiden se destacavam bastante. O jogo apresenta cenários variados que representam bem a ambientação do Japão feudal: florestas, templos, montanhas e até campos de batalha devastados. As cores são bem utilizadas, com tons mais sombrios que dão um clima sério e diferente do que era comum em muitos jogos do Master System, geralmente mais coloridos e vibrantes.
Os inimigos também têm design marcante, indo de guerreiros mascarados a monstros grotescos, todos transmitindo a sensação de estar em um mundo repleto de ameaças sobrenaturais.

Som

A trilha sonora de Kenseiden acompanha bem a jornada. Embora limitada pelo hardware do Master System, as músicas carregam uma sonoridade oriental que reforça a temática japonesa do jogo. Os efeitos sonoros são simples, mas cumprem o papel, principalmente o som da espada ao atingir inimigos, que transmite uma sensação satisfatória de impacto.

Jogabilidade

Kenseiden se apresenta como um jogo de ação e plataforma com elementos de exploração. O jogador percorre um mapa do Japão, podendo escolher rotas diferentes, o que adiciona certo fator estratégico e de rejogabilidade.
A jogabilidade exige precisão: os saltos e os golpes da espada precisam ser bem calculados, já que o jogo é conhecido por sua alta dificuldade. O protagonista pode aprender novas técnicas ao longo da jornada, o que ajuda a enfrentar inimigos cada vez mais fortes. Essa progressão dá um bom senso de evolução ao personagem, mas também exige paciência do jogador.

Veredito

Kenseiden é um dos títulos mais marcantes do Master System por trazer uma experiência única, sombria e desafiadora. Seus gráficos criam uma atmosfera diferenciada, o som reforça o clima oriental e a jogabilidade, embora punitiva, recompensa quem insiste e domina suas mecânicas.
Para os fãs de jogos clássicos de ação, Kenseiden é um verdadeiro tesouro do Master System, que até hoje mantém seu charme e sua aura de desafio.

Alone in the Dark (3DO)



Quando pensamos em jogos que ajudaram a moldar o gênero Survival Horror, um dos primeiros nomes que vem à mente é Alone in the Dark. Lançado originalmente para PC no início dos anos 90 e mais tarde adaptado para o 3DO, o título da Infogrames se consolidou como uma experiência única para a época, trazendo elementos que mais tarde inspirariam franquias consagradas como Resident Evil e Silent Hill.

Um dos Precursores do Survival Horror

A versão para 3DO manteve a essência inovadora do jogo original, oferecendo uma atmosfera de terror psicológico, exploração e quebra-cabeças em um casarão sombrio repleto de mistérios. A sensação de isolamento e vulnerabilidade do protagonista foi um dos pontos altos, ajudando a consolidar o gênero.

Gráficos

Para a época, Alone in the Dark impressionava por seus personagens em 3D poligonais inseridos em cenários pré-renderizados em 2D. No 3DO, essa estética foi preservada com um certo refinamento, mantendo a atmosfera pesada e ao mesmo tempo destacando o contraste entre os modelos tridimensionais e os ambientes estáticos. Embora rudimentar para os padrões atuais, essa escolha visual foi extremamente marcante e ajudou a reforçar a tensão do jogo.

Som

O áudio é um dos grandes responsáveis pelo clima de suspense constante. A trilha sonora, com tons sombrios e sutis, combinava perfeitamente com os efeitos sonoros, como portas rangendo, passos ecoando e ruídos misteriosos dentro da mansão. A versão do 3DO manteve esse cuidado, potencializando a imersão e deixando o jogador sempre em alerta.

Jogabilidade

A jogabilidade segue o estilo “tank control”, comum nos jogos da época: movimentação lenta e travada, mas que contribui para a sensação de dificuldade e tensão. O jogo mescla exploração, resolução de puzzles e momentos de combate, exigindo do jogador raciocínio e estratégia para sobreviver. Cada encontro com criaturas é tenso, já que a munição e os recursos são escassos.

Veredito

Alone in the Dark no 3DO é mais do que uma simples adaptação, e é um marco na história dos videogames. Um título que ajudou a pavimentar o caminho para todo um gênero, apostando em clima, narrativa e inovação tecnológica. Mesmo com suas limitações, continua sendo uma experiência fascinante para quem aprecia a história dos videogames e o surgimento do Survival Horror.

Alien vs Predator – Atari Jaguar



Quando falamos sobre o Atari Jaguar, um dos títulos que imediatamente vem à mente é Alien vs Predator. Lançado em 1994, o jogo rapidamente se consolidou como um dos principais destaques da biblioteca limitada do console, sendo frequentemente citado como o grande cartão de visitas do Jaguar. Em uma época em que os consoles de 16-bits ainda dominavam, esse título mostrou do que o hardware da Atari era capaz, oferecendo uma experiência única para os fãs da franquia.

Gráficos

Para o início dos anos 90, Alien vs Predator impressionava bastante. O Jaguar trouxe cenários em primeira pessoa com gráficos mais realistas, corredores bem detalhados e personagens que, embora pixelados pelos padrões atuais, transmitiam muito bem a atmosfera sombria e claustrofóbica do universo Alien. A sensação de estar dentro de uma nave infestada de criaturas era intensa, lembrando bastante o clima dos filmes. Sem dúvidas, foi um salto visual considerável em relação ao que outros consoles conseguiam entregar naquele período.

Som

O áudio também é um dos grandes trunfos do jogo. Os efeitos sonoros – desde os rugidos assustadores dos Aliens até os ecos dos corredores vazios – criavam uma tensão constante. A música é sutil e muitas vezes dá lugar ao silêncio, o que intensifica a imersão. Essa escolha de design sonoro foi muito eficaz, pois deixava o jogador sempre em alerta, aumentando a sensação de suspense e perigo iminente.

Jogabilidade

A jogabilidade se destacava por oferecer três campanhas distintas: você podia jogar como Marine, Predador ou Alien, cada um com sua própria perspectiva, habilidades e estilo de jogo.

  • Como Marine, a experiência era de sobrevivência, com munição limitada e a necessidade de cautela.

  • Jogando como Predador, o foco estava em caçar usando tecnologia avançada e diferentes modos de visão.

  • Já como Alien, a proposta era de pura agressividade, explorando a mobilidade e a brutalidade da criatura.



Essa variedade de estilos de jogo dava ao título uma longevidade maior do que a média dos games da época, além de torná-lo bastante inovador.

Veredito

Alien vs Predator é, sem dúvidas, um dos jogos mais emblemáticos do Atari Jaguar. Ele conseguiu unir gráficos avançados para a época, um design sonoro imersivo e uma jogabilidade diversificada, que permitia ao jogador vivenciar o universo da franquia sob diferentes pontos de vista. Em meio à escassa biblioteca do Jaguar, este título brilhou como um dos poucos verdadeiros clássicos do console, sendo lembrado até hoje como uma experiência obrigatória para quem gosta de explorar os capítulos menos conhecidos da história dos videogames.

Se existe um jogo que justifica a fama cult do Atari Jaguar, Alien vs Predator certamente é ele.

Mortal Kombat II (Mega 32X)

Quando pensamos em Mortal Kombat II, é impossível não lembrar da febre que o jogo causou nos anos 90. Depois do sucesso estrondoso do primeiro título, a sequência trouxe um salto em praticamente todos os aspectos: gráficos mais detalhados, maior variedade de personagens, golpes especiais icônicos e uma violência ainda mais marcante, consolidando a franquia como uma das mais importantes da história dos games de luta. No entanto, quando falamos das versões caseiras, nem todas foram capazes de reproduzir fielmente a experiência do arcade. É aí que entra o Mortal Kombat II para o Mega 32X, considerado por muitos como uma das melhores versões domésticas lançadas na época.

Gráficos

O 32X trouxe um poder extra ao já respeitável Mega Drive, e Mortal Kombat II soube aproveitar isso. Comparado à versão do Mega Drive puro, aqui temos personagens maiores, com mais detalhes e cores vivas, além de cenários que se aproximam bastante da qualidade vista nos fliperamas. Os fundos animados, como o lendário The Dead Pool ou Kombat Tomb, mantêm boa fidelidade visual, e os sprites apresentam menos serrilhados, resultando em uma experiência muito mais próxima do arcade.

Som

Um dos pontos mais criticados da versão de Mega Drive foi a trilha sonora e os efeitos sonoros abafados (e ausentes), algo que não fazia jus ao impacto brutal do jogo. No 32X, esse problema foi resolvido com áudio nitidamente melhorado, trazendo músicas mais próximas das originais, efeitos sonoros mais claros e vozes dos lutadores muito mais audíveis, apresentando inclusive, os efeitos sonosros ausentes na verão do Mega Drive. Esse upgrade sonoro foi um grande diferencial, tornando a experiência bem mais imersiva.

Jogabilidade

A jogabilidade manteve a mesma fluidez que já havia conquistado fãs nos arcades. Os comandos respondem bem, os golpes especiais saem com facilidade e os famosos Fatalities estão todos presentes. Além disso, a velocidade é mais equilibrada do que na versão de Mega Drive, tornando os combates mais dinâmicos e divertidos. Essa fidelidade ao original foi um dos fatores que consolidaram o 32X como a melhor opção para quem queria jogar Mortal Kombat II em casa sem perder tanto da essência dos fliperamas.

Veredito

O Mortal Kombat II de Mega 32X é um verdadeiro destaque dentro das adaptações caseiras do clássico. Com gráficos superiores, som finalmente digno do jogo e uma jogabilidade fluida, essa versão se tornou uma das mais recomendadas entre os consoles de mesa da época. Para quem viveu os anos 90 e queria trazer a brutalidade e intensidade dos arcades para dentro de casa, essa edição era quase obrigatória.

Entre as versões domésticas, o 32X certamente se coloca como uma das melhores já lançadas, mostrando o potencial que o add-on da Sega tinha, mas infelizmente não pôde explorar em sua totalidade.

Rock n’ Roll Racing (Mega Drive)

Lançado em 1993 pela Blizzard Entertainment (na época conhecida como Silicon & Synapse), Rock n’ Roll Racing é um dos títulos mais lembrados do Mega Drive e do Super Nintendo. O jogo mistura corrida futurista com combates explosivos, tudo embalado por uma trilha sonora marcante. No Mega Drive, ele manteve sua essência, mas trouxe algumas particularidades que vale a pena comentar.

Gráficos

No Mega Drive, os gráficos de Rock n’ Roll Racing são competentes, mas sofrem quando comparados à versão de Super Nintendo. O estilo isométrico dos circuitos é preservado, com pistas detalhadas, saltos, rampas e obstáculos que dão dinamismo às corridas. Porém, a paleta de cores da versão Mega Drive é mais limitada, resultando em visuais menos vibrantes. Ainda assim, os carros são bem animados e os efeitos das explosões, disparos e destruições transmitem a sensação de caos que o jogo propõe.

Som

O grande destaque da franquia é sua trilha sonora baseada em clássicos do rock, com versões digitais de músicas como Born to be Wild e Paranoid. No entanto, no Mega Drive, a limitação do chip de som fez com que essas músicas perdessem parte do impacto. Embora reconhecíveis, soam mais “raspadas” e menos nítidas do que no SNES. Já os efeitos sonoros, como tiros, derrapagens e explosões, cumprem bem o papel, transmitindo a ação frenética das corridas.

Jogabilidade

A jogabilidade é o ponto forte do título. O controle dos veículos responde bem, mesmo com a visão isométrica que pode confundir iniciantes. O sistema de progressão, que permite comprar armas, melhorias de motor e blindagem com o dinheiro ganho nas corridas, garante longevidade e estratégia ao jogo. As disputas são intensas e exigem tanto habilidade na pilotagem quanto inteligência para usar os recursos no momento certo. O multiplayer, jogado lado a lado, é uma das maiores diversões que o jogo oferece.

Veredito

Rock n’ Roll Racing no Mega Drive é um jogo que, mesmo com algumas limitações gráficas e sonoras em relação à versão de SNES, continua sendo uma experiência empolgante. Sua mistura de corrida, ação e rock clássico o transformou em um dos títulos mais carismáticos da era 16-bit. É diversão garantida, especialmente quando jogado no modo multiplayer.

Para os fãs de corridas com adrenalina e explosões, este é um clássico que merece sempre uma revisita.

Ghost Rider (PS2)

Lançado em 2007 para PlayStation 2, Ghost Rider chegou aos consoles surfando na onda do filme estrelado por Nicolas Cage. Desenvolvido pela Climax Studios e publicado pela 2K Games, o título tenta capturar a essência sombria do personagem da Marvel, trazendo uma mistura de ação hack and slash e fases de moto que buscam dar variedade ao gameplay. Mas será que o jogo consegue se destacar na biblioteca do PS2?

Gráficos

Para a época, os gráficos de Ghost Rider são competentes, mas não impressionantes. O visual sombrio combina bem com o personagem, com cenários que remetem ao submundo infernal e áreas urbanas devastadas. O destaque, sem dúvida, fica para o próprio Motoqueiro Fantasma: sua caveira flamejante e corrente em chamas chamam a atenção, trazendo identidade visual forte. Porém, os cenários acabam sendo repetitivos e pouco detalhados, deixando claro que não havia uma superprodução por trás.

Som

A trilha sonora aposta em guitarras pesadas e batidas aceleradas, o que casa muito bem com o clima do jogo e o estilo do personagem. Os efeitos sonoros, como o estalo da corrente e o rugido da moto, ajudam a reforçar a sensação de poder. Por outro lado, a repetição de algumas faixas e efeitos pode cansar em longas sessões. Não chega a comprometer, mas também não é um ponto alto memorável.

Jogabilidade

O grande atrativo do game está no seu sistema de combate, claramente inspirado em God of War e Devil May Cry. O jogador usa a corrente flamejante, chamas do inferno e ataques físicos para enfrentar hordas de inimigos. O combate é fluido e divertido, mas tende à repetição depois de algumas horas.

Outro diferencial são as fases de moto, que lembram jogos de corrida arcade, trazendo ação em alta velocidade com direito a obstáculos, inimigos e acrobacias. Embora quebrem a monotonia, também não apresentam grande profundidade.

No geral, a jogabilidade cumpre bem seu papel: é simples, direta e entrega boas horas de diversão para quem curte ação desenfreada.

Veredito

Ghost Rider para PS2 não chega a ser um título de destaque da geração, mas agrada aos fãs do personagem e de jogos hack and slash. Com gráficos razoáveis, trilha sonora enérgica e uma jogabilidade que mistura combates intensos e fases de moto, o jogo cumpre o básico sem ousar muito.

Para quem é fã da Marvel ou do Motoqueiro Fantasma, é uma experiência divertida e um bom exemplo de adaptação de herói em formato de game no início dos anos 2000.

Metal Slug Anthology (PS2)

Quando falamos de jogos de ação no estilo run-and-gun, poucos nomes são tão marcantes quanto Metal Slug. Lançada originalmente nos arcades, a série se tornou sinônimo de explosões, humor e dificuldade insana. Em 2006, a SNK Playmore reuniu essa trajetória em uma coletânea especial para o PlayStation 2, Metal Slug Anthology. Mas será que a experiência arcade foi bem traduzida para o console da Sony?

Conteúdo da coletânea

A coletânea é generosa: traz todos os seis primeiros jogos da série, além de Metal Slug X (versão revisada do 2). Ou seja, temos aqui:

  • Metal Slug

  • Metal Slug 2

  • Metal Slug X

  • Metal Slug 3

  • Metal Slug 4

  • Metal Slug 5

  • Metal Slug 6

No total, sete aventuras completas, cada uma trazendo novas armas, veículos e inimigos, além de extras como galeria de artes e músicas. É praticamente uma linha do tempo completa da franquia em um único disco.

Gráficos

Os gráficos mantêm o charme inconfundível dos sprites 2D, com animações fluídas, cenários detalhados e muito carisma nos inimigos. Explosões, tanques, naves e até os soldados inimigos têm uma personalidade cartunesca que faz parte da identidade da série.

O ponto negativo fica para a conversão no PS2, que apresenta algumas perdas na nitidez e momentos de lentidão quando a tela fica muito carregada de ação. Ainda assim, nada que comprometa a diversão.

Som

A trilha sonora continua épica, misturando batidas militares com riffs animados que embalam perfeitamente o caos na tela. Os efeitos sonoros, como tiros e explosões, são marcantes e ajudam a manter o ritmo acelerado.

Em alguns jogos, como Metal Slug 6, percebe-se uma leve queda na qualidade sonora em comparação aos anteriores, mas no geral o pacote mantém o padrão arcade.

Jogabilidade

Aqui está o verdadeiro coração de Metal Slug Anthology. O gameplay continua viciante: correr, atirar em tudo que aparece, resgatar prisioneiros e pilotar veículos malucos. A dificuldade segue alta, como manda a tradição, mas a coletânea oferece algumas opções que ajudam, como ajuste de vidas e disparo automático.

O grande destaque é o modo cooperativo: jogar a dois transforma a experiência em uma festa caótica de tiros e risadas, exatamente como nos arcades.


Veredito

Metal Slug Anthology para PS2 é um prato cheio para fãs da série e para quem gosta de ação arcade sem frescura. Apesar de pequenas falhas técnicas, a coletânea entrega uma quantidade generosa de conteúdo, mantém a essência dos originais e garante muitas horas de diversão, seja sozinho ou em dupla.

Se você cresceu jogando Metal Slug no fliperama, essa coletânea é praticamente obrigatória na sua estante.

X-Men Origins: Wolverine - Ps3

Lançado em 2009, X-Men Origins: Wolverine é um jogo de ação estilo hack-and-slash baseado no filme homônimo. Na versão de PS3 ele é vários graus mais explícito do que muitas adaptações de filme, justamente na parte de violência, sendo essa uma de suas características mais destacadas. 

Gráficos

Pontos fortes:

  • Os modelos dos personagens principais (Wolverine, Sabretooth, etc.) têm boa fidelidade visual, especialmente no rosto, nas expressões, e quando comparados às versões do filme. 

  • Efeitos de dano corporal são bem trabalhados: cortes, rasgos na roupa, exposição de carne/músculo/boneco em determinadas situações de combate; assim como detalhes de regeneração visível. 

  • Ambientes variados, e, à medida que se avança, cenários visuais interessantes, selva, bases militares, instalações de laboratório etc. 


Limitações:

  • Quedas de performance em certas fases: frame rate que engasga, efeitos de lentidão em trechos muito carregados. 

  • Texturas às vezes simples ou inferiores em objetos menores ou em cenários secundários; há momentos em que o jogo parece “cortar caminho” visualmente. 

  • Cut-scenes ou transições variam bastante: algumas impressionam, outras menos. 

Som

Aspectos positivos:

  • A trilha sonora cumpre bem seu papel em cenas de ação; ela ajuda a dar peso às lutas e momentos mais intensos. 

  • Os efeitos sonoros, particularmente o som das garras (arranhões, cortes, impactos), dos ossos se quebrando ou membros sendo separados, dos gritos, são um dos destaques de brutalidade do jogo, reforçando sua atmosfera agressiva. 

  • A atuação de voz de Hugh Jackman como Wolverine (versão PS3 / Xbox 360), entre outros, agrega credibilidade ao personagem; sua raiva, seus grunhidos e os efeitos de voz nas cenas de dano estão bem feitos.


Aspectos fracos:

  • Embora as vozes principais e efeitos de armas / garras chamem atenção, diálogos de NPCs ou sons ambientes algumas vezes repetitivos. 

  • Em alguns momentos de cut-scene ou transição, há descompasso entre qualidade visual e qualidade de som; o som pode soar menos “rico” quando há muitos efeitos simultâneos. 

Jogabilidade

O que funciona bem:

  • O combate é visceral e satisfatório para quem gosta de poder esmagador, visceralidade: combinações de ataques leves, pesados, ataques especiais de fúria (rage mode), uso de ambiente para matar inimigos. 

  • Mecânicas como "lunge", “fury attacks”, contra-ataques, execução de movimentos fortes que dão sensação de poder. 

  • Elementos de plataforma e quebra-cabeças menores servem como variação, ainda que não dominem o jogo. 


Críticas:

  • Repetitividade: após certo ponto, inimigos tendem a se repetir, padrões de combate se tornam previsíveis. Isso diminui o frescor à medida que se avança. 

  • Dificuldade que pode escalar de maneira abrupta em alguns momentos, especialmente em chefes ou mini-chefes, tornando certas partes frustrantes.

  • Pouca profundidade em alguns sistemas de progressão ou variação: ainda que existam melhorias, algumas críticas apontam que os upgrades não “abrem” jogabilidade nova suficiente, ou que inimigos “crescem com você”, diluindo o diferencial. 

Violência e “Brutalidade”

Esse é um dos pontos mais distintivos desse jogo no gênero de super-heróis:

  • Ele assume um tom muito mais sombrio e sanguinolento do que muitos jogos licenciados de super-heróis, especialmente aqueles vinculados a filmes. A “Uncaged Edition” permite ver Wolverine realmente usar suas garras para desmembrar, decapitar, rasgar membros, etc.]

  • Os efeitos visuais de dano corporal crescente Wolverine “apari”, tecidos rasgados, ossos visíveis, tornam isso mais palpável.

  • O uso de ambiente como arma (espinhos, quedas, obstáculos) agrega à sensação de violência não apenas como “eficiência de combate”, mas como espetáculo meio grotesco. 


Raridade / Valorização

Quanto ao quão “raro” ou colecionável o jogo é:

  • Não encontrei fontes confiáveis que digam que X-Men Origins: Wolverine para PS3 seja extremamente raro, no sentido de tiragem muito limitada. Ele foi publicado amplamente, com versões físicas.

  • Porém, há indícios de valorização entre colecionadores. Algumas comunidades apontam que, após certos momentos dele sair de lojas digitais ou decair a disponibilidade, os preços de cópias físicas usadas ou completas com manual/case (em bom estado) aumentam.

  • Também, como muitos jogos ligados a licenças de filmes, após a licença expirar, reimpressões tendem a parar, o que contribui para tornar os exemplares físicos mais desejados com o tempo.

Seu lugar no gênero de super-heróis

X-Men Origins: Wolverine se destaca no gênero por alguns motivos:

  • Tom mais maduro — enquanto muitos jogos de heróis buscam apelo mais amplo/familiar, esse jogo abraça a violência e as características sombrias de Wolverine, que nos quadrinhos é um anti-herói com um lado brutal. Isso dá algo de diferencial.

  • Combate corpo a corpo visceral — muitas adaptações de super-heróis envolvem poderes mais “visuais” ou superpoderes tradicionais (projéteis, voo, etc.). Wolverine exige proximidade, exige que o jogador participe ativamente do momento de violência, “sinta” a dureza do combate corpo a corpo.

  • Fidelidade à personalidade — o jogo não suaviza Wolverine. A regeneração, a fúria, o esmagamento, o dano incessante são partes centrais. Isso ajuda a que fãs sintam que estão jogando Wolverine de verdade, não uma versão “light”.

  • Limitações que o impedem de ser um clássico absoluto — apesar de tudo isso, os defeitos de repetitividade, de narrativa menos memorável, de algumas falhas de performance ou falta de refinamento em certos sistemas fazem com que ele não alcance o nível de referência máxima do gênero. Jogos como Batman: Arkham Asylum, Spider-Man (diversas versões), Marvel: Ultimate Alliance etc., oferecem outras dimensões (mundo aberto, exploração, elementos de RPG, etc.) que esse jogo não explora tão profundamente.

Veredito

Se você gosta de jogos de super-heróis que não têm medo de mostrar “o sangue na lama”, X-Men Origins: Wolverine no PS3 é uma das melhores opções nesse subgênero de violência gráfica. Ele entrega aquilo que muitos fãs esperavam: ver Wolverine sendo violento, com um combate físico sólido, com sensação de peso. As imperfeições existem, principalmente em repetitividade e variação de missões, mas o que importa para esse tipo de experiência, brutalidade, sensação de poder, visuais impactantes, ele acerta bem.


Final Fantasy VII (PlayStation 1)

Lançado em 1997 para o PlayStation 1, Final Fantasy VII não é apenas mais um título da icônica franquia da Square (hoje Square Enix), é um marco na história dos videogames. Considerado por muitos como um dos melhores jogos já lançados, o sétimo capítulo trouxe inovações que redefiniram o gênero RPG e ajudaram a consolidar o sucesso do PlayStation no mercado mundial.

Gráficos

FFVII foi o primeiro jogo da série a utilizar gráficos 3D, trazendo cenários pré-renderizados combinados com personagens poligonais. Para a época, isso representava um salto gigantesco em comparação aos jogos anteriores, que ainda seguiam o estilo 2D. As cutscenes em CGI impressionaram jogadores e críticos, com momentos icônicos que ficaram gravados na memória, como a introdução em Midgar ou a famosa cena da floricultura de Aerith. Apesar de hoje parecerem datados, os gráficos marcaram um divisor de águas, mostrando até onde a tecnologia poderia levar os RPGs.

Som

A trilha sonora composta por Nobuo Uematsu é um espetáculo à parte. Cada faixa traduz perfeitamente o clima do jogo, indo de músicas melancólicas a temas épicos de batalha. Quem jogou certamente se lembra de faixas inesquecíveis como o tema de Aerith, a One-Winged Angel de Sephiroth ou o tema de abertura em Midgar. Mesmo com as limitações do hardware do PS1, a sonoridade de FFVII criou uma atmosfera única e permanece até hoje como uma das trilhas mais celebradas da história dos games.

Jogabilidade

No quesito jogabilidade, Final Fantasy VII trouxe o sistema ATB (Active Time Battle) já conhecido, mas com adições que ampliaram a profundidade estratégica, como o sistema de Materias, que permitia customizar magias, habilidades e invocações. A exploração por um vasto mapa-múndi, minigames variados (como o Gold Saucer) e momentos de ação diversificados mostravam a riqueza do design. Além disso, a narrativa cinematográfica e os personagens carismáticos elevaram a experiência a um novo patamar, envolvendo o jogador em uma trama de conspirações, amizades e sacrifícios.

Veredito

Final Fantasy VII não foi apenas mais um RPG de sucesso: foi um divisor de águas para a franquia e para toda a indústria. Seus gráficos em 3D, a trilha sonora memorável e a jogabilidade envolvente o transformaram em um clássico atemporal. Até hoje, continua sendo revisitado em remakes, spin-offs e coleções, provando que sua importância transcende gerações.

Um jogo que marcou época e que permanece como um dos maiores RPGs já lançados.

Luigi’s Mansion (GameCube)

Quando o Nintendo GameCube foi lançado em 2001, muitos esperavam um novo Super Mario para acompanhar o console. Porém, a Nintendo surpreendeu ao entregar Luigi’s Mansion como título de estreia. O jogo não apenas colocou Luigi como protagonista, mas também trouxe uma proposta diferente, misturando aventura, exploração e um toque de comédia no universo do terror cartunesco.

Gráficos

Para um jogo de lançamento, Luigi’s Mansion impressionou bastante. O design da mansão é cheio de detalhes, desde móveis antigos até cortinas balançando com o vento, passando por efeitos de partículas que simulam poeira e luz. O uso da iluminação foi um dos grandes destaques: a lanterna de Luigi cria sombras realistas e dá um ar sombrio, mas sem perder o tom divertido.
As animações também são um show à parte — Luigi treme, canta nervosamente para se acalmar e reage de forma caricata a cada assombração, o que dá personalidade e humor ao jogo.

Som

O áudio é fundamental para criar a atmosfera de suspense cômico. A trilha sonora é minimalista, repetindo uma melodia assombrosa que Luigi chega a assobiar quando anda pela mansão — um detalhe que reforça sua personalidade medrosa.
Os efeitos sonoros são marcantes: portas rangendo, trovões no fundo, gemidos dos fantasmas e até o barulho do aspirador de pó Poltergust 3000 sugando os inimigos. O trabalho de voz, ainda que limitado, é memorável, especialmente com os murmúrios e resmungos engraçados de Luigi.

Jogabilidade

A jogabilidade mistura exploração, puzzle e combate de forma criativa. Armado com o Poltergust 3000, Luigi deve investigar a mansão, resolver pequenos quebra-cabeças e capturar fantasmas. O processo de enfraquecer os fantasmas com a lanterna e depois sugá-los adiciona uma camada estratégica, já que exige coordenação entre analógicos e tempo de reação.
Apesar de relativamente curto, o jogo mantém um ritmo envolvente, recompensando a exploração com chaves, segredos e fantasmas únicos que exigem estratégias diferentes.

Veredito 

Luigi’s Mansion pode não ter sido o “Mario tradicional” que muitos esperavam, mas acabou se tornando um clássico por conta de sua atmosfera charmosa, inovação na jogabilidade e carisma do Luigi. Ele mostrou que a Nintendo podia ousar com novas ideias, transformando o “irmão medroso” em protagonista de uma aventura memorável.

Uma estreia digna do GameCube, que até hoje é lembrada com carinho pelos fãs.